domingo, 5 de abril de 2015

Parte 2

A caminhada em direção à empresa era pesada como a névoa que cobria a cidade naquele dia. Seus pensamentos mesclavam a angústia de uma vida medíocre com a curiosidade e o receio do que estaria acontecendo naquele momento. Pensava que ter que ir a pé até seu local de trabalho era uma pena que merecia pagar, afinal, se existisse uma desgraça neste planeta, ele deveria absorvê-la.

- "Pare de ter pena de si mesmo" - pensou consigo.

Nem sinal de táxis na rua. Alguns carros circulavam sem rumo certo. Algo, por certo, estava acontecendo. Após longos 60 minutos de caminhada avistou sua empresa. Diversas viaturas da polícia na frente. Pensou no pior. Apressou o passo e observou Renata envolta por algumas policiais prestando esclarecimentos. Chegou.

- "É ele!" - indicou sua colega às autoridades ali presentes.
- "O senhor é Dênis Kleiton Bargho?" - perguntou-lhe a militar.
- "Sim" - respondeu.
- "Queira nos acompanhar!".