terça-feira, 26 de junho de 2007

Domingão no estádio

No domingo, acompanhado do amigo Carlos Guilherme, tive o prazer de voltar ao Estádio Presidente Vargas, para ver Inter-SM 1 x 0 Panambi. O jogo foi de doer. Valeu pela flauta, pelas piadas e pelos diversos elementos bizarros que compõem o dito espetáculo.
Ficamos nas cabines de imprensa. Ao nosso lado estavam torcedores e dirigentes do Panambi. Interessado pelo time adversário, o Carlos questionou um senhor (típico torcedor do interior: gordo, aparentando ter uns 60 anos, indignado com tudo e com um moto-rádio imenso no ouvido):
- Este número 10 no Panambi tem habilidade, mas é meio balaqueiro, né?
Tentando absorver a nova palavra, o senhor, cujo nome é Adolfo, respondeu, puxando um forte sotaque germânico:
- Tu falou tudo! Ele é balaqueiro mesmo! Pensa que joga bola, mas só arruma confusão. É um balaqueiro!
Óbvio que o "seu" Adolfo nunca tinha ouvido falar na palavra balaqueiro, mas seguiu no discurso:
- Só três jogadores do Panambi são profissionais. O resto trabalha nas firmas da cidade durante a semana e joga nos domingos.
Sacando o celular da cintura e registrando o nome e o telefone do novo amigo panambiense, o Carlos exclamou:
- Que baita pauta!
Tenho a impressão que daqui alguns dias a vida dos jogadores-operários do Panambi estará nas páginas do ZH.

Um comentário:

Anônimo disse...

Se tudo der certo, estará mesmo. Pretendo ir pra lá na terça ou quarta-feira.
Carlos