terça-feira, 21 de outubro de 2008

Bola aérea

Interessante como o futebol mundial evoluiu. Atualmente, não se admite mais um goleiro com menos de 1,80m, um centroavante de baixa estatura ou um zagueiro central que não tenha imposição pela altura. A história está aí para vermos que há pouco tempo atrás as coisas não eram bem assim. Romário tem 1,68m. Maradona mede 1,66m. E aí? Alguém discorda que estes foram dois dos maiores jogadores da história deste esporte?

Pois bem, entendo que a altura dos atletas tornou-se uma necessidade na medida que esta começou a ser exigida no futebol competitivo. Hoje formam-se equipes campeãs, gerações consagradas, tudo em cima da bola aérea e aí, claro, a necessidade de se ter jogadores que operem este belo expediente do futebol. Vou além, ainda é possível dizer que nenhuma equipe brasileira sabe explorar essa jogada na sua plenitude. Mas ela pode ser fatal, pode ser o diferencial.

A bola aérea é o segredo. Aquela equipe que se valer desta jogada estará, invariavelmente, acima das demais. E o segredo não é somente o perfeito posicionamento dos atletas dentro da área, mas sim, como estes atletas golpearão a bola quando da oportunidade de cabeceá-la. A jogada aérea é extremamente difícil de ser marcada, diria eu, que, quando executada com perfeição, é impossível anulá-la. Claro que ela envolve desde a perfeição do cruzamento, o preciso posicionamento na área, a leitura correta da trajetória da bola e, por fim, o golpe preciso e certeiro. Contudo, ainda acredito que o mistério gira em torno do domínio desta técnica, que poucos aprenderam a dominar ao longo dos tempos. Cabecear é para poucos.

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Corinthians e Grêmio enfrentavam-se pelas quartas-de-final da Libertadores/96. O primeiro jogo no Pacaembu. O Tricolor vencia por 2 a 0 quando, no segundo tempo, houve um escanteio a seu favor. Arce preparou-se para a cobrança. Dentro da área, Jardel, um exímio cabeceador, era caçador por Bernardo, volante da equipe paulista. A bola foi alçada na área com extrema perfeição. Jardel buscou o seu encontro enquanto Bernardo lhe agarrava absurdamente pela cintura. Antevendo a trajetória da bola, o centroavante a golpeou com incrível violência. Gol. Bernardo continuava agarrado a sua cintura.

Lembram disso?

Um comentário:

Anônimo disse...

Amorrrr, não deu tempo de ler o post, mas queria muito te lembrar o quanto TE AMOOOOO!!!
Hum Hum Hum!!!

Bjinhos