sexta-feira, 29 de junho de 2007

A beira do abismo?

Fica humanamente impossível qualificar o governo Lula ao longo deste quase cinco anos de mandato. Aconteceu tudo e mais um pouco.
Diriam, os paranóicos, que tudo isso estava planejado desde os anos 70, auge das ações revolucionárias no país. Época em que a política se confundiu com a farda. Época em que o fuzil comandou o país. Ruim? Bom? Enfim, cada um tem o seu pensamento. Mas e hoje? O que falta acontecer?
Não raro passo pelas ruas da cidade e encontro senhoras e senhores saudosos pela dita Ditadura Militar. "Naquela época não tinha essa gurizada reunida em esquinas fumando maconha".
Pois é, o mundo dos anos 60 era bipolar. Ou se era comunista (URSS) ou se era capitalista (EUA). O planeta acabara de passar por uma guerra violenta em território europeu. Raças, poderes e economias sucumbiram diante da bagunça. Restou a única solução possível aos países subdesenvolvidos: Um governo ditatorial. Toda a América Latina passou por isso (Brasil, Argentina, Chile, etc). Cabe a lembrança que nenhuma força chega ao poder sem o aval do povo.
Hoje, depois do "mensalão", do Bolsa Família e dos escândalos do Senado (Renan Calheiros) um importante quadro se instala (novamente?) no país: A desmoralização dos poderes constituídos. O legislativo brasileiro é uma piada. Com a compra/venda de sentenças, o judiciário também entrou no bolo. O apagão aéreo expôs a Aeronáutica (Forças Armadas) perante a população. As cotas raciais nas Universidades Públicas atiçam os brancos contra os negros e vice-versa. A bagunça é total e geral, ambiente perfeito para uma nova ditadura se instalar.
Diante de tantas atrocidades, da violência, da corrupção, da impunidade, da desmoralização dos poderes, quem é que não vai apoiar um governo totalitário na esperança de acabar com esta avacalhação?
Diriam novamente os paranóicos: "É exatamente isso que o PT quer, uma ditadura de esquerda. Eles desmoralizaram tudo e todos e posam como os salvadores do Brasil". A história está aí para nos contar como foi, cabe a nós moldar a nossa opinião baseada no que aconteceu e no que está acontecendo. Não há como negar que o ambiente instaurado é propício e, quem sabe, em breve, saberemos se os "paranóicos" estão ou não com a razão.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Absurdo ...

... Renan Calheiros, presidente (ou ex?) do Senado, justificar a pensão de R$ 16 mil para sua filha, extra casamento, com documentos, notas e cheques frios. Ainda, querer convencer a povo brasileiro que o lobista é um "amigo próximo" que somente entregava o dinheiro à jornalista, mãe de sua filha.

... o pai de um dos agressores da empregada doméstica Sirley Dias de Carvalho Pinto fazer um apelo para a sociedade brasileira alegando que os agressores, um deles, seu filho, não passam de crianças, de universitários, que os pais não têm culpa sobre o que ocorreu e que seria demasiado deixá-los presos até que ocorra o julgamento. O fato de agredirem a empregada a troco de nada já um ABSURDO lastimável, mas o pai da criatura vir a público e pedir que "não prendam nossas crianças" é pior ainda. Os pais são os principais culpados disso tudo. Deviam ser presos também. Primeiro por criarem monstros. Segundo por terem a cara-de-pau de dizerem uma imbecilidade dessas.

... o Dunga achar que é técnico de alguma coisa.

... o Lula dizer que o "apagão aéreo" é um problema só da Força Aérea. O governo não tem nada com isso. A omissão do Presidente é irritante. Também, o que se poderia esperar?

... estabelecerem cotas nas Universidades Públicas para negros. Isso é a maior segregação racial já vista na história deste País. Além de acirrar as diferenças raciais, como pode alguém dizer que o outro é negro ou não?

... ver no noticiário do País a história do Sargento De Araújo, de Brasília, alegando estar sendo perseguido no seu quartel por interpretar a cantora Cássia Eller quando não está fardado. Duas coisas. Primeiro se o "figura" é homossexual ou não é, isso é um problema só dele. Segundo, se ele for, eu o aconselharia a procurar outra profissão. Não por preconceito, mas imaginem só o que viraria os alojamentos do Exército.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Domingão no estádio

No domingo, acompanhado do amigo Carlos Guilherme, tive o prazer de voltar ao Estádio Presidente Vargas, para ver Inter-SM 1 x 0 Panambi. O jogo foi de doer. Valeu pela flauta, pelas piadas e pelos diversos elementos bizarros que compõem o dito espetáculo.
Ficamos nas cabines de imprensa. Ao nosso lado estavam torcedores e dirigentes do Panambi. Interessado pelo time adversário, o Carlos questionou um senhor (típico torcedor do interior: gordo, aparentando ter uns 60 anos, indignado com tudo e com um moto-rádio imenso no ouvido):
- Este número 10 no Panambi tem habilidade, mas é meio balaqueiro, né?
Tentando absorver a nova palavra, o senhor, cujo nome é Adolfo, respondeu, puxando um forte sotaque germânico:
- Tu falou tudo! Ele é balaqueiro mesmo! Pensa que joga bola, mas só arruma confusão. É um balaqueiro!
Óbvio que o "seu" Adolfo nunca tinha ouvido falar na palavra balaqueiro, mas seguiu no discurso:
- Só três jogadores do Panambi são profissionais. O resto trabalha nas firmas da cidade durante a semana e joga nos domingos.
Sacando o celular da cintura e registrando o nome e o telefone do novo amigo panambiense, o Carlos exclamou:
- Que baita pauta!
Tenho a impressão que daqui alguns dias a vida dos jogadores-operários do Panambi estará nas páginas do ZH.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Brasileirão - 7ª rodada

INTER 0 x 2 GRÊMIO
O Grêmio venceu o primeiro GRENAL de 2007. Mesmo depois de perder o título da Libertadores para o Boca Juniors, o Tricolor não se mostrou abatido no Beira Rio, enfrentou o tradicional rival de frente, venceu, e somou mais três pontos na tabela do campeonato.
A estratégia de Mano Menezes para tentar um bom resultado no clássico foi fortalecer o lado esquerdo com a presença de Bruno Teles na lateral e Lúcio na meia. A aposta do treinador gremista quebrou o equilíbrio dos primeiros 45 min e por o Grêmio chegou ao seu primeiro gol, logo aos 7 min. Clemer repôs mal uma bola recuada, ela caiu nos pés de Lúcio que invadiu a área a dribles e colocou na saída do goleiro colorado: 1 a 0.
Em desvantagem no placar, o Inter tentou pressionar o time de Mano Menezes. Adriano e Iarley eram bastante acionados, mas a zaga gremista, apoiada por Gavilán e Sandro Goiano, conseguiu conter os avantes do time da casa. Schiavi fez a sua melhor partida vestindo a camiseta Tricolor.
No intervalo, Gallo sacou Sidnei e pôs Christian. Com a alteração, Edinho foi recuado para compor a zaga com Índio. A falta do volante colorado no meio campo deixou um vazio por onde o Grêmio investiu, em perigosos contra-ataques, durante todo o segundo tempo. O segundo gol surgiu assim. Everton conduziu a bola pelo meio com liberdade e tocou para Diego Souza, da entrada da área, soltar uma bomba no ângulo esquerdo de Clemer: 2 a 0. O Inter ainda perdeu duas chances de marcar com Iarley, uma no primeiro e outra no segundo tempo. Em ambas, o atacante colorado demorou frações de segundos para concluir o que proporciou a recuperação da zaga gremista nos dois lances.
Tentando uma recuperação na partida, Alexandre Gallo empilhou atacantes no seu time. Adriano, Iarley, Christian e Mossoró compunham o sistema ofensivo que nada produziu até o fim do jogo.
Pelo lado gremista os destaques foram Gavilán com mais uma bela atuação, Schiavi que sempre criticado foi impecável na zaga, Lúcio teve ótima movimentação e marcou um gol, Bruno Teles, como sempre, respondeu muitíssimo bem jogando na lateral esquerda e Diego Souza com mais um belo gol chutando de longe.
Além dos três pontos, 0 GRENAL 368 serviu para os gremistas quebrarem uma seqüência de seis derrotas consecutivas, além de uma invencibilidade colorada que já perdurava desde setembro de 2004 em clássicos.
Com a vitória o Grêmio chegou aos nove pontos e ocupa o 12º lugar. O Inter se matém com sete pontos e ocupa agora a 15º colocação.

sábado, 23 de junho de 2007

Carlos Lamarca

Alô! Aqui quem fala é um brasileiro! Quando tomei conhecimento, esta semana, a respeito de que a Comissão de Anistia concedeu indenização de R$ 300 mil à viúva e aos dois filhos de Carlos Lamarca, morto em 1971, como compensação pelos dez anos em que estiveram exilado em Cuba, eu fiquei horrorizado. Indenizar a família de um traidor, assassino, ladrão e seqüestrador foi o ápice do absurdo. Não contente, a comissão também aprovou uma promoção especial para o ex-capitão do Exército. Pela decisão, a viúva do guerrilheiro terá direito a receber uma pensão equivalente à de um general-de-brigada (R$ 12 mil).
Relembrando: Carlos Lamarca era capitão do Exército quando desertou das Forças Armadas levando consigo 70 fuzis 7,62, além de munição, granadas e outros artefatos militares, para ingressar na guerrilha, na qual foi um dos mais ativos militantes da oposição ao regime militar. Lamarca liderou várias ações guerrilheiras, como assalto a bancos, seqüestros e execução de pessoas que serviam à repressão, entre as quais um oficial da Polícia Militar paulista capturado em combate. Este trecho do Manifesto da Vanguarda Popular Revolucionária, de setembro de 1970, explica, um pouco, o espírito baderneiro e criminoso de Lamarca e seu bando:

"Num rápido envolvimento cercamos o inimigo. Houve um tiroteio intenso, nos seus intervalos os gritos dos inimigos feridos prenunciavam a derrota iminente. Após cinco minutos exigimos a rendição, que foi aceita incontinente, sem exigências. O herói que querem fazer do tenente Mendes, não existiu.
[ O julgamento ] Perguntado por que a Polícia Militar espancava operários e massacrou operários na greve de Osasco, respondeu que grevistas e desempregados são vagabundos, e não respondeu quando perguntamos sobre a miséria que tinha visto no campo, e particularmente no nordeste.
Foi julgado e condenado por ser um repressor consciente, que odiava a classe operária - por ter conduzido à luta seus subordinados que não tinham consciência do que faziam, iludidos em seus idealismos de jovens, utilizados como instrumento de opressão contra o seu próprio povo, iludindo os jovens, ensinando-os a amar a farda, quando deveriam amar o povo - por ter rompido com a palavra empenhada em presença de seus subordinados - por ter tentado denunciar a nossa posição.
A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximo ao inimigo, dentro de um cerco que pode ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado a morrer à coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado. Não sofreu qualquer violência ou ameaça antes do justiçamento, nem teve as mãos amarradas."

Carlos Lamarca foi uma vergonha para o Brasil. Esta indenização aprovada pelo governo brasileiro na figura do Ministro da Justiça Tarso Genro é o revanchismo raivoso da esquerda, reminiscente da luta armada e do terrorismo dos anos 70. Lula e seu bando estão metendo a mão nos cofres brasileiros sem nenhum pudor. Vamos indenizar também o tenente Mendes que, no exercício de sua função, foi assassinado a coronhadas de fuzil pelos integrantes do VPR. E todos os outros militares que foram feridos ou mortos pelos revolucionários? E os civis que tiveram seus bancos e estabelecimentos saqueados e roubados por Lamarca e seu bando? Disso ninguém lembra.
Decisão absurda, autoritária e profundamente lamentável.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

GRÊMIO 0 x 2 Boca Juniors - Libertadores 2007

Merecidamente o título da Copa Libertadores da América 2007 ficou com o Boca Juniors. Jogando um futebol irrepreensível, os argentinos controlaram a segunda partida, tiveram paciência e Riquelme, mais uma vez, foi o diferencial.
Por mais que a mobilização dos gremistas tenha sido algo nunca visto antes, todos sabiam que a tarefa era difícil. Com 10 minutos de partida já se sabia que o Boca não era o Caxias. Afobado e errando muitos passes, o Grêmio não conseguia construir as jogadas para buscar os gols necessários e, por outro lado, o ataque argentino comandado por Riquelme era sempre perigoso nos contra-ataques.
Era preciso marcar um gol ainda no primeiro tempo. Na melhor oportunidade da etapa inicial, Diego Souza arrancou pela direita e fuzilou, a trave salvou o Boca pela primeira vez. A sorte, que até pouco tempo atrás vestia azul, preto e braco, agora abençoava o Boca Juniors.
Na segunda etapa, o Grêmio entrou com Amoroso no lugar de Tcheco. Não adiantou nada. O time até arriscou mais chutes. Aos 5 min, perdeu uma chance incrível. Amoroso, levantou na área e Schiavi cabeceou na trave. No rebote, Diego Souza chutou e o goleiro Caranta catou. Definitivamente a noite era dos argentinos.
Abatido pelas diversas tentativas mal sucedidas, o Tricolor virou uma presa fácil. Aos 23 min, Riquelme, que já havia desequilibrado em Buenos Aires, recebeu livre, teve espaço para dominar e chutar no ângulo de Saja. Era o fim do sonho do Tricampeonato. Depois do gol sofrido, o que se via eram jogadores gremistas entregues dentro de campo. A exceção, talvez, de Gavilán que foi um bravo guerreiro desde o início do jogo. Patrício teve vontade e garra até o fim, mas as limitações técnicas no lateral gremista impediam o nascimento de qualquer jogada produtiva. Tuta foi um peso morto. Lucas, visivelmente fora de ritmo, em nada acrescentou. Coube a Carlos Eduardo a responsabilidade das melhores jogadas no ataque gremista, todas com conclusões capengas.
Então, aos 35 min, Riquelme deu o golpe de misericórdia no Tricolor e assegurou o sexto título da América ao Boca. Depois de um contra-ataque, Palacio chutou, Saja deu rebote e Riquelme mandou para o fundo das redes: 2 a 0. Houve ainda um pênalti para o Boca. Palermo fez questão de por na sua coleção de "pênaltis disperdiçados" mais um exemplar. O chute mascado foi direto para fora.
Fim de jogo e o Boca Juniors, merecidamente, comemora o seu sexto título da Libertadores da América. Riquelme ganha o prêmio de melhor jogador da final, claro.
Aos gremistas a certeza de que a campanha foi vitoriosa. Aos boquenses a oportunidade de buscarem o quarto título mundial no Japão.

domingo, 17 de junho de 2007

Pérolas do rádio - áudio

Para situá-los, este programa foi feito logo após a vitória do Brasil em cima da Austrália por 2 a 0, na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Escutem só o que foi dito neste pequeno trecho:

http://br.geocities.com/myselfrs81/191211.wav

1. Para conseguir ouvir, você terá que balancear o som todo para um lado só. De um lado conseguirá ouvir uma música gaúcha (esquerdo) e do outro o trecho em questão (direito). É necessário proceder desta forma senão o som fica imcompreensível.

2. Esta pérola tem pelo menos três colocações fantásticas, vejam se conseguem percebê-las. Comentários meus no próximo post.

Brasileirão - 6ª rodada

Flamengo 2 x 2 INTER
O escore poderia ter sido melhor para o Inter não tivesse o árbitro paranaense Heber Roberto Lopes sonegado um pênalti em Márcio Mossoró, ainda no primeiro tempo, e Alex desperdiçado outro, aos quatro minutos do segundo (aliás, Alex não é um bom cobrador de pênalti. Quase perdeu diante do Pachuca e jogou para fora diante do Flamengo). O meia ainda conseguiu se redimir marcando, aos 19 min, depois de receber passe de Pinga, driblar dois zagueiros e o goleiro.
Atrás no placar, o técnico Ney Franco pôs Kaíke no lugar de Toró. Gérson Magrão e Luizinho entram logo depois, no lugar de Léo Lima e Paulo Sérgio. O time carioca melhorou, principalmente pelo lado esquerdo, onde criou a jogada que culminou no gol de empate. Aos 32 min, Juan cruzou da esquerda e Ronaldo Angelim entrou entre os zagueiros colorados para deixar tudo igual. Apoiado por sua torcida, o Flamengo tentou a virada, mas acabou sofrendo o segundo. Edinho roubou a bola e fez um lançamento para Adriano dominar e chutar no canto de Bruno: 2 a 1. Só que, no último minuto, Juan recebeu livre na área, chutou na saída de Clemer e tirou dois pontos do Inter.
O resultado de 2 a 2 deixa o colorado na 13ª colocação do Campeonato Brasileiro, com sete pontos.

* * * * * * * * * * * * * * *

GRÊMIO 0 x 2 Cruzeiro
O time reserva do Grêmio segue decepcionando no Brasileirão. Agora, em pleno Estádio Olímpico, o Tricolor sofreu sua quarta derrota na competição. Desta vez, o time de Mano Menezes perdeu para o Cruzeiro pelo placar de 2 a 0 e já está beirando a zona de rebaixamento do campeonato.
O Grêmio não conseguiu armar uma jogada sequer na primeira metade do confronto. Com os laterais em péssima jornada e com Amoroso displicente na meia-esquerda, o Tricolor enfrentou muitas dificuldades para chegar ao gol do goleiro Gatti.
Três volantes no time – Edmilson, Sandro e Lucas – não conseguiram conter o avanço de Charles, aos 20 minutos, para abrir o placar.
Depois do intervalo, as coisas começaram a melhorar para o time do Grêmio. Com Ramón no lugar do centroavante Douglas, e com Thiego na vaga de Jucemar, a equipe gaúcha cresceu em campo. Aos 14 min, Ramón entraria na cara de Gatti se não fosse derrubado por Jonathan. Como era o último homem, foi expulso pelo árbitro Cleber Welington Abade. O Grêmio passou a pressionar ainda mais o time mineiro e o gol de empate parecia ser uma questão de tempo. Mas em um contra-ataque, Leandro Domingues recebeu dentro da área pela direita e marcou o segundo gol dos mineiros.
O Grêmio ocupa a 16ª posição na tabela de classificação com 6 pontos.

* * * * * * * * * * * * * * *

Na próxima rodada do campeonato brasileiro tem o clássico GRENAL no Estádio Beira Rio. Alguém arrisca um palpite?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Boca Juniors 3 x 0 GRÊMIO - Libertadores 2007

Aconteceu o que não poderia ter acontecido. O Boca Juniors, jogando dentro da sua casa, empilhou gols no Grêmio, que agora se vê com mais uma missão impossível nas mãos.
Os constrastes de qualidade não explicam a larga vantagem argentina. O Boca não foi tão superior assim. Eles foram mais inteligentes que o Grêmio. Usaram todos os recursos que uma competição como essa exige e se deram bem.
O jogo começou equilibrado no primeiro tempo. O Tricolor marcava bem e até assustava os argentino em ataques rápidos, principalmente pelo lado esquerdo com Carlos Eduardo. Mas ao 18 min veio a ducha de água fria. Riquelme cobrou falta na área gremista, Palermo, completamente impedido, escorou para Palacio empurrar para o gol vazio. O gol desestruturou os gaúchos.
No segundo tempo, o Boca impôs uma pressão incrível para cima do Grêmio. Aos 6 min, Teco salvou um gol em cima da linha numa jogada tramada pelo lado esquerdo do ataque argentino, sempre passando pelos pés de Riquelme. Pois foi o camisa 10 do Boca que, cobrando falta, marcou o segundo gol, aos 26 min. Para "ajudar" ainda mais, Sandro Goiano foi expulso, deixando o Tricolor com um a menos em campo quase 30 min. Aos 42 min, num lance confuso, Ledesma deu o tiro de misericórdia nos gremistas: 3 a 0.
Alguém aposta que o Grêmio reverte os 3 a 0 no Olímpico? Por favor, não me venham com aquela "contra o Caxias nós viramos" que não cola mesmo. Esgotado todos os níveis de imortalidade que ainda existia, só resta ao Grêmio parabenizar o adversário que foi valente e imponente no seu estádio. A vitória, no Olímpico, poderá até vir, mas não esqueçam que é o Boca que está do outro lado. Acho que é jogo jogado, ou melhor, é título conquistado.
Dizem que é na derrota que se colhe as principais lições, pois então que o Grêmio, recém egresso da Série B do Campeonato Brasileiro, possa colher suas lições, levantar a cabeça e seguir lutando.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sabonete anti-encosto

Esses programas de crente de madrugada são hilários. Vi agora que tem sabonete benzido pelos bispos e obreiros contra os encostos. Ou seja, você toma uma banho, lava suas partes com o sabonete e bye bye encosto. Em primeiro lugar, esse lance de encosto foi criado para personificar um suposto mal, ou seja, a igreja universal precisava combater algo. Para combater algo, é preciso que esse algo seja "visível" aos olhos do povão. Não adianta explicar que problema financeiro, alcoolismo, traição, depressão, etc são causados por fatores naturais. Algo tem que causar o mal: o encosto, ora bolas. Se a mulher do cidadão está a fim de dar uma escapada, é encosto. Se o cara é um pudim de cana, é encosto. Se a mulher não arruma emprego, é encosto. Se o barracão pega fogo, é encosto. Se o "framengo" perde, é encosto. Tão simples. Os problemas do mundo se resolvem lavando o saco com um sabonete anti-encosto. E eu perdendo tempo usando Phebo ...

* * * * * * * * * * * * * * *

Copyright by http://urtigaprasalada.blogspot.com

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Brasileirão - 5ª rodada

Vasco 4 x 0 GRÊMIO
O Tricolor foi ao RJ enfrentar o Vasco e trouxe de lá a terceira derrota no campeonato brasileiro. Formado basicamente por reservas, às vésperas do primeiro jogo decisivo da Copa Libertadores, o time tricolor perdeu por 4 a 0 para o Vasco. Dois gols marcados por Romário.
Bastou ao Vasco o primeiro tempo para definir o jogo. Aos 15 min, Romário bateu pênalti e marcou o 1001º gol em suas contas. André Dias, em cabeçada aos 42 min, e novamente Romário, aos 46 min, ampliaram a vantagem dos anfitriões.
No intervalo, um cabo rompido apagou todos os refletores, problema que não foi completamente resolvido. Sob protesto dos gremistas, o árbitro Wilson Luiz Seneme reiniciou o jogo, que terminou com o placar de 4 a 0. Abedi, aos 19 min, fechou a contagem.
A preocupante derrota para os cariocas, deixa o Tricolor na 14ª colocação com 6 pontos. O Grêmio sofreu 10 gols em três partidas que disputou longe do Olímpico. Se com o time misto, reserva ou títular, de qualquer forma, é muito gol sofrido para uma equipe que, teoricamente, luta pelas primeiras posições na tabela de classificação. A derrota talvez fosse previsível, mas o volume de gols sofrido é o que incomoda a torcida gremista. Depois não adianta justificar dizendo que era o time reserva que estava atuando, mesmo sabendo que é importante poupar os titulares para a final da Libertadores, o Tricolor não pode se descuidar do Campeonato Brasileiro.

* * * * * * * * * * * * * * *

INTER 1 x 0 Santos
Com o gramado do Beira Rio completamente encharcado pelas fortes chuvas em Porto Alegre, o colorado venceu o Santos e deixou para trás a incômoda posição na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Alexandre Pato marcou o único gol da partida ainda no primeiro tempo.
Com a vitória, o Inter ocupa agora a 13ª posição na tabela de classificação.
O gramado inundado foi o principal adversário tanto do Inter quanto do Santos. Percebendo que a bola alçada na área era uma saída, o colorado chegou ao seu gol desta forma. A bola levantada na área foi afastada pelo goleiro Roger, o rebote caiu nos pés de Pato que teve qualidade e tranquilidade para colocar no canto esquerdo da meta santista: 1 a 0. Foi o suficiente.
A equipe treinada por Alexandre Gallo volta a campo no próximo sábado diante do Flamengo no RJ.
Parece que a conquista da Recopa Sul-Americana trouxe bons ares ao Beira Rio. Era o que eu imaginava que aconteceria. O Inter se reencontrou com as vitórias e parece que está achando o seu caminho este ano, tardiamente, mas está achando.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Libertadores 2007

BOCA JUNIORS
O poderoso Boca Juniors é o adversário do Grêmio na Final da Libertadores 2007. Os argentinos aplicaram impiedosos 3 a 0 no Cúcuta, da Colômbia, e garantiram a vaga.
Pentacampeões da competição (1977, 1978, 2000, 2001 e 2003), não precisa nem dizer o quão difícil será a tarefa do Grêmio. Para os gaúchos pesa o fato de decidirem em casa, o que, talvez, não signifique muita coisa depois de lembrar que do outro lado está o maior detentor de título internacionais da América.

* * * * * * * * * * * * * * *

FINAIS
O regulamento da "Copa Toyota Libertadores da América 2007" diz no seu Art 5º inciso 5.3, o seguinte:
"En caso de empate en puntos al término de las dos Finales, se consagrará campeón el equipo con mejor saldo de goles. De mantenerse la igualdad, se recurrirá a un alargue de 30 minutos dividido en dos periodos de 15 minutos cada uno. Si al término de este alargue de 30 minutos suplementarios persistiera la paridad, se definirá al Ganador por definición de tiros desde el punto penal, conforme a las normas estipuladas por FIFA".
Espanhol não é o meu ponto forte, mas fica fácil entender que não existe saldo qualificado na Final da Libertadores e que, se persistir o empate, ao término da segunda partida, ocorrerá uma prorrogação, depois, a disputa por pênaltis.

Inter - Campeão da Recopa

Depois de ter perdido por 2 a 1, na partida de ida, o colorado aplicou sonora goleada de 4 a 0 nos mexicanos do Pachuca, no Beira Rio, e sagrou-se campeão da Recopa Sul-Americana.
O Inter foi soberano do começo ao fim. A torcida não deu folga um minuto. A impressão era de vitória vermelha desde os primeiros minutos. Encurralado no seu campo de defesa, o Pachuca não conseguia criar nada.
Aos 28 min, Iarley foi derrubado na área. Pênalti. Alex cobrou mal, mas fez: 1 a 0.
No segundo tempo, o colorado continuou pressionando. Pinga marcou o segundo, Pato o terceiro e Mosquera, contra, marcou o quarto.
Com a conquista, o Inter ingressa no seleto rol dos tríplice coroados, ou seja, aquelas equipes que venceram, em seqüência, a Taça Libertadores da América, o Título Mundial de Clube e a Recopa Sul-Americana.
A euforia vermelha se justifica pelo título e pela sobrevida que ganham com a vitória. Espera-se que o ano colorado tenha começado ontem. A campanha do primeiro semestre foi pífea e a posição na tabela do Brasileirão não é das melhores. A esperança é que a explosão por mais esta conquista impulsione o colorado a novas conquistas. É esperar para ver.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Santos 3 x 1 GRÊMIO - Libertadores 2007

Foi difícil, foi suado, foi sofrido, mas no fim, o Grêmio classificou-se para a quarta Final de Copa Libertadores da América de sua história. Aquele Tricolor com dupla personalidade (uma no Olímpico e outra fora), mais uma vez, se apresentou na Vila Belmiro. Depois de marcar o primeiro gol, o Tricolor se encolheu demasiadamente, marcou dentro da sua intermediária, chamou o Santos para o seu campo e, óbvio, tomou três gols e um sufoco monstruoso.
No primeiro tempo, o previsível ímpeto santista foi controlado pelo Grêmio. Os paulistas erravam passes em demasia e isso ajudava os gaúchos. Aos 23 min, o alívio. Diego Souza recebeu um passe de Lúcio e, da entrada da área, mandou um tiro no ângulo esquerdo de Fábio Costa. O gol que parecia ser o da tranqüilidade, mais tarde se viu, que era o da classificação.
Após o gol gremista, a torcida santista calou-se na Vila. O Santos perturbou-se. Mas claro que o técnico Wanderley Luxemburgo não iria se entregar assim. Os paulistas voltaram a pressionar e chegaram ao gol de empate no último lance da etapa inicial. A zaga gremista vacilou e Renatinho não teve trabalho para marcar. Fim do primeiro tempo. Ânimos renovados no vestiário santista.
No segundo tempo, o Grêmio recuou demais. A defensiva posicionada dentro da área gaúcha, foi um prato cheio para o Santos. Aos 15 min, Renatinho divide com Saja e marca o segundo gol. Ainda faltavam dois, mas ainda faltavam 30 min. Com a saída de Carlos Eduardo ainda no primeiro tempo, o Grêmio perdeu qualquer pretensão ofensiva, o negócio do Tricolor era se defender e esperar o tempo passar. Ainda, em dois contra-ataques, Diego Souza e Ramon tiveram a chance de marcar, mas o primeiro parou numa ótima defesa de Fábio Costa e o segundo, chutou por sobre o gol. Aos 30 min, a tensão atingiu o seu cume. Zé Roberto apanhou um rebote na entrada da área a fuzilou: 3 a 1. Ainda faltavam 15 minutos e a Vila veio abaixo. Os minutos finais foram dramáticos. A pressão parecia insuportável. Enfim, aos 49 min, o árbitro Carlos Torres, do Paraguai, pôs fim à angústia Tricolor. O Grêmio está na Final da Libertadores da América 2007.
Passada a batalha da Vila Belmiro, o Tricolor, agora, espera o vencedor entre Cúcuta-COL e Boca Juniors-ARG. Os colombianos têm a vantagem de terem vencido o primeiro jogo, em casa, por 3 a 1, mas do outro lado, estão Riquelme, Palermo e a camisa do Boca jogando na Bombonera. O Tricolor que se prepare para outro embate dificílimo, seja quem for o adversário.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Radialista santista

Ouvindo o programa Sala de Redação da Rádio Gaúcha, hoje, tomei conhecimento das declarações feitas de radialista Jonas Greb, no programa "Santos, sempre, Santos" veiculado pela Rádio Trianon 740 AM de São Paulo, que, além de outras coisas, disse o seguinte: "A torcida do Santos estava lá com 20 ônibus. Todos os vidros foram quebrados, inclusive com a Polícia Militar de lá dando apoio. Jogaram água com mangueira nos torcedores. Imagina um torcedor a 1h da manhã, molhado, tendo que agüentar 3ºC de temperatura e viajar até São Paulo com o vento. Eles dizem que querem se separar do Brasil. Pois separem. Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vão fazer o país das “bichonas”... Pro inferno todo gaúcho e todo gremista. Não servem para ser brasileiros. Não são gente, são bandidos. Agora eles têm que vir aqui. E eu não quero pregar a violência, mas acho que eles têm que sentir o clima de Libertadores. Vamos tratar eles aqui, como eles nos trataram lá". Ele relata ainda que torcedores gremistas paravam todos os táxis saídos do Aeroporto Salgado Filho para espancar os rivais. Tudo isso com a conivência e até a ajuda da Brigada Militar.
Declarações como esta ultrapassam os limites das rivalidades futebolísticas. Este cidadão poderia muito bem relatar a sua indignação com a "receptividade" gaúcha sem ter que apelar para a ignorância. Ele não está mexendo somente com os gremistas, quando ele diz "não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vão fazer o país das “bichonas”... Pro inferno todo gaúcho", ele ataca todo o povo gaúcho identificado com a sua terra e com orgulho de suas raízes. Isto é de uma irresponsabilidade colossal.
Eu não sei se o Grêmio vai conseguir eliminar o Santos no jogo de amanhã. Mas tenho certeza que estas declarações só irão servir para motivar ainda mais o grupo gremista, representante de um dos estados mais ricos e produtivos deste país. O que o Grêmio e o Rio Grande do Sul merecem é um pouco mais de respeito, pois é inadmissível ter que ouvir este sujeito atacar o nosso Estado desta maneira e ficar impune. Parafraseando Boris Casoy, eu diria: Isso é uma vergonha!
Nessas horas que a gente começa a lamentar o insucesso da Revolução Farroupilha ...

Nota oficial

Como o Grêmio jogou no sábado e o Internacional jogou na segunda à noite, por motivos óbvios, não pude incluir o meu "pseudo" comentário a respeito da vitória colorada no jogo de ontem. Mas agora, aviso que o post "Brasileirão - 4ª rodada" encontra-se devidamente atualizado.

domingo, 3 de junho de 2007

Brasileirão - 4ª rodada

Botafogo 3 x 0 GRÊMIO
Qualquer criança sabia que o Grêmio seria derrotado pelo Botafogo, no jogo de sábado. A derrota é preocupante? É, na medida que expõe, novamente, um Tricolor inseguro fora do Estádio Olímpico.
O primeiro gol dos cariocas foi obra do acaso. Ou melhor, foi um gol daqueles que não importa se seu time está bem postado taticamente, se o técnico errou ou acertou na escalação, a bola vai entrar do mesmo jeito. Foi um tiro da intermediária que acertou o ângulo do goleiro Saja. Golaço. Depois disso, o Grêmio se soltou um pouco mais. Tuta saiu contundido e no seu lugar entrou Douglas. Pois num lançamento de Ramon, Douglas livrou-se do goleiro adversário e foi derrubado. Pênalti. Era a chance do empate. Era. Amoroso cobrou nas mãos do goleiro Júlio César.
No segundo tempo, o Grêmio voltou a ser burocrático. Lucas, visivelmente sem ritmo, foi um figurante em campo. Todas as jogadas saíam dos pés de Diego Souza. Numa arrancada, ele foi parado por Asprilla quando, só pararia dentro do gol botafoguense. A falta foi marcada e o árbitro Paulo César Oliveira só apresentou o cartão amarelo, num lance claro para expulsão. Dois pesos, duas medidas. No lance seguinte, ataque do Botafogo, Schiavi dá o carrinho, chega atrasado, atropela o adversário e é expulso sem ter recebido, ao menos, o cartão amarelo antes. Exagero.
O segundo gol foi uma falta que desviou na barragem e enganou Saja. E o terceiro, Dodô recebeu passe por trás da zaga, limpou o goleiro e colocou para o gol vazio. Final: 3 a 0.

Algumas conclusões:
1º) Amoroso não foi uma boa contratação. Pode ser que eu esteja me precipitando, mas é esta a impressão que tenho;
2º) Tuta não jogará contra o Santos na quarta e isso é bom. Ele não vem bem. Douglas teve boa participação no jogo do RJ e acho que pode contribuir mais com a equipe; e
3º) O jogo do sábado nada tem a ver com o jogo de quarta. Os focos são diferentes, o time é diferente e as competições são diferentes. Mas é preocupante essa seqüência de derrotas fora de casa. O Grêmio tem uma vantagem, mas tudo pode acontecer quarta-feira.

* * * * * * * * * * * * * * *

INTER 2 x 0 Náutico
Jogando no Beira Rio, o time do técnico Gallo atropelou o Náutico e, assim, deixou a lanterna da competição. O colorado ocupa, agora, a 19ª posição na tabela.
Com o barulho da sua torcida, o Inter amassou o Náutico no primeiro tempo. Foram, pelo menos três chances, antes de Iarley abrir o marcador aos 23 min. Ainda com algumas deficiências, mas com um time organizado, o Inter marcou o segundo gol num belo chute de Alex. Os pernambucanos tiveram, ainda, o lateral Alysson expulso antes mesmo do fim da etapa inicial.
Com o placar nas mãos e a torcida jogando junto, o Inter não conseguiu ampliar o placar construído no primeiro tempo, e mais, Mossoró foi expulso nos minutos iniciais do segundo tempo por reclamação.
A vitória dá novo ânimo para o time e para a torcida, afinal, é a primeira conquistada pelo técnico Gallo desde que assumiu a equipe pouco antes do início do campeonato. Além disso, a postura do colorado prova que existem condições de montar um time dentro do grupo vermelho, basta que seu comandante não invente moda.
De alma lavada, o objetivo agora é vencer o Pachuca, na quinta. Os mexicanos terão que segurar um empate e ao colorado basta uma vitória simples. Jogando em casa, acredito que dificilmente o Inter deixará escapar o título da Recopa Sul-Americana.