Depois de ser acusado de furtar gravatas nos EUA, o rabino Henry Sobel, presidente licenciado da Congregação Israelita Paulista, declarou à imprensa que "jamais teve a intenção de furtar qualquer objeto". O curioso é que os circuitos internos de câmeras das lojas onde o rabino teria agido, o flagaram em condições, no mínimo, suspeitas.
Com amplo acesso aos meios de comunicação nacional, Sobel desculpou-se dizendo: "Eu acredito naquilo que os médicos dizem aqui, que foi uma overdose, uma dosagem exagerada de remédios, e isso mexeu com a minha química cerebral e mudou o meu comportamento. Não importa. Eu fico profundamente aborrecido, constrangido com aquilo que aconteceu. Aquilo que aconteceu jamais deveria ter acontecido".
Que bela justificativa, eu realmente estou comovido! O interessante é que a overdose de remédios não tirou a lucidez do rabino na hora da escolha dos estabelecimentos. Os alvos foram lojas de grifes famosas como Gucci, Louis Vitton e Giorgio Armani, e cada gravata custando, em média, US$ 180. O gesto toma proporções gigantescas pela figura religiosa que Sobel representa. Uma vergonha!
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O senador Renan Calheiros desmentiu a reportagem publicada na Veja de que Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior, uma das maiores do país, pagava R$ 16 mil por mês à jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha de três anos de Renan. O senador garante que tem como provar a origem do dinheiro que remetia a sua filha gerada fora do casamento.
Patético foi o constrangimento que o senador impôs à sua família. Defendendo-se das acusações da revista, Calheiros pediu desculpas a sua esposa pela exposição e pôs documentos a disposição de quem quisesse, que segundo ele, comprovavam a origem do dinheiro remetido a sua filha com Mônica Veloso.
O histórico de maracutaias desabonam o senador. Renan Calheiros era o líder da "tropa de choque" no governo Fernando Collor e hoje, curiosamente, faz parte do coalisão que apóia o governo Lula.
Fiel ao seu aliado, o Presidente da República saiu em defesa de Calheiros dizendo: "Aprendi, nesse período todo, que pobre de quem fizer julgamento de alguma pessoa por uma matéria (de jornal). Porque, senão, nós estaremos banindo do País uma conquista que foi nossa", referindo-se a democracia e a liberdade de imprensa, e completou: "Renan é inocente até que se prove contrário".
Realidades deste Brasil de impunidades.
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