sexta-feira, 11 de maio de 2007

Carlos Eugênio Simon

Em janeiro de 2006, eu tive a oportunidade de cobrir a Copa Santiago de Futebol Juvenil pela Rádio Imembuí (Santa Maria-RS), na cidade de Santiago-RS. Carlos Eugênio Simon foi convidado a apitar a final daquele campeonato e, terminado o jogo, entrevistei o Simon:
"Douglas - O senhor é a favor do uso das imagens de televisão para auxiliar a arbitragem, ou acredita que um possível erro do árbitro seja uma espécie de “charme” do futebol?
Simon - Não, nem uma, nem outra. Eu não sou favorável da interferência da tecnologia, do uso de imagens para alterar resultados de partidas, e também acho que o erro não é charme nenhum. O erro faz parte da falibilidade humana, assim como o árbitro erra, o jornalista erra, o jogador erra, o goleiro erra, o treinador, o dirigente, enfim. O erro faz parte da condição humana. Mas, evidentemente, que a gente entra em campo não com essa intenção. Queremos acertar 100%. Mas devido a fatores, inúmeros fatores que acontecem durante um jogo de futebol, tudo em frações de segundos, o árbitro comete um equívoco. Eu acredito é na profissionalização da arbitragem o que irá diminuir muitos os equívocos dos árbitros".
Obviamente que eu também não acho nada charmoso um erro de arbitragem, ainda mais aquele que o próprio Simon comentou, ontem, no jogo Botafogo e Atlético-MG. Nos minutos finais de jogo, ele deixou de marcar um pênalti claríssimo a favor dos mineiros e com isso a vaga ficou nas mãos dos cariocas.
Fiquei impressionado com a queda de produção do Simon nos últimos anos. Puxemos pela memória e vamos lembrar da final do Campeonato Gaúcho de 2005, onde ele acabou o jogo, pelo menos 2 minutos antes do tempo normal, alegando que a prorrogação era de 30 minutos corridos com a inversão de campo ao término dos primeiros 15. Depois, no ano passado, ele falhou bisonhamente em não marcar tiro indireto quando, no Grenal decisivo do Gauchão, o zagueiro colorado recuou a bola com os pés e o goleiro Clêmer a segurou com as mãos. Antes disso, houve aquela polêmica toda na final da Copa do Brasil 2002 entre Corinthians e Brasiliense, onde os jogadores do time de Brasília reclamaram muito da atuação deste árbitro. Ontem ele aprontou essa com o Galo.
Considero ele um grande árbitro, mas tá deixando muito a desejar. Se seus erros partem de interpretações, talvez o uso de imagens de TV possa ser uma saída para que a justiça seja feita dentro dos gramados. Não podemos mais admitir erros grosseiros como o de ontem, o futebol brasileiro não merece isso.

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