O DIA DO ENGARRAFAMENTO, parte 1
Porto Príncipe, Haiti, 28 de agosto de 2004.
Sábado. Meio expediente. Como eu tenho o dom de atrair raios, quis a escala de serviço que eu estivesse de sobreaviso justamente neste sábado.
O sobreaviso nada mais é do que um terceiro sargento que está pronto para cumprir qualquer missão que o comando quiser. Neste dia, tinha jogo de futebol entre a 2ª Cia F Paz (Base do Palácio) contra a 3ª Cia F Paz (Base Bravo), válido pelo campeonato entre as bases, organizado pela brigada.
Pagaram-me a missão de ir montar um toldo para que as "autoridades" não ficassem no sol durante o jogo. Coisas do EB. Chegamos no campo, e montamos o toldo. O jogo acabou 1 a 1.
Ao término da partida, quando São Pedro já anunciava a chuva, começamos a apressar a desmontagem para evitar um banho, porém foi inevitável, a chuva nos pegou no meio do recolhimento do material e nos ensopou. Colocamos o toldo meio de qualquer jeito em cima do caminhão e seguimos para a Base Alfa. Quando estávamos nos aproximando do último cruzamento que teríamos que entrar a direita, antes de chegar na base, percebemos um engarrafamento monumental, nada visto antes aqui no Haiti. Estava chuviscando e nós paramos o caminhão a, mais ou menos, uns 300 metros do cruzamento. Ficamos esperando dentro da viatura a possibilidade de poder sair dali. Durante 30 minutos, não saímos do lugar. Começou a chover mais forte e as duas pistas, tanto a que vai, quanto a que vem, estavam tomadas por carros, caminhões, tap-taps e toda sorte de veículos que existem por aqui. Àquelas alturas, não existia mais nada, os carros invadiam a contra-mão e ninguém saía do lugar, até que, num determinado momento, nos ocorreu a curiosidade de saber o que estaria acontecendo lá no cruzamento para causar tamanho engarrafamento. Imaginávamos que teria havido algum acidente, ou até, que existissem vítimas em um assalto ou mesmo batida de carro. Como estava eu, e mais dois soldados fardados e equipados na viatura, resolvi pegar os dois e descer para ir até lá na frente verificar o que estava acontecendo. (continua ...)
O sobreaviso nada mais é do que um terceiro sargento que está pronto para cumprir qualquer missão que o comando quiser. Neste dia, tinha jogo de futebol entre a 2ª Cia F Paz (Base do Palácio) contra a 3ª Cia F Paz (Base Bravo), válido pelo campeonato entre as bases, organizado pela brigada.
Pagaram-me a missão de ir montar um toldo para que as "autoridades" não ficassem no sol durante o jogo. Coisas do EB. Chegamos no campo, e montamos o toldo. O jogo acabou 1 a 1.
Ao término da partida, quando São Pedro já anunciava a chuva, começamos a apressar a desmontagem para evitar um banho, porém foi inevitável, a chuva nos pegou no meio do recolhimento do material e nos ensopou. Colocamos o toldo meio de qualquer jeito em cima do caminhão e seguimos para a Base Alfa. Quando estávamos nos aproximando do último cruzamento que teríamos que entrar a direita, antes de chegar na base, percebemos um engarrafamento monumental, nada visto antes aqui no Haiti. Estava chuviscando e nós paramos o caminhão a, mais ou menos, uns 300 metros do cruzamento. Ficamos esperando dentro da viatura a possibilidade de poder sair dali. Durante 30 minutos, não saímos do lugar. Começou a chover mais forte e as duas pistas, tanto a que vai, quanto a que vem, estavam tomadas por carros, caminhões, tap-taps e toda sorte de veículos que existem por aqui. Àquelas alturas, não existia mais nada, os carros invadiam a contra-mão e ninguém saía do lugar, até que, num determinado momento, nos ocorreu a curiosidade de saber o que estaria acontecendo lá no cruzamento para causar tamanho engarrafamento. Imaginávamos que teria havido algum acidente, ou até, que existissem vítimas em um assalto ou mesmo batida de carro. Como estava eu, e mais dois soldados fardados e equipados na viatura, resolvi pegar os dois e descer para ir até lá na frente verificar o que estava acontecendo. (continua ...)
Um comentário:
Já tinha lido esse!! :o) Mas tá valendo, nada como falar de assuntos que REALMENTE importam, né sr. sgt??
Fico na espera de relatos inéditos!
Beijo
Postar um comentário