sábado, 20 de setembro de 2008

Um Mundo a parte

Felizes são os ignorantes. Já escrevi sobre isso aqui neste espaço.
Se a realidade é tão cruel e tão perversa como se apresenta diariamente, talvez as pessoas não queiram saber dela. Seria direito de cada um poder ter essa opção. Todos somos livres? A gente se insere num contexto quase como a água que corre na tubulação de uma casa, por onde os tubos conduzirem a água vai, e vai ...
Escola, Universidade. Para quê? Para eu saber que tenho que trabalhar, pagar meus impostos e me submeter a uma força opressora? Para eu saber que não sou único, que existem outros iguais a mim e que o problema deles não me interessam? Para eu entender diariamente que por mais que eu lute, batelhe e me esforce o máximo que conseguirei serão anos disperdiçados, rugas na cara e um legado que sei lá se inspirará alguém?
Quem disse que é necessário sofrer para se entender alguma coisa? Quem falou que este é o modelo certo? Quem mandou o mundo girar neste sentido?
Se a liberdade é a propriedade de pensarmos, irmos e sermos o que quisermos, eu sinto informar, mas aqui, aqui todo mundo está enjaulado, enclausurado, trancado, fudido e mal pago.
Se vai desmanchar, para que construiur?
Se vai estragar, para que arrumar?
Se vai sujar, para que limpar?
Se vai esquecer, para que lembrar?
Se vai se arrepender, para que fazer?
Se vai acabar, para que começar?
Se vai voltar, para que sair?
Se vai morrer, para que nascer?

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