sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Eleições 2008

Estamos a 2 dias das eleições municipais. Domingo a população brasileira elegerá os prefeitos e os vereadores de suas cidades.
Interessante é que política se faz do mesmo jeito em qualquer lugar. Agora, as eleições municipais ganham contornos interessantes quanto à estratégia de cada candidato. Tem aqueles que são altamente populares em seus bairros, sorrisos, apertos de mão, foto com criancinha no colo, dá leitinho para gatinho desamparado. Almeja 2000 votos e não faz 300. Tem outros com cara de burguês-intelectual, profundo conhecedor da máquina pública, geralmente está abraçado em algum político renomado de seu partido, diz que é a única solução, mas enquanto esteve lá, teve seu nome envolvido com CPI disso, CPI daquilo.

E o partidos? Estes sim, perderam-se no tempo e no espaço.
Na época da Ditadura Militar, a Lei Falcão estabeleceu a existência de apenas duas legendas: a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). A primeira defendia os ideiais de situação do país, era a direita conservadora. O segundo representava a esquerda opositora, englobando nomes famosos da nossa política atual, mas ainda controlados pela situação. A ARENA virou PDS. O MDB, PMDB. Um ramo do PDS criou o PFL, atual DEM. Os esquerdistas convictos do PMDB criaram o PSDB, os loucos comunistas criaram o PT. Leonel Brizola criou o PDT baseado nos ideais de Getúlio Vargas e só. O resto é resto. O PTB, por exemplo, que identidade política ou ideológica tem? Nenhuma. Por isso que acaba reunindo aproveitadores. É fácil, não tem compromisso com nada, nem com ninguém, pode ser o que quiser.

Hoje não se pode mais falar que o partido A é liberal, e que o B cultua a social-democracia. Ninguém mais tem raízes ideológicas. Os partidos sem empilham aos milhares no TSE, cada ano surge um novo. Só como exemplo:
- Alguém sabe me apontar uma liderança do PTC (Partido Trabalhista Cristão)?
- Conhecem alguma cidade governada pelo PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro)?
- E o PRP (Partido Republicano Progressista), alguém conhece?

É, e no domingão tem de novo ... só peço uma coisa: Pense antes de apertar os números do teclado da urna.

3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo contigo quando a diluição partidária. Creio que esse tipo de coisa enfraquece muito a política como um todo, e nem vou entrar no mérito da representatividade, pois ai sim "a casa cai". Essa grande quantidade de partidos é um erro para um país que se diz democrático, porem seria um absurdo muito maior, como foi feito na época negra de nosso país, criar uma Lei para regular isso. Acredito muito mais em uma reforma politica onde naturalmente os partidos que possuem linhas de pensamentos parecidos (ideologia morreu com Cazuza!) a fim de se fortalecerem, sei, isso é utópico, mas hoje acredito que isso seria muito interessante, para uma melhor "representatividade" para toda a coletividade, se é que isso existe ou existiu algum dia em nossa história política.

Douglas disse...

Que conversa é essa de "época negra de nosso país"?
Quem é o teu Deus?

Jonas disse...

Lindo, para uma pessoa que se diz intelectualizada, conhecedor de muitas coisas dizer que não sabe o que é a "época negra" do nosso país. Sem protecionismo, isso é coisa de advogado. Os militares realmente fizeram coisas boas, tais como... deixa ver.. outra hora eu lembro.. ahh a excelente transamazônica, ou o magnífico projeto calha norte. Dois exemplos de como devem serem feitos os projetos para o "progresso da nação!". Podem ter dado algumas colaborações sim, mas tiraram durante muito tempo uma coisa primordial de todo o brasileiro preza muitíssimo. A LIBERDADE, ninguém troca ela por nada nesse mundo. Caso contrário, vá para um presídio de segurança máxima. Lá tem segurança, saúde comida, e até educação caso fique bem quieto em sua cela.