Merecidamente o título da Copa Libertadores da América 2007 ficou com o Boca Juniors. Jogando um futebol irrepreensível, os argentinos controlaram a segunda partida, tiveram paciência e Riquelme, mais uma vez, foi o diferencial.
Por mais que a mobilização dos gremistas tenha sido algo nunca visto antes, todos sabiam que a tarefa era difícil. Com 10 minutos de partida já se sabia que o Boca não era o Caxias. Afobado e errando muitos passes, o Grêmio não conseguia construir as jogadas para buscar os gols necessários e, por outro lado, o ataque argentino comandado por Riquelme era sempre perigoso nos contra-ataques.
Era preciso marcar um gol ainda no primeiro tempo. Na melhor oportunidade da etapa inicial, Diego Souza arrancou pela direita e fuzilou, a trave salvou o Boca pela primeira vez. A sorte, que até pouco tempo atrás vestia azul, preto e braco, agora abençoava o Boca Juniors.
Na segunda etapa, o Grêmio entrou com Amoroso no lugar de Tcheco. Não adiantou nada. O time até arriscou mais chutes. Aos 5 min, perdeu uma chance incrível. Amoroso, levantou na área e Schiavi cabeceou na trave. No rebote, Diego Souza chutou e o goleiro Caranta catou. Definitivamente a noite era dos argentinos.
Abatido pelas diversas tentativas mal sucedidas, o Tricolor virou uma presa fácil. Aos 23 min, Riquelme, que já havia desequilibrado em Buenos Aires, recebeu livre, teve espaço para dominar e chutar no ângulo de Saja. Era o fim do sonho do Tricampeonato. Depois do gol sofrido, o que se via eram jogadores gremistas entregues dentro de campo. A exceção, talvez, de Gavilán que foi um bravo guerreiro desde o início do jogo. Patrício teve vontade e garra até o fim, mas as limitações técnicas no lateral gremista impediam o nascimento de qualquer jogada produtiva. Tuta foi um peso morto. Lucas, visivelmente fora de ritmo, em nada acrescentou. Coube a Carlos Eduardo a responsabilidade das melhores jogadas no ataque gremista, todas com conclusões capengas.
Então, aos 35 min, Riquelme deu o golpe de misericórdia no Tricolor e assegurou o sexto título da América ao Boca. Depois de um contra-ataque, Palacio chutou, Saja deu rebote e Riquelme mandou para o fundo das redes: 2 a 0. Houve ainda um pênalti para o Boca. Palermo fez questão de por na sua coleção de "pênaltis disperdiçados" mais um exemplar. O chute mascado foi direto para fora.
Fim de jogo e o Boca Juniors, merecidamente, comemora o seu sexto título da Libertadores da América. Riquelme ganha o prêmio de melhor jogador da final, claro.
Aos gremistas a certeza de que a campanha foi vitoriosa. Aos boquenses a oportunidade de buscarem o quarto título mundial no Japão.
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