quinta-feira, 29 de março de 2007

Inter vs Vélez Sarsfield

Com um homem a menos, o Inter ficou em um empate sem gols com o Vélez Sarsfield e segue em situação complicada no Grupo 4 da Libertadores. Os jogadores colorados reclamaram muito da arbitragem no fim da partida, por um pênalti não marcado sobre Alexandre Pato (e houve o pênalti).
Só um pouquinho. Alguém sabe me explicar o motivo do árbitro ter anulado o gol do Vélez naquela disputa aérea do atacante argentino com o goleiro Clemer? Perigo de gol! Perdoem-me, meus amigos colorados, mas foi legítimo aquele gol. Por outro lado, forçou a barra em dar o segundo amarelo pro Christian num lance que ele interpretou como simulação, pois minutos depois houve um lance semelhante na área colorada e o Sr Jorge Larrionda não mostrou o mesmo critério.
O Abelão aprontou de novo, Alexandre Pato no banco e Christian jogando é inexplicável. Méritos para a zaga colorada, Índio e Edinho foram impecáveis em campo.
O jogo era difícil e ter um a menos contra os argentinos pesou muito contra o Inter, resultado final: 0 a 0.

GRÊMIO 1 x 0 Tolima - Libertadores 2007

Jogando o suficiente, o Grêmio venceu o Tolima, no Estádio Olímpico, por 1 a 0.
Tuta retornou a equipe e foi dele o gol da vitória ainda no primeiro tempo. O Tricolor se apresentou bem até marcar o seu gol, após isto, voltou a se arrastar em campo. Tiveram dois Grêmios dentro de campo, um impetuoso, vibrante, se impondo contra um adversário limitado e o acoando no seu campo de defesa, o outro, que se apresentou depois do gol marcado, foi defensivo, com uma postura exagerada de marcação sendo que o adversário não apresentou volume ofensivo que explicasse o retraimento gremista.
E o jogo não foi diferente dos outros, a única diferença foi o lance de fundo do Ramon, o cruzamento achando Tuta, centroavante de ofício, que dominou, girou sobre seu eixo e concluiu para o gol.
Achei que os laterais não comprometeram desta vez, Lúcio e Patrício foram participativos. O Tcheco continua com uma produção abaixo do esperado, embora tenha acertado bem mais do que nos últimos jogos. Lucas foi bem, mas acabou perdendo um gol (de cabeça, mais uma vez).
Valeu pela vitória, pelo dever cumprido, mas o time ainda não me convenceu.

sábado, 24 de março de 2007

Haiti: Eu vi assim

O DIA DO ENGARRAFAMENTO, parte 2
Porto Príncipe, Haiti, 28 de agosto de 2004.
Entre muitos carros e nenhum ferido, o que estava acontecendo no cruzamento era, pura e simplesmente, um nó que os haitianos conseguiram dar no trânsito. Não tinha nenhum carro batido ou arranhado, mas tinha tanto carro naquele cruzamento e, o pior, não tinha como sair, pois as duas pistas de acesso estavam trancadas com carros na contra-mão, inclusive. Aquela cena era o retrato do país. Chegamos, eu e os soldados lá e tive a infeliz idéia de tentar por alguma ordem naquele trânsito. Mandei um soldado fechar um lado do cruzamento e o outro fechar o outro, e eu fui conduzindo os carros para tentar desafogar um pouco aquele tumulto. Quando eu consegui parar dois lado e deixar um fluir, era só eu virar de costas que algum “malandro”, percebendo a brecha e percebendo que eu não estava cuidando ele, colocava seu carro na contra-mão e trancava o trânsito tudo de novo. Tentei, durante uns 30 minutos, ajudar a resolver aquele problema, mas vi que para resolver aquilo ali, eu teria que dar um tiro em alguém. Se pelo menos eles ficassem dentro dos seus carros e esperassem eu dar a passagem para eles tudo se resolveria rapidamente, mas não, além de descerem e ficarem fazendo uma gritaria ensurdecedora, tentavam me auxiliar no desafogo do tráfego e complicavam ainda mais a situação. Quando eu livrava um lado, virava as costas alguém vinha e colocava o carro ali, bem ao estilo brasileiro, aquele, de tentar livrar o seu e o resto que se lasque.
Nunca deixando de esquecer que eu também sou brasileiro, adotei a mesma tática dos haitianos: Se eles não queriam se ajudar, eu é que não ia esquentar a minha cabeça. Chamei os meus soldados e falei para fecharmos o trânsito e liberarmos, somente, a nossa viatura para seguirmos para a base. Os haitianos que se entendam nesse trânsito maluco. Fizemos isso. Trancamos a contra-mão e balizamos o nosso caminhão até ele chegar no cruzamento. Aos berros, fui abrindo espaço para ele passar, porém só poderíamos seguir reto e não dobrar a direita conforme o trajeto normal para seguirmos para a nossa base. A direita estava completamente trancada também. Fui abrindo espaço, abrindo espaço e conseguimos, saímos reto na esperança de adiante encontrarmos alguma rua à direita que pudesse nos levar até a base. Porém, essa rua a direita não aparecia e nós, cada vez mais, seguíamos reto em direção a “sabe-se-Deus-onde”.
(continua ...)

sexta-feira, 23 de março de 2007

Algumas sobre futebol

Impressionante o desempenho do Santos na Libertadores. São 4 vitórias em 4 jogos. O técnico Wanderley Luxemburgo mostra, mais uma vez, que é um grande técnico. Um palpite: O Santos só perde essa Libertadores para outro brasileiro, porque o jogo seria encarado como um clássico, fora isso, não vejo ninguém para segurar o Peixe.

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Renovando o contrato do Lucas, o Grêmio previne-se quanto a uma proposta irrecusável do exterior. Claro que não é idéia do clube que o jogador fique no Olímpico para sempre, a idéia é justamente vendê-lo tão logo termine a Libertadores, mas o Grêmio aproveita o crescimento do jogador para faturar em cima, e o faz muito bem.

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O zagueiro Schiavi declarou que não sabe nada de críticas a seu respeito. Disse que não lê nada, que não escuta nada e que a única opinião que lhe interessa é do técnico Mano Menezes. Questionado sobre o fato de não conseguir jogar no "mano-a-mano" com os atacantes adversários, Schiavi rebateu até mesmo as declarações do técnico gremista: "Parece que quando não vou bem, sou o pior zagueiro do mundo.". Do mundo talvez não, mas do time profissional do Grêmio, com certeza.

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Não é de agora que os técnicos que passam pela dupla GRENAL tentam ter os seus 15 segundos de fama deixando seus melhores jogadores no banco de reserva. Lembremos: Celso Roth pôs Ronaldinho Gaúcho no banco para escalar Itaqui no meio campo; em 2005, Mano Menezes deixou Ânderson no banco de reservas, em plena fase quente da série B, alegando que o "jogador não estava pronto"; e agora, Abelão resolve seguir o exemplo e deixa Alexandre Pato no banco e depois critica o jogador alegando que este fez "firula" na única conclusão colorada na partida. Alguém sabe explicar este fenômeno?

quinta-feira, 22 de março de 2007

Collor e Lula

Comovente o encontro entre Fernando Collor e Lula. A cara amarrada do vice-presidente José Alencar, em todas as fotos nos jornais que o mostram entre um Lula e um Collor risonhos é o único lampejo de integridade na cena constrangedora.
Collor se elegeu senador por um partido, o PTB, que integra, com mais 10, a vasta coalizão majoritária. E Lula, ao aceitar receber a bancada de senadores petebistas, não poderia barrar o ex. Ainda assim, beiram a indecência as cenas explícitas de camaradagem entre Lula e Collor.
Na saída do encontro, Fernandinho "Beira-Mar" de Mello teorizou: "Quem está na vida pública sabe diferenciar muito bem o que são passagens no calor e no fragor de uma campanha eleitoral e o que são passagens de um tempo normal." É. Pode ser. Mas nenhum outro político nacional, pelo menos desde o fim da ditadura, fez o que ele fez "no calor e no fragor" da campanha de 1989. Pagou a uma ex-namorada de Lula, Mirian Cordeiro, para ela dizer (e os dizeres serem usados no horário eleitoral, dias antes do debate entre ambos na TV) que o petista, informado de que estava grávida, a pressionou para abortar. O que Lula sentiu quando posava, sorridente, sentado à mesma mesa que o autor da infâmia presumivelmente imperdoável, ou quando trocavam palavras gentis e tapinhas nas costas, é problema exclusivamente dele. O que Mirian, Lurian e a família da Silva sentiram ao ver as imagens (nas quais, repito, só se salva a carranca do vice) é problemas delas. Mas o simbolismo do fato, como exemplo de que em política nada se preserva e tudo se permite, esse simbolismo é problema de todos nós.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Wilson de Souza Mendonça

O erro cometido durante a partida entre Central e Vera Cruz no último domingo, pelo Campeonato Pernambucano, rendeu a suspensão do árbitro Wilson de Souza Mendonça. O jogo em questão foi vencido pelo Central, por 2 a 1. Contudo, o zagueiro do Vera Cruz, Rivelino, arriscou um chute de longa distância, no final da partida, e encobriu o goleiro, marcando um belo gol e igualando o encontro. Porém, como a bola furou a rede após o chute, o árbitro acabou marcando o tiro de meta. A atitude revoltou os jogadores do Vera Cruz, que cercaram Wilson de Souza Mendonça pedindo a validação do gol. Nem mesmo a ameaça do auxiliar Elan Vieira em correr para o meio de campo, atitude que significa a confirmação do gol, foi suficiente para o árbitro desistir da marcação do tiro de meta.
Para piorar as coisas pro lado do árbitro, o Presidente da Comissão de Arbitragem de Pernambuco declarou: "Ele será afastado, pois os nossos únicos problemas de arbitragem são com ele. Ele sempre quer culpar o bandeira e domingo não foi diferente. Realmente não sei explicar o que se passa na cabeça dele".
Não é a primeira vez que este árbitro apronta coisas desse nível, vamos lebrar da vez que em ele não autorizou o jogador do Fluminense a disputar uma partida usando uma máscara de proteção no rosto, mesmo depois da autorização dos médicos, tanto do Flu quanto do time adversário. Ele foi afastado no Campeonato Brasileiro do ano passado depois de alegar que foi alvo de arremessos de garrafas e latas no Maracanã e no tribunal, a SUDERJ provou que não vende latas nem garrafas nas dependências do Estádio.
Professor Wilson ... se aposenta, para o bem do futebol.

sábado, 17 de março de 2007

Nada se cria, tudo se copia

Mais uma demonstração daquilo que venho dizendo aqui neste espaço há algum tempo, o post entitulado "Quanta falta de originalidade!", do dia 28 Fev 2007, comprova que meu pensamento não é de agora.
Não que eu ache que o Inter não deva exaltar a sua conquista, acho que deve, mas a minha crítica é da maneira como ela é feita.
Observem a foto acima. No Beira-Rio foi posto um letreiro (com direito a neon e tudo) com os dizeres "Campeão do Mundo - FIFA", numa clara cópia ao que já existe no Estádio Olímpico de longa data.
Caros colorados, não se humilhem desta forma, tenham suas próprias idéias, criem, inovem e mostrem que vocês são grandes.
Como diria Haroldo de Souza: "É profundamente lamentááááável!!!".

quinta-feira, 15 de março de 2007

Tolima 1 x 0 GRÊMIO - Libertadores 2007

O Grêmio foi à Colômbia e conheceu a sua primeira derrota na temporada 2007.
Jogando extremamente mal, o Tricolor foi presa fácil para o Tolima. Sem querer tirar os méritos do adversário que teve, rigorosamente, dois chutes a gol, o que se viu em campo foi, mais uma vez, um time apagado e sem vontade. Tcheco foi muito mal, errando passes bisonhamente, inseguro no domínio de bola e displicente na armação. Lucas caminhou em campo, logo ele que é sempre sinônimo de raça e vontade.
Há quem diga que o Saja falhou no gol dos colombianos, acho que não, a bola veio forte e se houve falha foi por parte do Patrício que não acompanhou a entrada do Perlaza no rebote da defesa do goleiro gremista.
Não sei o que está acontecendo com o Grêmio. Quando entra em campo para um jogo da Libertadores parece que o time apaga, que desliga completamente. Peças importantes no esquema de jogo, simplesmente, desaparecem. É o caso de Tcheco (que cito mais uma vez), é o caso dos laterais, tanto Patrício quanto Lúcio foram medíocres, e o pior é que isso não vem de agora, não é a primeira partida que os laterais gremistas deixam a desejar.
Só resta torcer para que o Mano Menezes reencontre a melhor forma do Grêmio jogar e que atuações como esta não se repitam mais, porque foi um fiasco.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Vélez Sarsfield vs Inter

Acho que estou devendo alguns "cafés expressos" por aí. Não entenderam? Leiam o post "Inter vs Emelec" no último parágrafo. Entenderam agora? OK!
Motivado como sempre, o colorado entrou em campo vibrante, pelo menos foi o que pareceu quando a câmera filmou a reunião final do time, já na boca do túnel. Mas o ímpeto vermelho foi brutalmente abatido por um Vélez soberano dentro de campo. Fez 2 a 0 nos primeiros 20 min de jogo e não teve dificuldades em administrar a vitória até o fim da primeira etapa.
No segundo tempo, Abel Braga sacou Iarley e Adriano Gabiru e pôs Alexandre Pato e Christian. As trocas, teoricamente, deixariam o Inter mais ofensivo, mas não surtiram efeito. Michel e Wilson em campo foram o pesadelo da torcida.
Em vantagem no placar, o Vélez Sarsfield adotou a mesma tática da etapa inicial no segundo tempo, apostando nos contra-ataques para matar a partida. Desta forma o time argentino fechou o placar aos 35 min, após Escudero invadir a área e chutar rasteiro.
Esta era um típica partida em que o técnico colorado era peça fundamental para conter os argentinos, pelo jeito, parece que o velho Abel Braga está de volta ao Beira-Rio.

sábado, 10 de março de 2007

Laçador

Este famoso monumento trocará a sua morada na nossa capital. O Laçador deixará de habitar a Praça do Bombeador, na entrada de Porto Alegre, para se instalar no Sítio do Laçador, distante 600 m do local anterior.
Era emocionante chegar em Porto Alegre pela Avenida dos Estados, cruzar na frente do Aeroporto Salgado Filho e, ao término da avenida, ser recepcionado pelo Laçador, mas a idéia é a seguinte, por ali passará o viaduto Leonel de Moura Brizola, e o Laçador terá que sair do local que esteve desde o longínquo 1958.
A homenagem ao gaúcho campeiro teve como modelo o tradicionalista Paixão Côrtes, na época com com 26 anos, figura ilustre e folclórica do nosso Estado, hoje, com 80 anos de idade.
Fico feliz em poder ter visto o Laçador no seu local de origem, para poder dizer, toda vez que eu cruzar pelo viaduto Leonel Brizola: - Aqui era o Laçador!

quinta-feira, 8 de março de 2007

Futebol

Ontem, o Grêmio venceu o 15 de Novembro dentro do Sady Schimidt. Com tranquilidade, o Tricolor fez 2 a 0 e se manteve inabalável na primeira posição do seu grupo, no Campeonato Gaúcho, com uma vantagem de 10 pontos em relação ao segundo colocado (Esportivo). Mas essa vitória gremista era, de certa forma, esperada, em compensação em Porto Alegre ...

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... em Porto Alegre o "campeão do mundo", jogando com os títulares e dentro do Beira-Rio, não resistiu à ULBRA e foi derrotado por 2 a 0. Nem Christian, nem Fernandão, muito menos Adriano Gabiru puderam impedir o vexame colorado em seus domínios. O colorado se mantém fora da zona de classificação, muito embora, eu entenda que isso não signifique nada, ou seja, o Inter, para alívio de sua torcida, conseguirá se classificar para a fase seguinte do Gauchão. Pelo menos, é o mínimo que se espera do tão badalado "campeão do mundo", né?!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Haiti: Eu vi assim

O DIA DO ENGARRAFAMENTO, parte 1
Porto Príncipe, Haiti, 28 de agosto de 2004.
Sábado. Meio expediente. Como eu tenho o dom de atrair raios, quis a escala de serviço que eu estivesse de sobreaviso justamente neste sábado.
O sobreaviso nada mais é do que um terceiro sargento que está pronto para cumprir qualquer missão que o comando quiser. Neste dia, tinha jogo de futebol entre a 2ª Cia F Paz (Base do Palácio) contra a 3ª Cia F Paz (Base Bravo), válido pelo campeonato entre as bases, organizado pela brigada.
Pagaram-me a missão de ir montar um toldo para que as "autoridades" não ficassem no sol durante o jogo. Coisas do EB. Chegamos no campo, e montamos o toldo. O jogo acabou 1 a 1.
Ao término da partida, quando São Pedro já anunciava a chuva, começamos a apressar a desmontagem para evitar um banho, porém foi inevitável, a chuva nos pegou no meio do recolhimento do material e nos ensopou. Colocamos o toldo meio de qualquer jeito em cima do caminhão e seguimos para a Base Alfa. Quando estávamos nos aproximando do último cruzamento que teríamos que entrar a direita, antes de chegar na base, percebemos um engarrafamento monumental, nada visto antes aqui no Haiti. Estava chuviscando e nós paramos o caminhão a, mais ou menos, uns 300 metros do cruzamento. Ficamos esperando dentro da viatura a possibilidade de poder sair dali. Durante 30 minutos, não saímos do lugar. Começou a chover mais forte e as duas pistas, tanto a que vai, quanto a que vem, estavam tomadas por carros, caminhões, tap-taps e toda sorte de veículos que existem por aqui. Àquelas alturas, não existia mais nada, os carros invadiam a contra-mão e ninguém saía do lugar, até que, num determinado momento, nos ocorreu a curiosidade de saber o que estaria acontecendo lá no cruzamento para causar tamanho engarrafamento. Imaginávamos que teria havido algum acidente, ou até, que existissem vítimas em um assalto ou mesmo batida de carro. Como estava eu, e mais dois soldados fardados e equipados na viatura, resolvi pegar os dois e descer para ir até lá na frente verificar o que estava acontecendo. (continua ...)

Sem futebol, um pouco de Haiti

Tenho escrito muito sobre futebol nos últimos dias e agora quero, pelo menos até os próximos jogos da dupla GRENAL na Libertadores, escrever sobre outras coisas. Uma amiga me sugeriu contar um pouco da Missão de Paz no Haiti em 2004. Diante disso, achei aqui algumas crônicas (que mais parecem um diário de bordo) que escrevi quando ainda estava lá, relatando alguns acontecimentos pitorescos pelos quais passei. Vou publicá-las em partes para não saturar a paciência de ninguém.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Maior de idade aos 16 anos?

Já ouvi pessoas muito boas pregando que a solução para os crimes no Brasil é a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Este assunto volta a tona depois da barbárie que aconteceu no RJ quando adolescentes arrastaram, por quase 7 Km, uma criança para fora do carro pendurada pelo cinto de seguranaça. O que merecem criaturas como essas? A compaixão do Estado certamente não, umas férias na FASE (antiga FEBEM) é muito pouco também.
Sempre fui contra, até mesmo, a pena de prisão. Enjaular uma pessoa no sistema penitenciário brasileiro é aprová-lo no vestibular do crime, com direito a mestrado e doutorado junto dos maiores mestres que esta "disciplina" pode proporcionar. Em outras palavras, temos que lembrar que uma vez estando preso, este apenado passa a conviver diariamente com criminosos da pior espécie, com tempo e criatividade para planejar ações futuras na primeira oportunidade que tiverem.
Será que nestas condições é cabível deixar adolescentes convivendo e aprendendo com mestres do crime? Será que o nosso sistema penitenciário tem condições de abrigar um volume ainda maior de apenados? Será que penas mais rigorosas (pena de morte, por exemplo) resolveriam uma parcela destes problemas? Será?
Nosso sistema é tão defeituoso que tenho receio em imaginar o Brasil com pena de morte, mas acho que ela deveria existir, com um alto controle, com responsabilidade e coerência, pois não vejo outra saída aos animais que arrastaram a criança pelo cinto, no RJ, do que ir fazer um turismo no Inferno com passagem só de ida.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Inter vs Emelec

Em noite inspirada de Alexandre Pato, o colorado conseguiu vencer o Emelec do Equador. Eu venho elogiando este jogador de longa data, desde o dia que ele entrou em campo pela primeira vez diante do Palmeiras já era possível avaliar a qualidade do atacante.
Não podia se esperar outra coisa no jogo de ontem, era obrigação do Inter vencer dentro dos seus domínio e o fez. Confesso que não prestei muita atenção na partida, logo, não posso fazer uma análise detalhada da atuação colorada no jogo, mas posso dizer que qualquer resultado que não a vitória seria desastroso para as pretensões coloradas.
O Inter venceu, somou três pontos, mas ainda não está na zona de classificação do seu grupo e cabe a lembrança que o próximo jogo é contra o Vélez Sarsfield na Argentina, jogo este, que é o maior temor da torcida vermelha nesta fase, embora eu não veja motivos para tal, poderia apostar um café expresso que o Inter vencerá na Argentina, não sei porque.