quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Projeções

Não sou daqueles que acha que o título brasileiro já é de alguém. Aliás, cabe o registro, que mesmo no período áureo do Grêmio, ainda assim, me contive em manifestar que a condição era favorável para a conquista. Hoje não é diferente, Palmeiras e Grêmio ponteiam a tabela, seguidos de perto por Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo.

Sobre as possibilidades, claro, elas existem, para qualquer uma das cinco equipes já citadas. Entendidos falarão que esse ou aquele tem vantagem. Bobagem. Todos estão em condições, praticamente, semelhantes para o título.

Toda essa minha análise baseia-se na lógica dos próximos confrontos. A não ser que a diferença técnica entre as equipes seja dois Saaras, não é possível prever, com exatidão, quem irá vencer, ou o que irá acontecer. O acaso, o imprevisto costuma visitar as principais praças de esporte do país. Vocês querem um exemplo? Cito quatro:

- O Grêmio recebe o Goiás, dentro do Olímpico, ainda na condição de líder isolado do campeonato. No primeiro turno, o Tricolor havia massacrado a equipe goiana dentre de sua casa, 0 a 3. Resultado final: GRÊMIO 1 x 2 Goiás;
- Inter e Santos, Beira Rio, primeiro turno. O Peixe, desesperado para sair da zona de rebaixamento, encara o "melhor plantel do Brasil" dentro de seus domínios. Resultado: INTER 0 x 1 Santos;
- Primeira rodada do campeonato brasileiro, o bicampeão São Paulo encara, no Morumbi, o estropiado Grêmio. Num lance bobo, Roger cava uma falta próximo a linha de escanteio. Ele mesmo alça a bola na área, Pereira sobe mais do que a zaga e marca. São Paulo 0 x 1 GRÊMIO;
- O mobilizado Palmeiras enfrenta o Sport Recife no Parque Antártica. Desesperado para alcançar o Grêmio na liderança, os paulistas sabiam que a vitória seria vital. O Sport, por outro lado, já garantido na Libertadores, joga de sangue-doce. Palmeiras 0 x 3 SPORT RECIFE.

Portanto, diante desse pequeno rememoramento de todos, afirmo que ninguém está autorizado a fazer qualquer projeção sobre quem será o Campeão Brasileiro 2008. Não. Pelo menos até o momento em que a matemática lhe autorizar.

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