sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Segurança jurídica

A justiça é um valor muito particular de cada ser humano. Varia de acordo com as experiências, de acordo com as crenças. É claro que, desde que o homem resolveu viver em sociedade (e isso faz muito tempo), ele percebeu a necessidade de criar regras para que esse convívio não se transformasse num caos completo.
Hoje com toda a evolução do nosso direito, e mesmo com a solidez dos princípios constitucionais, penais e civis, acredito, cada dia mais, que ainda estamos muito atrasados. Os códigos estão aí para quem quiser ler. As leis estão ao alcance de todos e ninguém pode alegar desconhecimento dela em benefício próprio (nem alheio). Mesmo assim, não temos segurança jurídica nenhuma. Zero. No "pau da goiaba" ninguém pode afirmar que pode ou não fazer, ou deixar de fazer algo, absolutamente ninguém. Isso se dá pelo princípio do "livre convencimento do juiz" que nada mais é do que a liberdade que o magistrado tem em decidir a causa de acordo com o seu arbítrio, de acordo com as suas convicções. As leis expressam as proibições ou as obrigações, mas o juiz decide a forma de interpretá-la a seu bel prazer. Complicado, né?!
Um exemplo disso: O art. 121, Código Penal, diz, claramente, o seguinte: "Matar alguém: Pena - reclusão de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. § 1º - se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço ". Esta norma deveria nos dar a tranqüilidade de saber que quem matar outra pessoa será presa, será tirada do nosso convívio. Mas não é bem assim que funciona. Claro que cada caso é um caso e eu também não quero pregar aqui olho-por-olho-dente-por-dente, só quero expressar, a quem interessar possa, que a segurança jurídica no Brasil é extremamente deficiente. Mesmo com as normas diante dos nossos olhos quem é que pode afirmar que isso é permitido e aquilo não? Ninguém, porque quando os "autos" chegarem nas mãos de um magistrado, cheio de preconceitos e experiências distintas, assim como nós, ele poderá dizer que a "água é vinho" e ponto final, a lei ampara, o Estado Democrático de Direito ampara, o povo ampara. E nós? Nós continuamos a nossa terrível saga em busca de algo realmente sólido para agarrar, estou começando a crer que não vai ser no Brasil que vou achar isso.

Histórias absurdas

Numa noite clara, um velho moço, sentado em pé num banco de pau feito de pedra, calado dizia:
- A Terra é uma bola quadrada, que gira parada em torno da lua.
- Prefiro morrer do que perder a vida!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Mundial de clubes

Hoje os colorados comemoram 1 ano da conquista do Mundial de Clubes no Japão. Sem dúvida, o maior título da história do Inter, ao longo dos seus 98 anos de existência. Com todas as dificuldades que existem no futebol brasileiro, e sempre existiram, conseguir vencer as potências européias é um feito memorável.
Ontem, o Milan bateu o Boca Juniors e também sagrou-se Campeão Mundial, aliás, Tetra Campeão Mundial. Kaká foi o diferencial em uma partida que ficou evidente as diferenças entre o futebol praticado na Europa e na América do Sul.
Outras equipes brasileiras já alcançaram este feito inédito. É o caso do Santos, do Flamengo, do Grêmio e do São Paulo. Discute-se muito o fato da FIFA "não reconhecer" os títulos mundiais dos três primeiros, incluíndo ainda, dois conquistados pelo Tricolor Paulista na época que a disputa se dava em um único jogo no Japão contra o Campeão da Liga dos Campeões da Europa. Isso é conversa para boi dormir. A FIFA só teve interesse em gerenciar tal competição dado o enorme sucesso que ela teve nos anos anteriores. Não se pode desconsiderar o feito dessas equipes pelo simples fato de não ter sido organizada pela FIFA, o que, em termos, é bastante questionável, uma vez que a arbitragem que dirigia os jogos pertencia sempre ao quadro da entidade máxima do futebol mundial. Se os clubes não valorizassem a conquista em Tóquio, antes de 2005, a FIFA não iria tomar a competição para si. Portanto, declarações do tipo "vocês não conquistaram o Mundial FIFA, mas sim a Copa Toyota" é uma grande bobagem, é um argumento provinciano de quem levou quase 100 anos para alcançar o topo do mundo.
Lembram daquele "Campeonato Mundial" organizado em 2000, no Brasil, que teve o Corinthians como campeão? Pois é, alguém aí considera o Timão campeão do mundo? Claro que não! Então, louvemos o futebol do Rio Grande do Sul, estado onde existem DOIS CAMPEÕES MUNDIAIS.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

FLOR é a minha, rapá!

Brasileirão 2007, última rodada

A última rodada deste ano será boa. Isso se deve SOMENTE pela eminência de rebaixamento do Corinthians. Nada mais. O campeão já está definido a 20 rodadas, os classificados para a Libertadores já estão definidos, quem vai para a Sulamericana também. A única indefinição é quem vai para a Série B e quem fica no "limbo". Eu não canso de repetir que esta fórmula de pontos corridos pode ser muito bonita na Europa, mas por aqui não deu muito certo. Talvez isso se deva a uma falta de amadurecimento do público esportivo brasileiro, mas enquanto isso não acontece, que volte o formulismo antigo (aquele modelo, que se classificavam 8 e, depois, o mata-mata era ótimo). Que volte o Campeonato Brasileiro a ser o campeonato do segundo semestre e que o Campeão saia com as honras de campeão, depois de mostrar que não treme ante a uma Final.
Bom, que nesta última rodada colorados e gremistas se unam em torno do bem comum, rebaixar o Corinthians. É a única "emoção" que restou neste rico campeonato.

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A fórmula dos pontos corridos começou em 2003:
1º) CRUZEIRO - 100 pontos;
6º) INTER - 72 pontos;
18º) JUVENTUDE - 53 pontos;
20º) GRÊMIO - 50 pontos.

2004:
1º) SANTOS - 89 pontos;
7º) JUVENTUDE - 70 pontos;
8º) INTER - 67 pontos;
24º) GRÊMIO - 39 pontos (rebaixado para a série B).

2005:
1º) CORINTHIANS - 81 pontos;
2º) INTER - 78 pontos;
14º) JUVENTUDE - 55 pontos.

2006:
1º) SÃO PAULO - 78 pontos;
2º) INTER - 69 pontos;
3º) GRÊMIO - 67 pontos;
14º) JUVENTUDE - 45 pontos.

O que se pode observar, vendo o desempenho das equipes nas edições de pontos corridos, é que dos 5 campeonatos já disputados, 4 foram vencidos por clubes paulistas alicerçados em altíssimos investimentos (?) financeiros. Os gaúchos oscilaram bastante, principalmente o Grêmio. As campanhas refletiram exatamente as fases das equipes. Outro detalhe é que, com exceção do campeonato brasileiro de 2005, que o Inter precisaria vencer o Coritiba por 4 a 0 e torcer por um tropeço do Corinthians, nenhuma outra edição possibilitou a disputa do título até a última rodada, sendo sempre o campeão definido com algumas rodadas de antecipação.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Futebol

Depois de quase um mês sem um post se quer, temos que voltar em grande estilo e, lógico, falando de futebol.
Andei escrevendo lá pelos idos de agosto que não teríamos um representante gaúcho na Libertadores 2008. O Grêmio, apesar de quase contrariar minha previsão, já demonstra sinais de sua impotência. Falam em desequilíbrio emocional, eu falo em falta de qualidade. No Olímpico está ocorrendo o mesmo fenômeno do Beira Rio, a falta de renovação do grupo de jogadores tem comprometido o desempenho gremista nessa reta final de campeonato brasileiro. Eu cito nomes. Tcheco, Patrício, Tuta, Marcelo Labarthe, Ramon, Sandro Goiano, Jonas, Marcel e Luciano Fonseca devem sair. Uns em nome da renovação, outros em nome do futebol. Se o Tricolor realmente não alcançar a vaga na Libertadores, fica o alento do reencontro com a Copa do Brasil e a oportunidade de buscar o PENTACAMPEONATO desta competição.

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Que absurdo a displicência do Ronaldinho Gaúcho na Seleção Brasileira. Fora de forma, lento, óbvio e sem vontade. Faz muito tempo que ele vem devendo e não é por falta de pagamento. Aquele futebolzinho que ele apresenta na Espanha não me convence mais, craque tem que ser o diferencial sempre.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Efeito Casimir, parte 2

O que acontece é que verificou-se que o vácuo, isso mesmo, o vácuo, possui uma gigantesca densidade de energia, conhecida como energia do ponto zero, ou força de Casimir. Na física clássica, o vácuo é definido como a ausência total de matéria e energia. Já na física quântica, o vácuo é uma massa efervescente de partículas quânticas que aparecem e desaparecem constantemente do nosso universo observável. É justamente essa efervescência de partículas que dá ao vácuo uma densidade de energia inimaginável. O efeito Casimir lida com uma das proposições mais surreais da física quântica: a de que o espaço vazio não é exatamente vazio. Ele é permeado por uma coisa chamada energia do vácuo, uma força que está distribuída igualmente em cada milímetro do Universo. Inclusive dentro do nosso corpo. Como a intensidade dessa força é a mesma em todos os cantos, não dá para perceber que ela existe. Mas que ela está em todo lugar, está. É como se vivêssemos no fundo de um mar que, em vez de moléculas de água, seria formado por partículas da tal energia do vácuo. Essa formulação permitiu a outro cientista, o norte-americano Kip Thorne, imaginar que uma espécie de Efeito Casimir gigante poderia manter estáveis o que se conhece por buracos de minhoca - passagens entre dois pontos diferentes no espaço muito difíceis de se manter. Só na ilha de Lost, pelo visto, essa situação seria possível, criando os túneis do tempo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Efeito Casimir, parte 1

Imaginem duas placas metálicas perfeitamente condutoras, mas eletricamente neutras e paralelas entre si. Elas são quadradas, com um centímetro de lado e estão separadas por uma distância da ordem de micrômetros. O conjunto está montado dentro de uma câmara perfeitamente selada, na qual um vácuo perfeito foi estabelecido, e há disponível um medidor de força muito sensível, capaz de medir forças diminutas entre as placas. Como as placas são neutras não há força elétrica entre elas e além disso a força gravitacional entre elas é totalmente desprezível. Os pesos das placas estão convenientemente cancelados por meio de suportes e tomou-se o cuidado de neutralizar qualquer tipo de interferência externa. Nessas condições espera-se que o ponteiro do medidor de força não se mova. Contudo, o ponteiro do medidor se move indicando a existência de uma força atrativa entre as placas.
Quando a separação entre elas é de meio micrômetro a força equivale ao peso de uma massa de 2 décimos de miligrama (mais ou menos o peso de um décimo de um confete). Este é o efeito Casimir, previsto, teoricamente, pelo físico holandês Hendrik Brugt Gerhard Casimir, em 1948, comprovado experimentalmente pela primeira vez em 1958 por seu compatriota M. Sparnaay e recentemente confirmado por outros experimentos muito mais precisos. Esses experimentos afastam qualquer sombra de dúvida sobre a existência do efeito, tal qual previsto por Casimir. Como duas placas eletricamente neutras podem exercer algum tipo de influência uma sobre a outra?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Lost

Eu também pensava que era mais um "enlatado" americano. Quando olhei, tive a certeza: É mais um "enlatado" americano, mas é um bom "enlatado" americano.
Quem nunca acompanhou a série, seja pela TV, seja por DVD, eu aconselho, é um ótimo passatempo. As tramas são inteligentes e intrigantes, ninguém consegue olhar um capítulo e não olhar os outros (the others???).
Esta semana, depois de conferir os 23 capítulos da 3ª temporada, li a reportagem da revista Superinteressante a respeito do futuro da série. Eles dizem que a grande chave para todos os mistérios é o tempo. Pelo que foi explicado na revista, ou melhor, da maneira como foi explicado, imaginei um desfecho totalmente sem sal. Como fã que sou de Lost espero, sinceramente, que os produtor saibam manobrar com inteligência o desvendar das incógnitas, sem explicações extra-terrestres e sem duvidar da inteligência do público.
A propósito, alguém já ouviu falar no tal Efeito Casimir? Lerei mais a respeito e escreverei um post sobre isso.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Hipocondríaco

Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio.
Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alta.
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Controlei também a alimentação.
Como a única coisa que tenho comido, depois do Fome Zero, é minha patroa, não tem perigo: Ela é a coisinha mais sem sal deste lado do mundo.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
Não sei mais o que é Real.
Principalmente quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um real.
Sem falar na minha esclerose precoce.
Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o barbudo prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu Time: nas últimas.
Bem, carioca é assim mesmo, já nem liga mais para bala perdida.
Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Luís Fernando Veríssimo

Tropa de elite

É o filme do momento. E a polêmica se deu mais pelo seu conteúdo do que pelo fato de ter sido "distribuído" antes do seu lançamento. Já li opiniões dizendo que o filme é chato, que o filme é fascista, que apóia a tortura, que tem violência gratuita, pois, como diriam os magistrados, passo a opinar a respeito:
Achei o filme fantástico. O tema é atual e a realidade é nua e crua. O protagonista, Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, não é um herói "hollywoodiano". Ele tem defeitos, tem problemas. No filme, a polícia não é perfeita e tem métodos, digamos, pouco humanistas para resolver seus casos. Mas e o que dizer dos métodos utilizados pela bandidagem no nosso cotidiano? Eles podem, os poderes estatais não? Os criminosos arrastam crianças penduradas para fora de um carro e a polícia é fascista porque põe a cabeça do vagabundo dentro do saco plástico para obrigá-lo a entregar seus cúmplices? Enganam-se aqueles que pensam que ações sociais em favelas tomada pelo tráfico de drogas irão melhorar alguma coisa. Este câncer já está bem enraizado e o único jeito de combatê-lo é pela força. Todos já viram que esta democracia estúpida implantada pelos ex-guerrilheiros de esquerda fez mal ao Brasil. A sociedade brasileira clama por reação.
A burguesia socialista, aquela criada dentro de colégios particulares, que fazem passeatas pela paz e que fumam um "baseadinho" (sustentando o tráfico e a violência) tem que perceber a sua parcela de culpa no caos em que estamos vivendo. É bonito andar barbudo, de All-Star, calças rasgadas quando no fim do mês o papai manda o dinheirinho do aluguel, da gasolina do carro, do supermercado. Assim qualquer um vira Che Guevara.
Pois eu entendi a crítica que o filme fez a tudo isso. Se trata um marginal como ele merece ser tratado. Vamos parar com essa demagogia ridícula de que tudo é lindo e todos se amam. É por essas e por outras, que o Capitão Nascimento fez tanto sucesso, merecidamente.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Distribuição de renda

Thiago se criou no interior do RS. Oriundo de família pobre, percebeu, desde cedo, que teria que batalhar se algum dia quisesse chegar a algum lugar.
Jonas também nasceu no interior do estado. Já na adolescência formou sua mentalidade política acerca dos acontecimentos do nosso país, tudo fruto da bela educação que teve em colégios particulares. Seu objetivo era combater as desigualdades sociais e buscar uma vaga no curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria.
Thiago nunca teve o apoio dos pais. Aos 17 anos resolveu entrar no Exército Brasileiro, pois via ali uma oportunidade de emprego seguro e, quem sabe, a chance de se formar em Direito em Santa Maria.
Jonas gostava de bicicletas. Thiago também.
Quis o destino que ambos fossem colegas do mesmo curso na mesma universidade. No fim de semana, Thiago convida Jonas para um passeio de bicicleta por Santa Maria. Ao longo do trajeto surge a discussão:
- Se eu fosse pobre eu também roubaria e invadiria as terras dos outros. A nossa sociedade é muito injusta, e a burguesia que planta a desigualdade social tem que sofrer com isso. - dispara Jonas.
- Pois é, mas se tu analisar, quem mais sofre com a violência são os próprios pobres que dificilmente tem como se defender. Rico anda de carro, tem a casa cercada por muros e com segurança. - rebate Thiago.
- Mas isso não funciona assim. Como tu agiria se visse o teu filho passando fome? Eu tenho certeza que tu também roubaria.
Cai a tarde e o passeio continua.
- Vamos fazer o seguinte, vamos passar por aquela vila que lá, do alto daquele morro, temos uma bela visão da cidade. - disse Thiago.
- Mas é seguro passar por ali a essa hora? - pergunta o temeroso Jonas.
- Claro que não, mas nós somos ricos, deixe que nos assaltem, assim estaremos contribuindo para a distribuição da renda no Brasil.
Thiago seguiu para a vila rumo ao morro. Jonas voltou para o centro da cidade, afinal, "pimenta nos olhos dos outros é refresco".

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Aqui não acontece isso!

Durante o City Tour que realizamos em Buenos Aires, a guia argentina, falando um português bastante claro, comentava acerca dos principais pontos turísticos cidade. O engraçado foi quando passamos pelo porto, que fica próximo ao bairro da Boca, e ela contou-nos uma curiosidade. Durante o governo de Carlos Menen, a Ministra responsável pelo setor fluvial da Argentina apresentou um projeto ousado ao Presidente. Ela garantia que com 1 milhão de dólares e 2 anos de serviço, despoluiria o Rio Riachuelo, um dos afluentes do Rio da Prata e um dos principais rios argentinos. Encantado com a proposta, Menen disponibilizou o valor para a Ministra. Bom, o que aconteceu não é difícil de adivinhar. O dinheiro sumiu e o rio continuou poluído, claro. Mas quando a guia terminou de nos contar essa história, talvez receosa em não desagradar seu público brasileiro, ou extremamente ingênua, concluiu:
- Pois é, aqui na Argentina acontecem essas coisa, eu sei que no Brasil isso não acontece, mas aqui, aqui acontecem.
Foi uma risada só dentro do ônibus. O mais gaiato ainda retrucou:
- 1 milhão de dólares não tapa nem as cáries do Renan Calheiros!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ditadura pela via "pacífica"

Navegando por sites da internet, encontrei algo muito interessante de ser lido. Quem tiver curiosidade, e repito, vale a pena, o link é esse:
http://undbrasil.org/index.php?option=com_content&task=view&id=39&Itemid=54
Depois de lerem o texto do link acima, explico que em junho, eu havia escrito algo semelhante, sem nenhum embasamento sociológico ou político, por pura análise dos fatos. O texto chama-se "A beira do abismo?" e está no link: http://myselfrs.blogspot.com/2007/06/beira-do-abismo.html
Sugestão: leiam os dois (ambos são curtos), os comparem e tirem suas conclusões.

Buenos Aires

Estive na capital argentina no último feriado. É uma cidade belíssima, com construções primorosas e atrações imperdíveis, mas como toda metrópole de terceiro mundo, também tem seus problemas. Vejo como o principal defeito a cultura argentina da gorjeta. Tudo tem gorjeta. É impossível andar pela Rua Florida (uma espécie de calçadão) sem que ninguém te pare para te pedir alguma coisa.
Os restaurantes são ótimos, principalmente os de Porto Madero. São ótimos, mas são caros também. É possível comer muito bem por lá, desde que se pague por isso. Os brasileiros têm sempre 40% de desconto em tudo, em função da desvalorização do Peso em relação ao Real (1,00 Real = 1,40 Pesos). A oferta de produtos de altíssima qualidade é farta. Encontra-se lojas de marcas consagradas no cenário mundial (Hugo Boss, Lacoste, Nike, Adidas, Armani, etc) em vários redutos da cidade. Óbvio que os preços são proporcionais à qualidade dos produtos.
Estive também no Bairro da Boca, em La Bombonera. O estádio é uma atração aos amantes do futebol que visitam Buenos Aires. Quem entra nas arquibancadas logo percebe porque o Boca Juniors é tão forte dentro da sua casa. A proximidade da torcida com o campo é muito grande, cerca de 1 metro ou menos que isso. E outro detalhe que salta aos olhos dos visitantes é a devoção dos argentinos por Maradona, é quase uma religião.

sábado, 15 de setembro de 2007

O GRENAL

As vésperas de mais um GRENAL (Nr 369) válido pelo Campeonato Brasileiro, ficamos, sempre, tentando antever o que irá acontecer. Mas por mais lógico que possa ser chutar uma bola para dentro de um gol, impossível será dizer o que acontecerá no Olímpico no próximo domingo. Clemer não irá jogar (bom ou ruim?). Mano Menezes volta a beira do gramado, depois de cumprir suspensão, além disso o Grêmio joga em casa, o que, pelo retrospecto, não tem se mostrado uma vantagem quando falamos de GRENAIS.
O Inter vem de vitória (3 a 0 em cima do Flamengo), mas foi derrotado em casa no último clássico e quer reverter isso. Conta com diversos reforços trazidos pela direção colorada. E agora? E agora nada!
Só domingo, depois do apito final, me arrisco a qualquer palpite. Além disso, além de somar três pontos preciosos, este clássico traz outras duas coisas importantes ao vencedor. Quem vencer mantem-se ou ultrapassa o adversário na tabela, e ainda, está na porta da Libertadores 2008. É o GRENAL do ano.

sábado, 8 de setembro de 2007

Top 10 - Música brasileira

10º - MILTON NASCIMENTO Marcou a MPB, como os álbuns “Minas”, “Milagre dos Peixes” e os dois volumes do “Clube da Esquina”, responsáveis pela consagração de toda uma geração da músicos mineiros, que inclui Beto Guedes, Tavinho Moura, Toninho Horta, Nivaldo Ornellas e Nelson Ângelo. Sempre lembrado como um dos maiores representantes da música brasileira, Milton ganhou, em 1998, o Grammy de World Music com “Nascimento".

9º - RPM

Grupo de rock surgido em 1985, foi um dos mais populares do país nos anos de 1986 e 87. Com influências do pop-rock inglês (o vocalista Paulo Ricardo morou em Londres por dois anos na primeira metade da década de 80), a primeira faixa de sucesso foi “Louras Geladas”, incluída no LP “Revoluções por Minuto” expressão que deu origem ao nome da banda. Em 1986, com o lançamento de “RPM ao Vivo”, um sucesso absoluto de vendas, o grupo tornou-se um fenômeno
nacional.

8º - CÁSSIA ELLER Lançou seu primeiro LP, “Cássia Eller”, em 1990. Além de “Por Enquanto”, o disco incluía, entre outras, “Eleanor Rigby”, dos Beatles, e “O Dedo de Deus”, de Arrigo Barnabé e Mário Manga. Em seguida fez shows com o guitarrista Victor Biglione, com repertório de blues, o que a deixou conhecida como cantora de blues e rock. Dois anos depois do primeiro veio o segundo disco,
“O Marginal”, que consolidou o timbre grave de sua voz. O último disco, “Acústico MTV”, beirava o meio milhão de cópias vendidas quando Cássia faleceu tragicamente aos 39 anos, no auge do sucesso.

7º - BARÃO VERMELHO Grupo de rock fundado em 1981 no Rio de Janeiro com quatro integrantes, só no ano seguinte encontrariam o vocalista Cazuza e gravariam o primeiro LP, "Barão Vermelho", pela Som Livre. Em janeiro de 1985 participam do festival Rock In Rio e em junho é anunciada a saída do vocalista Cazuza, que parte para carreira solo, e a entrada de Fernando Magalhães e Peninha. Frejat passa a ser vocalista e o Barão assina contrato com a Warner. Seu último trabalho é o DVD "Barão MTV ao vivo" gravado em 2005 no RJ.

6º - RAUL SEIXAS Em 1972 é contratado pela Philips, que lança seus primeiros grandes sucessos, “Ouro de Tolo”, “Metamorfose Ambulante”, “Al Capone” e “Mosca na Sopa”. Mudou de gravadora outras vezes, brigando com todas elas. Outros sucessos foram “Maluco Beleza”, “Rock da Aranha” e “Carimbador Maluco”, do especial infantil “Plunct Plact Zum”. No final da carreira, com mais de 20 LPs gravados, problemas com o alcoolismo lhe causaram uma pancreatite fatal.

5º - LEGIÃO URBANA Um dos grupos de rock mais importantes para o movimento BRock, o Legião Urbana surgiu em Brasília em 1983, numa época fértil do cenário roqueiro da capital federal. O primeiro compacto foi lançado em 1985, com "Será", e obteve ampla aceitação do público jovem em todo o Brasil. A partir daí o Legião Urbana se tornou uma febre, angariando milhares de fãs nas décadas de 80 e 90 e sendo considerada a maior banda de rock do país. No total foram oito discos lançados até a morte do vocalista Renato Russo, em 1996, vítima de Aids.

4º - LUIZ GONZAGA Maior responsável pela divulgação da música nordestina no resto do Brasil, Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu (PE). Saiu de casa em 1930 para servir o exército como voluntário. Ficou no Rio de Janeiro, com uma sanfona recém-comprada. Passa então a se apresentar em ruas, bares e mangues, tocando boleros, valsas, canções, tangos. Foi no programa de calouros de Ary Barroso e tocou seu chamego "Vira e Mexe", com grande aprovação do público e do temível apresentador, que lhe deu nota máxima. Depois de descobrir esse filão no mercado.

3º - CHICO BUARQUE Compositor, intérprete, poeta e escritor, Chico Buarque é hoje uma referência obrigatória em qualquer citação à música brasileira dos anos 60 pra cá. Sua influência é decisiva em praticamente tudo que aconteceu musicalmente no Brasil nos últimos 35 anos, pelo requinte melódico, harmônico e poético que suas obras apresentam.

2º - ELIS REGINA Nasceu em Porto Alegre, e desde os 11 anos se apresentava na Rádio Farroupilha, cantando. Fez parte do elenco fixo da emissora, onde trabalhou por algum tempo. Em 1959 assinou o primeiro contrato profissional, na Rádio Gaúcha, e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro compacto, pela Continental. Um de seus discos mais marcantes, "Elis e Tom" (com Tom Jobim), foi gravado em 1974 nos Estados Unidos, onde também tornou-se popular.

1º - MARIA BETHÂNIA Nascida em Santo Amaro da Purificação (BA). Em 1960 foi para Salvador terminar os estudos, e passou a freqüentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano Veloso. Bethânia comemorou 35 anos de carreira em 2001, completados na verdade em 2000. O show de lançamento do novo álbum "Maricotinha" reuniria no palco do Canecão, Rio de Janeiro, uma constelação de grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, e Gilberto Gil, prestando sua homenagem à diva.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Campeonato Brasileiro

Continuo apostando que nem Grêmio nem Inter alcançarão a vaga para a Libertadores 2008. Parece óbvio dizer isso agora, mas ainda faltam muitas rodadas e matematicamente ambos têm amplas condições de classificarem-se.
Ontem, depois do Tricolor amargar mais uma derrota no campeonato e do centroavante Marcel ter perdido, pelo menos, dois gols feitos (fora o pênalti contra o Fluminense), ele justificou-se, dizendo: "O gol não está saindo, tenho que ter paciência e seguir trabalhando. Vou balançar as redes na hora certa". Pergunta de seleção - Existe uma hora errada para marcar gols numa partida de futebol? Quer dizer, ele ainda não marcou porque se o fizesse poderia estar prejudicando o Grêmio, é isso? Que frase infeliz!
Esse Marcel não é muito mais que o Tuta, não. É seis por meia dúzia.

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Não havia dito, mas ainda está em tempo: o Juventude será rebaixado a Série B.
Eu sei que isso parece mais óbvio, mas eu precisava registrar, só isso.

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SALGUOD TDRAHCROB - Fica ilegível, mas é pooonto do Brasil!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Punição aos mensaleiros

Depois que o STF recebeu a denúncia contra a quadrilha do mensalão, começo a pensar que punição realmente seria educativa e corretiva para e aplicar nos acusados. Cheguei a conclusão que não adianta prender nenhum deles. Não receberão mais do que 1 anos, ou até mesmo alguns meses de cadeia e isso não nos levará a lugar algum. O negócio é mexer no bolso deles. É a única pena que surtirá algum efeito. De que adianta deixar o José Dirceu preso, com certeza em cela especial, guarnecido pela Polícia Federal e com muitos direitos. O melhor é obrigá-lo a indenizar a Nação numa quantia que seja boa para ambos os lados.
Um exemplo: Eles deve ter umas cinco casas, carros e fazendas. Vende-se tudo, a exceção da casa ou apartamento de menor valor que servirá para ele morar com a família, o resto volta aos cofres do Brasil. Cassa-se os direitos políticos dele por, pelo menos, 15 anos e manda se virar. Isso sim seria uma punição ideal.
Já vimos em casos anteriores que prender não adianta muito. Paulo Malluf é um exemplo. Então a sugestão é mexer no bolso, é ali que dói.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

O limite de cada um

Por Luciana Taddeo

“Por favor, não chega perto, não chega perto de mim” pensei o tempo todo que passei naquele lugar, ainda que tentando aparentar tranqüilidade. Temia a aproximação do homem caolho, a poucos metros de mim que, agitado, gritava palavras indecifráveis, puxando a gola da camiseta pra cima e cuspindo no chão enquanto balançava os braços e a cabeça.
Ele foi o primeiro paciente que vi ao chegar, com um grupo de voluntários, a uma instituição, na Grande São Paulo, que trata de dependentes químicos a pessoas com transtornos mentais. A instituição fica no alto de um morro, em área residencial e é protegida apenas por um portão de ferro. Os internos circulam livremente até um grande jardim bem cuidado em frente à casa.
Fazia sete graus naquela manhã de sábado e nada nos protegia do frio na grande varanda coberta onde desenvolveríamos atividades ocupacionais. Alguns internos caminhavam de um lado para o outro, falando sozinhos; outros, curiosos e tremendo de frio, sentaram-se por perto e alguns poucos se aproximaram para conversar. Um senhor sem dentes e vestindo apenas camisa e shorts, sem aparentar incômodo com a temperatura, tentava falar conosco, mas pouco se fazia entender.
Uma mulher baixa, com óculos de sol no alto da cabeça, envolveu minha face com as mãos e aproximou o rosto do meu. Apesar de seu tato carinhoso, temi uma mordida – talvez pelos vários arranhões ainda com sangue aparente em suas bochechas, talvez pela feição que oscilava entre assustada e agressiva. Ela me beijou e abriu um sorriso, interrompendo brevemente o constante desconforto que me causava seu olhar fixo em mim, que senti me perseguir durante toda a visita.
Tentava afastar o medo e agir naturalmente quando homens sujos de restos de comida ou com a calça molhada, cheirando a fezes e urina, vinham me cumprimentar. Entre muitos deles (a instituição abriga quase 150 pacientes), vi poucas mulheres. Uma delas, com fortes traços indígenas e boa parte do cabelo longo já grisalho – características que destoavam do moletom vermelho vivo, com a estampa “Champ” em letras coloridas, e de seu boné preto do “Baco’s Nightclub” -, juntou-se a nós e, com uma voz grave e muito agradável, entoou versos alusivos a Padim Ciço e Santo Mariano. Queria saber sua história. Perguntei sobre filhos e a resposta foram versos de Luiz Gonzaga:
“Meu cigarro de palha
Meu cavalo ligeiro
Minha rede de malha
Meu cachorro trigueiro
Quando a manhã vai clareando
Deixo a rede a balançar
No meu cavalo vou montando
Deixo o cão a vigiar
Cendo um cigarro de vez em quando
Pra esquecer de pra alembrar
Que só me falta uma bonita morena,
Pra mais nada me faltar
Que só me falta uma bonita morena,
Pra mais nada me faltar".
— Sua vaca! Cachorra! Descaraaaada! – uma voz feminina mais aguda atravessou a cantoria. Olhei e disfarcei. Sentada de pernas cruzadas a menos de um metro de nós, uma mulher de cara redonda e cabelo curtinho gritava suas aflições, voltada para o grupo, mas sem alvo específico. Evitei seus olhos para que sua raiva não se personificasse em mim.— Piranha que roubou meu homem! Vagabunda! – continuou, com gestos agressivos. Nem parecia a mesma pessoa que, mais tarde, se agarraria a um dos voluntários com quem dançava as músicas cantadas pelos internos no videoquê.
Enquanto alguns pacientes cantavam e dançavam, envoltos por uma fileira de outros em cadeiras de rodas, a maioria pintava desenhos em papel sulfite nas longas mesas de refeitório localizado no lado esquerdo da varanda. Aproximei-me de um garoto de vinte anos e escutei sua conversa com uma das voluntárias. Chegara ao nível mais avançado de depressão, ouvia vozes e emagrecia rapidamente.
— Vou morrer, estou sentindo meu corpo parar – dizia.
— Imagina, você tá ótimo, pintando super bem. Isso é coisa da sua cabeça – argumento.
— É verdade, eu sinto que ele está parando de funcionar.
Às vezes, me distraía da conversa para olhar para uma moça esguia, que tremia muito. Tinha olheiras escuras, olhos arregalados, semblante sério e cabelo desarrumado e andava de um lado para o outro, sem se acomodar em nenhum lugar. Tentei puxar assunto, mas não me respondeu. Perguntei sobre ela ao garoto.
— Era viciada em drogas e afetou a cabeça.
— Ela fala?
— Sim, mas muito pouco – dizia ele, que logo voltava a falar de si.
— Você tem orkut? Eu gostava tanto de mexer no orkut! Olha, esse é meu nome, me acha lá e você vai ver como eu era diferente.
Um senhor sereno me contou que a “vaca” da sua mulher o tinha botado lá e roubado sua casa, que ficava no endereço tal e ele mesmo havia construído.
— Lúcido aquele senhor! – comentei com a supervisora do abrigo.
— É sim, mas temos que tomar cuidado com o que eles contam. Parece que ele maltratava muito a família, que não quer saber dele. A maioria dos problemas é causado por alcoolismo. Eles são encontrados na rua, tratados no hospital e trazidos para cá.
Durante o tempo em que fiquei na instituição, meus temores dividiram espaço com o remorso. Lavei minhas roupas só depois de usá-las mais uma vez para provar para mim mesma que não tinha nojo.
— Você não precisa se sentir assim. Não é preconceito, mas o limite de cada um – disse minha terapeuta naquela semana.
Com freqüência lembro de cenas como a da mulher magrinha e tímida, que usava meias listradas em preto e branco até o joelho com sandálias havaianas cor-de-rosa, e encostada na parede observava o movimento; a linda senhora com compridos cabelos brancos e olhos muito azuis, que tinha esparadrapos no rosto tapando os arranhões que levou da cantora pernambucana em uma disputa pelo quarto; e a do homem com cara de turco pedindo cigarro por meio de gestos cada vez que passava por mim, impaciente, como se eu tivesse e não quisesse lhe dar.
Não voltei mais ao local.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Julgamento de um Soldado

Um Soldado colocou-se de pé diante de Deus, pronto para a última inspeção pela qual teria que passar, desejando que, assim como a fivela do cinto e os emblemas de metal, também seus coturnos estivessem a brilhar e seu uniforme impecável.
- Um passo a frente, Soldado! Como vou fazer contigo? - Questionou Deus.
- Fostes fiel à Igreja? Deste o outro lado da face ao inimigo?
O Soldado se perfilou e respondeu:
- Não, não Senhor! Nós que andamos armados, nem sempre podemos ter amor. Na maioria dos domingos eu estava de serviço. Na Igreja não fui, não Senhor. Em muitos momentos eu falei de modo impuro. Existiram situações em que fui violento, pois meu mundo me exigia isso. Mas nunca guardei um tostão que a mim não pertencesse e quanto mais uma conta se acumulava, aos trabalhos extras eu me dedicava, e de minha família me afastava. Mas as vezes, Senhor me perdoa, eu chorei por coisas à-toa e por dores dos outros. Reconheço que não mereço ficar entre os que já estão em Seu meio, que jamais me quiseram por perto, a não ser quando sentiram receio. Se tiver um lugar para mim, como nunca consegui muito mesmo, luxuoso não precisa ser. E caso não haja nenhum, eu saberei entender.
Fez-se silêncio em redor do Trono, onde os Santos passeavam, e o Soldado esperou o veredito do Senhor.
- Teu corpo serviu com alma e coração. Fez-te escudo para o próximo. Portanto, anda em paz pelo Paraíso ... Inferno já foi tua Missão.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Democracia indigesta

Conversei, esses dias, com um professor aposentado de engenharia da UFSM. Este senhor é chileno e chegou no Brasil no fim dos anos 70. Após mais de 20 anos em nosso país, disse-me o seguinte:
"Em 1978, quando cheguei aqui, o governo brasileiro era militar, mas eu tinha segurança ao andar nas ruas e consegui emprego facilmente na universidade, o único problema era que a imprensa não tinha liberdade de expressão. Hoje, a imprensa é livre para dizer o que bem entender, mas não se consegue emprego tão facilmente e as ruas estão perigosíssimas. O que me importa saber o que acontece aqui ou ali, se não posso trabalhar nem ter segurança? Acho que a democracia não fez bem ao Brasil".

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Apostas

Acredito que não teremos equipes gaúchas na disputa da Taça Libertadores da América 2008. Ambas dependem de suas classificações no campeonato brasileiro deste ano para alcançar a tão cobiçada vaga. E parece que o objetivo está cada vez mais longe.
O Grêmio buscou importantes pontos fora do Olímpico. Venceu o Atlético-MG e o Náutico em jogos que poderia ter empatado, mas, por outro lado, deixou escapar vitórias incríveis dentro do seu estádio. Os empates contra Palmeiras, Atlético-PR e as derrotas para o São Paulo e Corinthians, este último jogando em SP, mas vencendo até os 36 min do 2º tempo, não poderiam ter ocorrido para uma equipe que quer figurar entre as quatro melhores da competição.
O Inter segue irregular. Vence aqui e ali, mas sempre tropeça quando precisa mostrar que é superior e que também quer uma vaga na Libertadores do ano que vem. As derrotas para o Juventude e Vasco não poderiam ter ocorrido nas circunstâncias em que ocorreram. Talvez a mudança de treinador, agora, dê novos ares de vitória no Beira Rio, mesmo sendo este o mesmo treinador que não conseguiu passar da primeira fase da Libertadores e do Campeonato Gaúcho deste ano.
Se eu pudesse apostar, apostaria que o colorado está em melhor ambiente que o rival. O returno começa como sendo um novo campeonato para o Inter e isto o põe em vantagem. Acredito que o colorado termina o campeonato na frente do Grêmio e que o São Paulo será o campeão novamente. Tudo são apostas, apenas apostas.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Paranóia (Post Nr 100)

Com a absolvição do atleta Dodô, do Botafogo, no caso de dopping, começo a pensar que estou ficando muito paranóico. Lembro que neste mesmo campeonato brasileiro, o Grêmio iria enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, com os portões fechados, mas dias antes da partida, o STJD voltou atrás na punição ao time santista e o enfrentamento se deu com presença de público em SP.
Claro que é paranóia minha. O jogador Alex Alves do Juventude foi enquadrado no mesmo artigo que Dodô, a diferença é que Alex Alves joga pelo Juventude, um pequeno time do interior do RS, enquanto Dodô é a estrela de um recente líder do campeonato, além da equipe ser carioca, o que, claro, não quer dizer nada. Moral da história: Dodô foi absolvido do caso de dopping e Alex Alves continua cumprindo a sua pena.
Jogaram um tênis dentro do campo de jogo no Estádio Olímpico, em 2004, e o decadente time do Grêmio assinou o seu rebaixamento à série B do Brasileirão daquele ano tendo que enfrentar seus adversários no interior do estado. Paranóia, tudo paranóia!
O Internacional estava disputando ponto a ponto com o Corinthians o título de campeão brasileiro de 2005, quando o "Dr Sveiter" resolveu anular 11 jogos apitados pelo Edílson Pereira de Carvalho, o que acabou dando a chance ao Corinthians de reconquistar pontos preciosos para a conquista daquele título. Isso sem contar o lance capital no confronto direto entre Corinthians e Inter, em SP. Um pênalti claro foi sonegado aos gaúchos e, ainda por cima, Tinga foi expulso por simulação.
Mas, óbvio, que tudo isso é paranóia minha. Estamos num país onde o Estado Democrático de Direito prevalece e já não existem mais as oligarquias do centro do país seja na política, seja na economia, seja no esporte. Paranóico ou não, continuo achando que há algo de podre neste império do Eixo RJ-SP.

sábado, 4 de agosto de 2007

O povo brasileiro

O BRASILEIRO É TRABALHADOR ...
Brasileiro é vagabundo por excelência. O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

O BRASILEIRO É HONESTO ...
Hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

O BRASIL É DEMOCRÁTICO ...
Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suasMPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

O BRASILEIRO É ALEGRE ...
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Vaias

Acabo de ver uma reportagem do Jornal Nacional a respeito do comportamento, digamos, não muito olímpico do público brasileiro em determinadas ocasiões dos Jogos Pan-Americanos 2007. Achei sensacional a percepção que o jornalista teve em criticar o comportamento do público quanto às vaias. Eu sei, elas são comuns nos estádios, nas competições, mas posso lhes afirmar que existem esportes e esportes.
No tênis, por exemplo, é inadmissível qualquer ruído durante a disputa de um ponto sob pena do torcedor ser retirado das arquibancadas da quadra. Agora, não deveríamos precisar de penas rigorosas para saber nos comportar como torcedores olímpicos no melhor sentido desta palavra. Vaiar cubanos, só porque são cubanos, ou porque estão disputando posições no quadro de medalhas com o Brasil é ridículo. Hostilizar os argentinos, os americanos, seja lá quem for, e de onde for (salvo no futebol), só exterioriza o quão tupiniquins somos. Nas modalidades em que a concentração do atleta é fundamental multipliquemos isto por dez.
Os jogos olímpicos servem para o congraçamento entre os povos, não para que disputas extra-campo tornem-se mais acirradas.
E de mais a mais, quem era para ser vaiado já o foi e parece que entendeu bem o recado.

sábado, 21 de julho de 2007

Judô

É muito legal assistir uma luta de judô. Eu sempre gostei, desde o Aurélio Miguel em Seul/1988. Imagino o preparo físico que cada atleta precisa, e toda técnica de golpes, imobilizações e entradas.
Acima a foto dos nossos vencedores no dia de ontem: Edinanci Silva, Tiago Camilo, Luciano Corrêa e Mayra Aguiar.
A luta da Edinanci e do Tiago Camilo foram sensacionais. A brasileira venceu uma cubana com uma imobilização. Costas da adversário contra o chão, 25 segundos impedindo que ela saia desta posição. A Edinanci já passou por problemas difíceis. Em certa competição, ela teve que se submeter a um teste para verificar seus níveis de hormônios, pois achavam ela masculinizada demais. Ela é uma vencedora.
O Tiago Camilo aplicou um "ipon" em 30 segundos, um golpe fantástico e fatal. E mais uma vez o judô brasileiro fazendo bonito.

Natação

Vocês conhecem o "sem medalhas"? Thiago Pereira conquistou, até o momento, 5 medalhas de ouro nas seguintes provas: 200m costas, 200m medley, 400m medley, 4x100m livre, 4x200 livre. Ele é um fenômeno, nada muito.
O Brasil sempre teve um bom aproveitamento nas piscinas em competições olímpicas. Thiago Pereira é o destaque brasileiro nestes jogos Pan-Americanos Rio 2007.

Ginástica artística

Eu sempre achei que a Ginástica Artística era mais artística do que esportiva. Tremendo engano. Cada aparelho, cada apresentação exige uma preparação monstruosa de cada atleta. Os saltos, as piruetas, as entradas e saídas dos aparelhos tudo vale para a apreciação dos árbitros, cada detalhe é considerado e computado na nota final.
O Brasil conquistou 4 medalhas de ouro, 2 medalhas de prata e 5 medalhas de bronze. O país tem um gande potencial de medalhas, nesta modalidade, em Pequim/2008.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Brasileirão - posts

Este blog está virado em posts sobre o Campeonato Brasileiro. Por isso, peço a compreensão de todos para dar "férias" aos posts com este tema. Só voltarei a escrever sobre o Brasileirão quando as rodadas representarem alguma coisa para a dupla GRENAL.
Faço isso em consideração a quem lê. Críticas? Fiquem a vontade!

sábado, 7 de julho de 2007

Brasileirão - 10ª rodada

Atlético-MG 0 x 1 GRÊMIO
A famosa vitória de "meio a zero", desta vez aconteceu para o Grêmio, em jogo disputado no Mineirão.
Mais uma vez a falta de qualidade no ataque comprometeu bastante o desempenho do Grêmio no primeiro tempo. Além das dificuldades de Ramón e Éverton em dominarem a bola dentro da área, o Tricolor errava muitos passes no meio-campo. Lúcio, destaque atuando como meia nas últimas partidas, pouco apareceu. Sem articulação, a equipe apostava em lançamentos longos, que representavam pouco perigo para o gol do atleticano Diego.
O jogo foi ruim. Ambas as equipes estavam apáticas, sem vibração, sem vontade. Mesmo assim, o Tricolor causava mais perigo ao gol atleticano do que o contrário.
Na segunda etapa, as equipes buscaram mais o gol. Logo aos 6 min, Sandro Goiano sentiu e acabou sacado para a entrada de Kelly. O meia deu mais articulação e favoreceu na criação de boas jogadas de ataque.
Com erros coletivos de ambos os lados, foi o talento individual que fez a diferença. E este estava do lado gremista. Aos 42 min, Diego Souza recebeu a bola no lado esquerdo, apostou, driblou, enfrentou quatro adversários que estavam no seu caminho e, com muita raça, mandou um chute certeiro, fazendo 1 a 0 e determinando a vitória do Grêmio, a segunda no ano fora do Estado – a outra vitória longe do Rio Grande foi diante do Cerro Porteño, na estréia na Libertadores, em 15 de fevereiro.
O Grêmio ocupa a 5ª colocação com 16 pontos ganhos.

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INTER 2 x 1 Figueirense
Debaixo de muita chuva, o colorado se impôs na sua casa, e venceu, com propriedade, o Figueirense.
O placar magro do primeiro tempo não foi por falta de oportunidades. O Inter teve a maior posse de bola que o Figueirense, e criou pelo menos três chances claras de gol para ampliar o escore. O domínio vermelho era incontestável.
Aos 16 min, Índio foi ao fundo de campo e cruzou, o goleiro Wilson não conseguiu cortar e a bola caiu nos pés de Christian: 1 a 0.
As chances continuavam a ser criadas. O Inter teve ampla vantagem na etapa inicial.
No segundo tempo, o Figueirense voltou um pouco mais ativo em campo. Mesmo assim, foi o Inter que marcou o segundo gol. Aos 14 min do segundo tempo, Iarley invadiu a área e cruzou para o Christian, que, sem marcação, só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo do gol: 2 a 0.
Três minutos depois do gol, Wellington Monteiro, do Inter, foi expulso, ao receber o segundo cartão amarelo. Aos 42 min, Vinícius escorou falta cobrada da meia-direita por Otacílio Neto, marcando um belo gol de cabeça. Nos minutos finais o Figueira ensaiou uma pressão, mas o jogo acabou 2 a 1 mesmo.
Com o resultado, o Inter está em 15° lugar na tabela, com 11 pontos.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Brasileirão - 9ª rodada

GRÊMIO 3 x 1 Juventude
O Tricolor não teve dificuldades para vencer o Juventude e somar mais três pontos na competição.
Sob o comando de Diego Souza e Sandro Goiano, o Grêmio marcava em cima e não dava espaços para o Juventude. Gavilán também teve boa atuação, mas cometeu muitas faltas.
Pelo lado esquerdo, o Grêmio foi avassalador com Lucio e Bruno Teles abusando das tabelas. Diego Souza defendia e atacava. Em uma roubada sua de bola, o Grêmio abriu o placar. Aos 13 min de partida, o capitão gremista avançou pela direita até chegar na área, onde foi derrubado pelo zagueiro Cedrola. Pênalti, que ele mesmo bateu, fazendo 1 a 0 para o Grêmio.
No segundo tempo, o gol do Grêmio veio logo aos seis minutos, através de um lançamento do zagueiro Schiavi. Do campo de defesa gremista, “El Flaco” deu um passe longo para Diego Souza, que avançou pelo meio e não perdoou. O Tricolor ampliou aos 22 min, após cobrança de escanteio. A bola passou por todos os jogadores e parou nos pés de William, que fez 3 a 0.
Pouco tempo depois, o lateral Zé Rodolpho cobrou o escanteio que originou o gol do papo. O autor foi o zagueiro Wescley, que pulou e cabeceou para baixo. Mas a reação alviverde não foi consistente, e o Grêmio esteve mais perto de ampliar do que o Ju, de descontar mais uma vez.
Com o resultado, o Grêmio subiu para a oitava colocação com 13 pontos.

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São Paulo 1 x 0 INTER
No Morumbi, o Colorado foi batido pelo São Paulo, com um gol do goleiro Rogério Ceni.
Alexandre Gallo surpreendeu e escalou o Inter no esquema 3-5-2 desde o início do confronto frente ao São Paulo. O time demorou a se encontrar em campo e levou uma pressão do time da casa nos primeiros 30 min de partida. Logo aos 9 min, Aloísio driblou toda a defesa colorada pela esquerda e tocou para quem vinha de trás. O chute de Jorge Wagner saiu mascado e a bola ficou entre ele e Clemer. O meia são-paulino chegou antes, tocou na bola e, ao receber o choque do goleiro colorado, foi ao chão. O árbitro Elvécio Zequetto mandou o jogo seguir.
O Inter voltou do intervalo com Élder Granja no lugar do zagueiro Índio, que saiu machucado. Com isto, o time voltou ao esquema 4-4-2. Foi Lenílson quem criou a jogada que acabaria no único gol da partida aos 12 min. Ele invadiu a área com a bola dominada, passou por Clemer e caiu. Elvécio Zequetto apontou a marca da cal para desespero dos colorados. Rogério Ceni bateu no canto e fez o gol são-paulino.
O Inter criou algumas chances para empatar. Christian teve a bola do jogo nos pés, num rebote do goleiro Rogério Ceni. O chute foi parar nas arquibancadas. Placar final: 1 a 0.
Com o resultado, o Inter estaciona nos oito pontos e ocupa a 15ª colocação na tabela.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Corrupção tem cura!

Parece que a aparição de corrupção no meio político vai tornando-se uma rotina. A cada mês é uma diferente. Caso dos Correios, caso da navalha são os mais recentes que me recordo, e nosso pacato povo assiste a tudo, sem coragem de reagir.
Uma revolta talvez não seja a melhor solução, há formas pacíficas de resolver isso. Podemos começar por nós mesmo, julgando menos e corrigindo mais nossos erros. É hora de darmos atenção maior à trave dos nossos olhos e esquecer o cisco do olho alheio.
Não que não devamos nos revoltar com tudo isso, pelo contrário, é nosso dever, mas que tal corrigir nossas corrupções primeiro? Como alguém pode protestar a corrupção se não devolve o troco que ganha a mais; se não devolve a carteira com todo o dinheiro dentro ao dono; se busca notas fiscais de parentes doentes para descontar no imposto de renda; até o ponto de, como já vi acontecer, não casar-se para não perder a pensão do finado pai militar às filhas solteiras.
Quando criança o papai dizia – Meu filho, não é seu, devolva! – porém não o punia, satisfazia-se em ver o filho devolver, pois era uma criança, e crianças não sabem. Poxa, eis a hora de agir como adultos, honrarmos nossa reputação, nossa dignidade e ter a responsabilidade dos atos, a desculpa de que não sabia que não podia, essa não cabe mais, já passou esse tempo e agora respondemos pelos nossos atos, e o país os reflete. Se ele está como está, tenha certeza, a culpa é NOSSA! Vista a camisa, como disse Ana Carolina, seja mais honesto ainda, só de birra, só pra contrariar, mostre que você quer, comece por você, depois tente seu vizinho e quem sabe um dia, o Brasil inteiro, para que um dia nossos filhos tenham orgulho dos que os ascenderam e com a trilha aberta, possam ampliar o caminho, e talvez o Brasil pare de ser o eterno país do futuro, transformando-o em presente. Depende de nós!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Brasileirão - 8ª rodada

Santos 0 x 0 GRÊMIO
O Tricolor foi a Santos e trouxe um empate da Vila Belmiro. A equipe de Mano Menezes explorou os contra-ataques, perdeu muitos gols e a chance sair de São Paulo com três pontos.
O primeiro tempo por horas esteve sonolento, não lembrando em nada as partidas movimentadas entre as duas equipes na Copa Libertadores deste ano. Foram poucas chances de gol para ambos os lados.
O Grêmio, contente com o empate, atacava despretensiosamente. O Santos pouco produziu. Ainda no primeiro tempo era possível prever que o jogo terminaria empatado sem gols.
Coube, ainda, ao Grêmio as melhores chances da partida na segunda etapa. Lúcio teve a bola do jogo nos seus pés, num rebote da zaga. Dentro da área o lateral, improvisado no meio campo, disparou um foguete que caiu no colo do torcedor santista. Alguns minutos depois, Kelly que tinha acabado de entrar, chutou cruzado e a bola passou próxima da trave de Fábio Costa. Resultado final: 0 a 0.
Com o resultado, o Grêmio ocupa a 13ª colocação com 10 pontos ganhos.

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INTER 1 x 1 Atlético-MG
Jogando no Beira Rio, o Inter não conseguiu vencer o Atlético-MG. Com bastante mudanças em relação ao time que vinha atuando, o Inter entrou no gramado sentindo as dificuldades da falta de entrosamento dos jogadores, sobretudo do meio-campo. Os estreantes Roger e Magal erravam passes e sentiam dificuldade ao receber a bola dos companheiros.
Mas Roger, o único homem de criação ao lado de três volantes, jogou bem. Sua velocidade, aliada às do lateral-esquerdo Ramon e do atacante Adriano, fizeram com que o Colorado conseguisse se impor mesmo sem ter o controle do meio-campo. Assim, abusando de inversões e jogadas rápidas pelos lados, o Inter acabou tendo as melhores chances da primeira etapa, a grande maioria proveniente de cruzamentos.
Apesar de conseguir tocar bem a bola, o time alvinegro tinha dificuldade para chegar ao gol. Entretanto, em um lance de gênio, Eder Luís aplicou um drible desconcertante em Marcão, driblou o goleiro Clemer e finalizou, abrindo o placar. Abatido, o Inter pouco pôde fazer nos menos de dez minutos que separaram o gol de Eder Luís e o intervalo.
Para a etapa complementar, o técnico Gallo promoveu a entrada de Luciano Henrique no lugar de Wellington. Com dois homens de criação no meio-campo – Luciano e Roger –, o Adriano cresceu. Os três se entenderam bem, e o empate colorado veio em uma jogada que teve a participação de todo o trio. Luciano Henrique tocou para a área, onde estava Roger, este cruzou rasteiro para Adriano anotar seu segundo gol pelo Inter.
O colorado teve que suportar uma pressão dos mineiros nos minutos finais da partida. Placar final: 1 a 1.
O Inter ocupa a 16ª colocação na tabela com 8 pontos ganhos.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A beira do abismo?

Fica humanamente impossível qualificar o governo Lula ao longo deste quase cinco anos de mandato. Aconteceu tudo e mais um pouco.
Diriam, os paranóicos, que tudo isso estava planejado desde os anos 70, auge das ações revolucionárias no país. Época em que a política se confundiu com a farda. Época em que o fuzil comandou o país. Ruim? Bom? Enfim, cada um tem o seu pensamento. Mas e hoje? O que falta acontecer?
Não raro passo pelas ruas da cidade e encontro senhoras e senhores saudosos pela dita Ditadura Militar. "Naquela época não tinha essa gurizada reunida em esquinas fumando maconha".
Pois é, o mundo dos anos 60 era bipolar. Ou se era comunista (URSS) ou se era capitalista (EUA). O planeta acabara de passar por uma guerra violenta em território europeu. Raças, poderes e economias sucumbiram diante da bagunça. Restou a única solução possível aos países subdesenvolvidos: Um governo ditatorial. Toda a América Latina passou por isso (Brasil, Argentina, Chile, etc). Cabe a lembrança que nenhuma força chega ao poder sem o aval do povo.
Hoje, depois do "mensalão", do Bolsa Família e dos escândalos do Senado (Renan Calheiros) um importante quadro se instala (novamente?) no país: A desmoralização dos poderes constituídos. O legislativo brasileiro é uma piada. Com a compra/venda de sentenças, o judiciário também entrou no bolo. O apagão aéreo expôs a Aeronáutica (Forças Armadas) perante a população. As cotas raciais nas Universidades Públicas atiçam os brancos contra os negros e vice-versa. A bagunça é total e geral, ambiente perfeito para uma nova ditadura se instalar.
Diante de tantas atrocidades, da violência, da corrupção, da impunidade, da desmoralização dos poderes, quem é que não vai apoiar um governo totalitário na esperança de acabar com esta avacalhação?
Diriam novamente os paranóicos: "É exatamente isso que o PT quer, uma ditadura de esquerda. Eles desmoralizaram tudo e todos e posam como os salvadores do Brasil". A história está aí para nos contar como foi, cabe a nós moldar a nossa opinião baseada no que aconteceu e no que está acontecendo. Não há como negar que o ambiente instaurado é propício e, quem sabe, em breve, saberemos se os "paranóicos" estão ou não com a razão.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Absurdo ...

... Renan Calheiros, presidente (ou ex?) do Senado, justificar a pensão de R$ 16 mil para sua filha, extra casamento, com documentos, notas e cheques frios. Ainda, querer convencer a povo brasileiro que o lobista é um "amigo próximo" que somente entregava o dinheiro à jornalista, mãe de sua filha.

... o pai de um dos agressores da empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto fazer um apelo para a sociedade brasileira alegando que os agressores, um deles, seu filho, não passam de crianças, de universitários, que os pais não têm culpa sobre o que ocorreu e que seria demasiado deixá-los presos até que ocorra o julgamento. O fato de agredirem a empregada a troco de nada já um ABSURDO lastimável, mas o pai da criatura vir a público e pedir que "não prendam nossas crianças" é pior ainda. Os pais são os principais culpados disso tudo. Deviam ser presos também. Primeiro por criarem monstros. Segundo por terem a cara-de-pau de dizerem uma imbecilidade dessas.

... o Dunga achar que é técnico de alguma coisa.

... o Lula dizer que o "apagão aéreo" é um problema só da Força Aérea. O governo não tem nada com isso. A omissão do Presidente é irritante. Também, o que se poderia esperar?

... estabelecerem cotas nas Universidades Públicas para negros. Isso é a maior segregação racial já vista na história deste País. Além de acirrar as diferenças raciais, como pode alguém dizer que o outro é negro ou não?

... ver no noticiário do País a história do Sargento De Araújo, de Brasília, alegando estar sendo perseguido no seu quartel por interpretar a cantora Cássia Eller quando não está fardado. Duas coisas. Primeiro se o "figura" é homossexual ou não é, isso é um problema só dele. Segundo, se ele for, eu o aconselharia a procurar outra profissão. Não por preconceito, mas imaginem só o que viraria os alojamentos do Exército.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Domingão no estádio

No domingo, acompanhado do amigo Carlos Guilherme, tive o prazer de voltar ao Estádio Presidente Vargas, para ver Inter-SM 1 x 0 Panambi. O jogo foi de doer. Valeu pela flauta, pelas piadas e pelos diversos elementos bizarros que compõem o dito espetáculo.
Ficamos nas cabines de imprensa. Ao nosso lado estavam torcedores e dirigentes do Panambi. Interessado pelo time adversário, o Carlos questionou um senhor (típico torcedor do interior: gordo, aparentando ter uns 60 anos, indignado com tudo e com um moto-rádio imenso no ouvido):
- Este número 10 no Panambi tem habilidade, mas é meio balaqueiro, né?
Tentando absorver a nova palavra, o senhor, cujo nome é Adolfo, respondeu, puxando um forte sotaque germânico:
- Tu falou tudo! Ele é balaqueiro mesmo! Pensa que joga bola, mas só arruma confusão. É um balaqueiro!
Óbvio que o "seu" Adolfo nunca tinha ouvido falar na palavra balaqueiro, mas seguiu no discurso:
- Só três jogadores do Panambi são profissionais. O resto trabalha nas firmas da cidade durante a semana e joga nos domingos.
Sacando o celular da cintura e registrando o nome e o telefone do novo amigo panambiense, o Carlos exclamou:
- Que baita pauta!
Tenho a impressão que daqui alguns dias a vida dos jogadores-operários do Panambi estará nas páginas do ZH.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Brasileirão - 7ª rodada

INTER 0 x 2 GRÊMIO
O Grêmio venceu o primeiro GRENAL de 2007. Mesmo depois de perder o título da Libertadores para o Boca Juniors, o Tricolor não se mostrou abatido no Beira Rio, enfrentou o tradicional rival de frente, venceu, e somou mais três pontos na tabela do campeonato.
A estratégia de Mano Menezes para tentar um bom resultado no clássico foi fortalecer o lado esquerdo com a presença de Bruno Teles na lateral e Lúcio na meia. A aposta do treinador gremista quebrou o equilíbrio dos primeiros 45 min e por o Grêmio chegou ao seu primeiro gol, logo aos 7 min. Clemer repôs mal uma bola recuada, ela caiu nos pés de Lúcio que invadiu a área a dribles e colocou na saída do goleiro colorado: 1 a 0.
Em desvantagem no placar, o Inter tentou pressionar o time de Mano Menezes. Adriano e Iarley eram bastante acionados, mas a zaga gremista, apoiada por Gavilán e Sandro Goiano, conseguiu conter os avantes do time da casa. Schiavi fez a sua melhor partida vestindo a camiseta Tricolor.
No intervalo, Gallo sacou Sidnei e pôs Christian. Com a alteração, Edinho foi recuado para compor a zaga com Índio. A falta do volante colorado no meio campo deixou um vazio por onde o Grêmio investiu, em perigosos contra-ataques, durante todo o segundo tempo. O segundo gol surgiu assim. Everton conduziu a bola pelo meio com liberdade e tocou para Diego Souza, da entrada da área, soltar uma bomba no ângulo esquerdo de Clemer: 2 a 0. O Inter ainda perdeu duas chances de marcar com Iarley, uma no primeiro e outra no segundo tempo. Em ambas, o atacante colorado demorou frações de segundos para concluir o que proporciou a recuperação da zaga gremista nos dois lances.
Tentando uma recuperação na partida, Alexandre Gallo empilhou atacantes no seu time. Adriano, Iarley, Christian e Mossoró compunham o sistema ofensivo que nada produziu até o fim do jogo.
Pelo lado gremista os destaques foram Gavilán com mais uma bela atuação, Schiavi que sempre criticado foi impecável na zaga, Lúcio teve ótima movimentação e marcou um gol, Bruno Teles, como sempre, respondeu muitíssimo bem jogando na lateral esquerda e Diego Souza com mais um belo gol chutando de longe.
Além dos três pontos, 0 GRENAL 368 serviu para os gremistas quebrarem uma seqüência de seis derrotas consecutivas, além de uma invencibilidade colorada que já perdurava desde setembro de 2004 em clássicos.
Com a vitória o Grêmio chegou aos nove pontos e ocupa o 12º lugar. O Inter se matém com sete pontos e ocupa agora a 15º colocação.

sábado, 23 de junho de 2007

Carlos Lamarca

Alô! Aqui quem fala é um brasileiro! Quando tomei conhecimento, esta semana, a respeito de que a Comissão de Anistia concedeu indenização de R$ 300 mil à viúva e aos dois filhos de Carlos Lamarca, morto em 1971, como compensação pelos dez anos em que estiveram exilado em Cuba, eu fiquei horrorizado. Indenizar a família de um traidor, assassino, ladrão e seqüestrador foi o ápice do absurdo. Não contente, a comissão também aprovou uma promoção especial para o ex-capitão do Exército. Pela decisão, a viúva do guerrilheiro terá direito a receber uma pensão equivalente à de um general-de-brigada (R$ 12 mil).
Relembrando: Carlos Lamarca era capitão do Exército quando desertou das Forças Armadas levando consigo 70 fuzis 7,62, além de munição, granadas e outros artefatos militares, para ingressar na guerrilha, na qual foi um dos mais ativos militantes da oposição ao regime militar. Lamarca liderou várias ações guerrilheiras, como assalto a bancos, seqüestros e execução de pessoas que serviam à repressão, entre as quais um oficial da Polícia Militar paulista capturado em combate. Este trecho do Manifesto da Vanguarda Popular Revolucionária, de setembro de 1970, explica, um pouco, o espírito baderneiro e criminoso de Lamarca e seu bando:

"Num rápido envolvimento cercamos o inimigo. Houve um tiroteio intenso, nos seus intervalos os gritos dos inimigos feridos prenunciavam a derrota iminente. Após cinco minutos exigimos a rendição, que foi aceita incontinente, sem exigências. O herói que querem fazer do tenente Mendes, não existiu.
[ O julgamento ] Perguntado por que a Polícia Militar espancava operários e massacrou operários na greve de Osasco, respondeu que grevistas e desempregados são vagabundos, e não respondeu quando perguntamos sobre a miséria que tinha visto no campo, e particularmente no nordeste.
Foi julgado e condenado por ser um repressor consciente, que odiava a classe operária - por ter conduzido à luta seus subordinados que não tinham consciência do que faziam, iludidos em seus idealismos de jovens, utilizados como instrumento de opressão contra o seu próprio povo, iludindo os jovens, ensinando-os a amar a farda, quando deveriam amar o povo - por ter rompido com a palavra empenhada em presença de seus subordinados - por ter tentado denunciar a nossa posição.
A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximo ao inimigo, dentro de um cerco que pode ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado a morrer à coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado. Não sofreu qualquer violência ou ameaça antes do justiçamento, nem teve as mãos amarradas."

Carlos Lamarca foi uma vergonha para o Brasil. Esta indenização aprovada pelo governo brasileiro na figura do Ministro da Justiça Tarso Genro é o revanchismo raivoso da esquerda, reminiscente da luta armada e do terrorismo dos anos 70. Lula e seu bando estão metendo a mão nos cofres brasileiros sem nenhum pudor. Vamos indenizar também o tenente Mendes que, no exercício de sua função, foi assassinado a coronhadas de fuzil pelos integrantes do VPR. E todos os outros militares que foram feridos ou mortos pelos revolucionários? E os civis que tiveram seus bancos e estabelecimentos saqueados e roubados por Lamarca e seu bando? Disso ninguém lembra.
Decisão absurda, autoritária e profundamente lamentável.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

GRÊMIO 0 x 2 Boca Juniors - Libertadores 2007

Merecidamente o título da Copa Libertadores da América 2007 ficou com o Boca Juniors. Jogando um futebol irrepreensível, os argentinos controlaram a segunda partida, tiveram paciência e Riquelme, mais uma vez, foi o diferencial.
Por mais que a mobilização dos gremistas tenha sido algo nunca visto antes, todos sabiam que a tarefa era difícil. Com 10 minutos de partida já se sabia que o Boca não era o Caxias. Afobado e errando muitos passes, o Grêmio não conseguia construir as jogadas para buscar os gols necessários e, por outro lado, o ataque argentino comandado por Riquelme era sempre perigoso nos contra-ataques.
Era preciso marcar um gol ainda no primeiro tempo. Na melhor oportunidade da etapa inicial, Diego Souza arrancou pela direita e fuzilou, a trave salvou o Boca pela primeira vez. A sorte, que até pouco tempo atrás vestia azul, preto e braco, agora abençoava o Boca Juniors.
Na segunda etapa, o Grêmio entrou com Amoroso no lugar de Tcheco. Não adiantou nada. O time até arriscou mais chutes. Aos 5 min, perdeu uma chance incrível. Amoroso, levantou na área e Schiavi cabeceou na trave. No rebote, Diego Souza chutou e o goleiro Caranta catou. Definitivamente a noite era dos argentinos.
Abatido pelas diversas tentativas mal sucedidas, o Tricolor virou uma presa fácil. Aos 23 min, Riquelme, que já havia desequilibrado em Buenos Aires, recebeu livre, teve espaço para dominar e chutar no ângulo de Saja. Era o fim do sonho do Tricampeonato. Depois do gol sofrido, o que se via eram jogadores gremistas entregues dentro de campo. A exceção, talvez, de Gavilán que foi um bravo guerreiro desde o início do jogo. Patrício teve vontade e garra até o fim, mas as limitações técnicas no lateral gremista impediam o nascimento de qualquer jogada produtiva. Tuta foi um peso morto. Lucas, visivelmente fora de ritmo, em nada acrescentou. Coube a Carlos Eduardo a responsabilidade das melhores jogadas no ataque gremista, todas com conclusões capengas.
Então, aos 35 min, Riquelme deu o golpe de misericórdia no Tricolor e assegurou o sexto título da América ao Boca. Depois de um contra-ataque, Palacio chutou, Saja deu rebote e Riquelme mandou para o fundo das redes: 2 a 0. Houve ainda um pênalti para o Boca. Palermo fez questão de por na sua coleção de "pênaltis disperdiçados" mais um exemplar. O chute mascado foi direto para fora.
Fim de jogo e o Boca Juniors, merecidamente, comemora o seu sexto título da Libertadores da América. Riquelme ganha o prêmio de melhor jogador da final, claro.
Aos gremistas a certeza de que a campanha foi vitoriosa. Aos boquenses a oportunidade de buscarem o quarto título mundial no Japão.

domingo, 17 de junho de 2007

Pérolas do rádio - áudio

Para situá-los, este programa foi feito logo após a vitória do Brasil em cima da Austrália por 2 a 0, na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Escutem só o que foi dito neste pequeno trecho:

http://br.geocities.com/myselfrs81/191211.wav

1. Para conseguir ouvir, você terá que balancear o som todo para um lado só. De um lado conseguirá ouvir uma música gaúcha (esquerdo) e do outro o trecho em questão (direito). É necessário proceder desta forma senão o som fica imcompreensível.

2. Esta pérola tem pelo menos três colocações fantásticas, vejam se conseguem percebê-las. Comentários meus no próximo post.

Brasileirão - 6ª rodada

Flamengo 2 x 2 INTER
O escore poderia ter sido melhor para o Inter não tivesse o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes sonegado um pênalti em Márcio Mossoró, ainda no primeiro tempo, e Alex desperdiçado outro, aos quatro minutos do segundo (aliás, Alex não é um bom cobrador de pênalti. Quase perdeu diante do Pachuca e jogou para fora diante do Flamengo). O meia ainda conseguiu se redimir marcando, aos 19 min, depois de receber passe de Pinga, driblar dois zagueiros e o goleiro.
Atrás no placar, o técnico Ney Franco pôs Kaíke no lugar de Toró. Gérson Magrão e Luizinho entram logo depois, no lugar de Léo Lima e Paulo Sérgio. O time carioca melhorou, principalmente pelo lado esquerdo, onde criou a jogada que culminou no gol de empate. Aos 32 min, Juan cruzou da esquerda e Ronaldo Angelim entrou entre os zagueiros colorados para deixar tudo igual. Apoiado por sua torcida, o Flamengo tentou a virada, mas acabou sofrendo o segundo. Edinho roubou a bola e fez um lançamento para Adriano dominar e chutar no canto de Bruno: 2 a 1. Só que, no último minuto, Juan recebeu livre na área, chutou na saída de Clemer e tirou dois pontos do Inter.
O resultado de 2 a 2 deixa o colorado na 13ª colocação do Campeonato Brasileiro, com sete pontos.

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GRÊMIO 0 x 2 Cruzeiro
O time reserva do Grêmio segue decepcionando no Brasileirão. Agora, em pleno Estádio Olímpico, o Tricolor sofreu sua quarta derrota na competição. Desta vez, o time de Mano Menezes perdeu para o Cruzeiro pelo placar de 2 a 0 e já está beirando a zona de rebaixamento do campeonato.
O Grêmio não conseguiu armar uma jogada sequer na primeira metade do confronto. Com os laterais em péssima jornada e com Amoroso displicente na meia-esquerda, o Tricolor enfrentou muitas dificuldades para chegar ao gol do goleiro Gatti.
Três volantes no time – Edmilson, Sandro e Lucas – não conseguiram conter o avanço de Charles, aos 20 minutos, para abrir o placar.
Depois do intervalo, as coisas começaram a melhorar para o time do Grêmio. Com Ramón no lugar do centroavante Douglas, e com Thiego na vaga de Jucemar, a equipe gaúcha cresceu em campo. Aos 14 min, Ramón entraria na cara de Gatti se não fosse derrubado por Jonathan. Como era o último homem, foi expulso pelo árbitro Cleber Welington Abade. O Grêmio passou a pressionar ainda mais o time mineiro e o gol de empate parecia ser uma questão de tempo. Mas em um contra-ataque, Leandro Domingues recebeu dentro da área pela direita e marcou o segundo gol dos mineiros.
O Grêmio ocupa a 16ª posição na tabela de classificação com 6 pontos.

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Na próxima rodada do campeonato brasileiro tem o clássico GRENAL no Estádio Beira Rio. Alguém arrisca um palpite?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Boca Juniors 3 x 0 GRÊMIO - Libertadores 2007

Aconteceu o que não poderia ter acontecido. O Boca Juniors, jogando dentro da sua casa, empilhou gols no Grêmio, que agora se vê com mais uma missão impossível nas mãos.
Os constrastes de qualidade não explicam a larga vantagem argentina. O Boca não foi tão superior assim. Eles foram mais inteligentes que o Grêmio. Usaram todos os recursos que uma competição como essa exige e se deram bem.
O jogo começou equilibrado no primeiro tempo. O Tricolor marcava bem e até assustava os argentino em ataques rápidos, principalmente pelo lado esquerdo com Carlos Eduardo. Mas ao 18 min veio a ducha de água fria. Riquelme cobrou falta na área gremista, Palermo, completamente impedido, escorou para Palacio empurrar para o gol vazio. O gol desestruturou os gaúchos.
No segundo tempo, o Boca impôs uma pressão incrível para cima do Grêmio. Aos 6 min, Teco salvou um gol em cima da linha numa jogada tramada pelo lado esquerdo do ataque argentino, sempre passando pelos pés de Riquelme. Pois foi o camisa 10 do Boca que, cobrando falta, marcou o segundo gol, aos 26 min. Para "ajudar" ainda mais, Sandro Goiano foi expulso, deixando o Tricolor com um a menos em campo quase 30 min. Aos 42 min, num lance confuso, Ledesma deu o tiro de misericórdia nos gremistas: 3 a 0.
Alguém aposta que o Grêmio reverte os 3 a 0 no Olímpico? Por favor, não me venham com aquela "contra o Caxias nós viramos" que não cola mesmo. Esgotado todos os níveis de imortalidade que ainda existia, só resta ao Grêmio parabenizar o adversário que foi valente e imponente no seu estádio. A vitória, no Olímpico, poderá até vir, mas não esqueçam que é o Boca que está do outro lado. Acho que é jogo jogado, ou melhor, é título conquistado.
Dizem que é na derrota que se colhe as principais lições, pois então que o Grêmio, recém egresso da Série B do Campeonato Brasileiro, possa colher suas lições, levantar a cabeça e seguir lutando.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sabonete anti-encosto

Esses programas de crente de madrugada são hilários. Vi agora que tem sabonete benzido pelos bispos e obreiros contra os encostos. Ou seja, você toma uma banho, lava suas partes com o sabonete e bye bye encosto. Em primeiro lugar, esse lance de encosto foi criado para personificar um suposto mal, ou seja, a igreja universal precisava combater algo. Para combater algo, é preciso que esse algo seja "visível" aos olhos do povão. Não adianta explicar que problema financeiro, alcoolismo, traição, depressão, etc são causados por fatores naturais. Algo tem que causar o mal: o encosto, ora bolas. Se a mulher do cidadão está a fim de dar uma escapada, é encosto. Se o cara é um pudim de cana, é encosto. Se a mulher não arruma emprego, é encosto. Se o barracão pega fogo, é encosto. Se o "framengo" perde, é encosto. Tão simples. Os problemas do mundo se resolvem lavando o saco com um sabonete anti-encosto. E eu perdendo tempo usando Phebo ...

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segunda-feira, 11 de junho de 2007

Brasileirão - 5ª rodada

Vasco 4 x 0 GRÊMIO
O Tricolor foi ao RJ enfrentar o Vasco e trouxe de lá a terceira derrota no campeonato brasileiro. Formado basicamente por reservas, às vésperas do primeiro jogo decisivo da Copa Libertadores, o time tricolor perdeu por 4 a 0 para o Vasco. Dois gols marcados por Romário.
Bastou ao Vasco o primeiro tempo para definir o jogo. Aos 15 min, Romário bateu pênalti e marcou o 1001º gol em suas contas. André Dias, em cabeçada aos 42 min, e novamente Romário, aos 46 min, ampliaram a vantagem dos anfitriões.
No intervalo, um cabo rompido apagou todos os refletores, problema que não foi completamente resolvido. Sob protesto dos gremistas, o árbitro Wilson Luiz Seneme reiniciou o jogo, que terminou com o placar de 4 a 0. Abedi, aos 19 min, fechou a contagem.
A preocupante derrota para os cariocas, deixa o Tricolor na 14ª colocação com 6 pontos. O Grêmio sofreu 10 gols em três partidas que disputou longe do Olímpico. Se com o time misto, reserva ou títular, de qualquer forma, é muito gol sofrido para uma equipe que, teoricamente, luta pelas primeiras posições na tabela de classificação. A derrota talvez fosse previsível, mas o volume de gols sofrido é o que incomoda a torcida gremista. Depois não adianta justificar dizendo que era o time reserva que estava atuando, mesmo sabendo que é importante poupar os titulares para a final da Libertadores, o Tricolor não pode se descuidar do Campeonato Brasileiro.

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INTER 1 x 0 Santos
Com o gramado do Beira Rio completamente encharcado pelas fortes chuvas em Porto Alegre, o colorado venceu o Santos e deixou para trás a incômoda posição na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Alexandre Pato marcou o único gol da partida ainda no primeiro tempo.
Com a vitória, o Inter ocupa agora a 13ª posição na tabela de classificação.
O gramado inundado foi o principal adversário tanto do Inter quanto do Santos. Percebendo que a bola alçada na área era uma saída, o colorado chegou ao seu gol desta forma. A bola levantada na área foi afastada pelo goleiro Roger, o rebote caiu nos pés de Pato que teve qualidade e tranquilidade para colocar no canto esquerdo da meta santista: 1 a 0. Foi o suficiente.
A equipe treinada por Alexandre Gallo volta a campo no próximo sábado diante do Flamengo no RJ.
Parece que a conquista da Recopa Sul-Americana trouxe bons ares ao Beira Rio. Era o que eu imaginava que aconteceria. O Inter se reencontrou com as vitórias e parece que está achando o seu caminho este ano, tardiamente, mas está achando.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Libertadores 2007

BOCA JUNIORS
O poderoso Boca Juniors é o adversário do Grêmio na Final da Libertadores 2007. Os argentinos aplicaram impiedosos 3 a 0 no Cúcuta, da Colômbia, e garantiram a vaga.
Pentacampeões da competição (1977, 1978, 2000, 2001 e 2003), não precisa nem dizer o quão difícil será a tarefa do Grêmio. Para os gaúchos pesa o fato de decidirem em casa, o que, talvez, não signifique muita coisa depois de lembrar que do outro lado está o maior detentor de título internacionais da América.

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FINAIS
O regulamento da "Copa Toyota Libertadores da América 2007" diz no seu Art 5º inciso 5.3, o seguinte:
"En caso de empate en puntos al término de las dos Finales, se consagrará campeón el equipo con mejor saldo de goles. De mantenerse la igualdad, se recurrirá a un alargue de 30 minutos dividido en dos periodos de 15 minutos cada uno. Si al término de este alargue de 30 minutos suplementarios persistiera la paridad, se definirá al Ganador por definición de tiros desde el punto penal, conforme a las normas estipuladas por FIFA".
Espanhol não é o meu ponto forte, mas fica fácil entender que não existe saldo qualificado na Final da Libertadores e que, se persistir o empate, ao término da segunda partida, ocorrerá uma prorrogação, depois, a disputa por pênaltis.

Inter - Campeão da Recopa

Depois de ter perdido por 2 a 1, na partida de ida, o colorado aplicou sonora goleada de 4 a 0 nos mexicanos do Pachuca, no Beira Rio, e sagrou-se campeão da Recopa Sul-Americana.
O Inter foi soberano do começo ao fim. A torcida não deu folga um minuto. A impressão era de vitória vermelha desde os primeiros minutos. Encurralado no seu campo de defesa, o Pachuca não conseguia criar nada.
Aos 28 min, Iarley foi derrubado na área. Pênalti. Alex cobrou mal, mas fez: 1 a 0.
No segundo tempo, o colorado continuou pressionando. Pinga marcou o segundo, Pato o terceiro e Mosquera, contra, marcou o quarto.
Com a conquista, o Inter ingressa no seleto rol dos tríplice coroados, ou seja, aquelas equipes que venceram, em seqüência, a Taça Libertadores da América, o Título Mundial de Clube e a Recopa Sul-Americana.
A euforia vermelha se justifica pelo título e pela sobrevida que ganham com a vitória. Espera-se que o ano colorado tenha começado ontem. A campanha do primeiro semestre foi pífea e a posição na tabela do Brasileirão não é das melhores. A esperança é que a explosão por mais esta conquista impulsione o colorado a novas conquistas. É esperar para ver.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Santos 3 x 1 GRÊMIO - Libertadores 2007

Foi difícil, foi suado, foi sofrido, mas no fim, o Grêmio classificou-se para a quarta Final de Copa Libertadores da América de sua história. Aquele Tricolor com dupla personalidade (uma no Olímpico e outra fora), mais uma vez, se apresentou na Vila Belmiro. Depois de marcar o primeiro gol, o Tricolor se encolheu demasiadamente, marcou dentro da sua intermediária, chamou o Santos para o seu campo e, óbvio, tomou três gols e um sufoco monstruoso.
No primeiro tempo, o previsível ímpeto santista foi controlado pelo Grêmio. Os paulistas erravam passes em demasia e isso ajudava os gaúchos. Aos 23 min, o alívio. Diego Souza recebeu um passe de Lúcio e, da entrada da área, mandou um tiro no ângulo esquerdo de Fábio Costa. O gol que parecia ser o da tranqüilidade, mais tarde se viu, que era o da classificação.
Após o gol gremista, a torcida santista calou-se na Vila. O Santos perturbou-se. Mas claro que o técnico Wanderley Luxemburgo não iria se entregar assim. Os paulistas voltaram a pressionar e chegaram ao gol de empate no último lance da etapa inicial. A zaga gremista vacilou e Renatinho não teve trabalho para marcar. Fim do primeiro tempo. Ânimos renovados no vestiário santista.
No segundo tempo, o Grêmio recuou demais. A defensiva posicionada dentro da área gaúcha, foi um prato cheio para o Santos. Aos 15 min, Renatinho divide com Saja e marca o segundo gol. Ainda faltavam dois, mas ainda faltavam 30 min. Com a saída de Carlos Eduardo ainda no primeiro tempo, o Grêmio perdeu qualquer pretensão ofensiva, o negócio do Tricolor era se defender e esperar o tempo passar. Ainda, em dois contra-ataques, Diego Souza e Ramon tiveram a chance de marcar, mas o primeiro parou numa ótima defesa de Fábio Costa e o segundo, chutou por sobre o gol. Aos 30 min, a tensão atingiu o seu cume. Zé Roberto apanhou um rebote na entrada da área a fuzilou: 3 a 1. Ainda faltavam 15 minutos e a Vila veio abaixo. Os minutos finais foram dramáticos. A pressão parecia insuportável. Enfim, aos 49 min, o árbitro Carlos Torres, do Paraguai, pôs fim à angústia Tricolor. O Grêmio está na Final da Libertadores da América 2007.
Passada a batalha da Vila Belmiro, o Tricolor, agora, espera o vencedor entre Cúcuta-COL e Boca Juniors-ARG. Os colombianos têm a vantagem de terem vencido o primeiro jogo, em casa, por 3 a 1, mas do outro lado, estão Riquelme, Palermo e a camisa do Boca jogando na Bombonera. O Tricolor que se prepare para outro embate dificílimo, seja quem for o adversário.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Radialista santista

Ouvindo o programa Sala de Redação da Rádio Gaúcha, hoje, tomei conhecimento das declarações feitas de radialista Jonas Greb, no programa "Santos, sempre, Santos" veiculado pela Rádio Trianon 740 AM de São Paulo, que, além de outras coisas, disse o seguinte: "A torcida do Santos estava lá com 20 ônibus. Todos os vidros foram quebrados, inclusive com a Polícia Militar de lá dando apoio. Jogaram água com mangueira nos torcedores. Imagina um torcedor a 1h da manhã, molhado, tendo que agüentar 3ºC de temperatura e viajar até São Paulo com o vento. Eles dizem que querem se separar do Brasil. Pois separem. Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vão fazer o país das “bichonas”... Pro inferno todo gaúcho e todo gremista. Não servem para ser brasileiros. Não são gente, são bandidos. Agora eles têm que vir aqui. E eu não quero pregar a violência, mas acho que eles têm que sentir o clima de Libertadores. Vamos tratar eles aqui, como eles nos trataram lá". Ele relata ainda que torcedores gremistas paravam todos os táxis saídos do Aeroporto Salgado Filho para espancar os rivais. Tudo isso com a conivência e até a ajuda da Brigada Militar.
Declarações como esta ultrapassam os limites das rivalidades futebolísticas. Este cidadão poderia muito bem relatar a sua indignação com a "receptividade" gaúcha sem ter que apelar para a ignorância. Ele não está mexendo somente com os gremistas, quando ele diz "não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vão fazer o país das “bichonas”... Pro inferno todo gaúcho", ele ataca todo o povo gaúcho identificado com a sua terra e com orgulho de suas raízes. Isto é de uma irresponsabilidade colossal.
Eu não sei se o Grêmio vai conseguir eliminar o Santos no jogo de amanhã. Mas tenho certeza que estas declarações só irão servir para motivar ainda mais o grupo gremista, representante de um dos estados mais ricos e produtivos deste país. O que o Grêmio e o Rio Grande do Sul merecem é um pouco mais de respeito, pois é inadmissível ter que ouvir este sujeito atacar o nosso Estado desta maneira e ficar impune. Parafraseando Boris Casoy, eu diria: Isso é uma vergonha!
Nessas horas que a gente começa a lamentar o insucesso da Revolução Farroupilha ...