terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fernando Collor

Recebi um e-mail, outro dia, com um trecho do espetáculo do Danilo Gentilli (CQC) em Brasília. Ele fez referência ao passado promíscuo de Fernando Collor o que atiçou minha curiosidade em busca de mais informações a respeito. O resultado da pesquisa é deprimente, nojento.

Vale lembrar que um dos principais motivos da queda do Presidente Collor foi uma entrevista concedida por seu irmão, Pedro Collor, à revista VEJA, na qual ele revelava detalhes sobre as maracutaias que envolviam Fernando Collor, P C Farias e mais uma meia dúzia de puxa-sacos. Algum tempo depois, ele novamente deu declarações à VEJA acerca dos porões da Casa da Dinda, conforme consta, em síntese, nesta reportagem que segue:

Revista VEJA - 17 de março de 1993

Última pá de lama

Pedro Collor revela que o ex-presidente consumia cocaína no governo e aponta dois casos de adultério de Rosane.

(...)

Pedro Collor contou que:
- Fernando Collor pretendia separar-se de Rosane durante a crise conjugal de agosto de 1991. Desistiu porque a primeira-dama ameaçou desmascará-lo numa entrevista coletiva, contando que ela colocava supositórios de cocaína no Presidente.
- A primeira-dama teve dois romances extraconjugais durante a passagem de seu marido pela Presidência. Grávida de um de seus amantes, Rosane teria feito um aborto.
- Collor é um marido violento. Em seu primeiro casamento, com a socialite Lilibeth Monteiro de Carvalho, chegou a espancá-la com tamanha fúria que a mulher foi obrigada a chamar um médico, pois ficara surda. Noutra ocasião, para escapar de uma surra, Rosane fugiu de casa.
- O ex-presidente teve um relacionamento homossexual com o empresário e deputado Paulo Octávio, do PRN de Brasília.
- No porão da Casa da Dinda, Collor e Rosane praticavam rituais de magia negra. Espetavam com agulhas bonecos representando seus adversários.

Isso prova a força que tem o dinheiro. Fizeram dele Presidente da República, alguém, em tese, dono de elevada conduta moral e acima de qualquer suspeita.

Eu tenho algumas lembranças da época collorida. Lembro da votação para o impeachment na TV. Dos deputados falando "pela dignidade e moralidade deste país meu voto é SIM". Das passeatas dos "caras-pintadas". Pouca coisas. Nunca me ative a saber mais sobre a vida do ex-presidente. Depois de ler, concluí: Cada país tem o governo que merece.

sábado, 16 de outubro de 2010

Em quem votar ?

Talvez esta seja a pergunta de grande parte dos eleitores do país - que hoje observam uma campanha eleitoral de muito baixo nível: Em quem devo votar? Dilma ou Serra.
De um lado, a candidata do PT tem a seu favor o atual presidente, Lula, que inegavelmente mudou a realidade do país durante seu mandato. É verdade, hoje o “pobre” pode mais, o brasileiro tem maior poder aquisitivo e a economia está fervendo. Sensível diferença da realidade dos anos 90, no período FHC mas, apesar disso, até mesmo o mais fervoroso militante pró-Dilma não saberia responder: De onde ela veio? Em que ela foi eleita? Quem é Dilma Roussef?
É estranho, não entendo o que levou o PT a optar por Dilma como candidata a presidência. Quem hoje vota nela, na verdade quer votar em Lula, não conhece a candidata, e aí comete um engano: Dilma não é o Lula.
Do outro lado, Serra, já foi senador, governador de São Paulo (... você já sabe né, já viu a propaganda dos bonequinhos, não viu?), mas tem o período FHC que o assombra. Claro, há quem diga - e com razão – que Lula só fez do Brasil o que fez, devido ao governo FHC, mas a dificuldade que o país vivia naquele período é de arrepiar. Bom, me sinto um pouco aliviado por justificar o meu voto, tenho sim minha opção, mas não sou convicto, sei que ambos têm grande potencial de decepcionar seus eleitores.
Além disso, a campanha eleitoral deste ano esta uma vergonha. O horário eleitoral só tem ataques, tentativas de manipulação, ofensas. Deveria ser proibido citar o nome de candidatos opostos nos horários gratuitos. É terrível.
Por fim, aos que já fizeram suas opções e estão convictos, meus cumprimentos (e um pontinho de inveja), aos amigos que como eu, não conseguem confiar em nenhum dos dois, infelizmente terão de optar, é o que a casa oferece.