terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mal do Século

"Digam o que disserem, o Mal do Século é a solidão, cada um de nós imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de atenção (afeição)" - Renato Russo.
O Homem é uma criatura triste. Inserto e perdido dentro da sua própria arrogância, esquece de que não é Senhor da situação. E quem o é? Ninguém pode dizer, porque ninguém o é. Ele perdeu tempo, branqueou cabelos e criou rugas pensando onde tinha errado. Não foi difícil perceber que estava imerso em sua própria arrogância esperando por um pouco de atenção. Repensa cada ato de sua modesta vida. Percebe o quanto é pecador. Sabe que se quiser ser feliz por um instante deve vingar-se, mas se quiser ser feliz eternamente deve perdoar. A dúvida é cruel e constantemente sua mente é bombardeada por lembranças que lhe atordoam. "Por que?"
É a velha mania de achar que as coisas acontecem por acaso. Não, não acontecem. Conversa com um, conversa com outro, cada um lhe diz uma coisa diferente. Ninguém lhe dá uma certeza. Não há certezas. Certa feita prometeu solenemente: "Ninguém é digno da minha confiança". O tempo passou, as coisas mudaram e a tendência natural de se acomodar lhe atingiu frontalmente. Ele nem percebeu ... Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode as 6h da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã ...
Levou tempo para admitir que não era mais só. Não via que dormia ao lado da felicidade, do prazer e das respostas. Podia ser tarde.
Certo dia encontrou um sábio. Fez-lhe um pergunta simples: "Qual é o Mal do Século?". Esperando uma resposta cheia de enigmas, logo se percebeu que as coisas eram bem mais simples do que pareciam.
"As pessoas buscam prazeres e respostas nos locais mais improváveis e difíceis. Não há necessidade disso, elas estão ao alcance de nossas mãos. Para isso, basta se convencer que estes são os prazeres e as respostas que procuramos. E sempre o são. Se a sua vida começar a guinar por caminhos obscuros, simplesmente, sem motivos aparentes, é momento de parar e repensá-la. Você não está ganhando novas experiências, está perdendo velhas certezas.
De certo só existem duas coisas: A morte e que nada nem ninguém é insubstituível.
Forme seu caráter, cultive seus princípios, brigue pelos seus ideais. Não trapaceie. Seja leal e humilde. Cuide de suas certezas, tenha cuidado com novas experiências perigosas. Pondere. Pense nas conseqüências de seus atos e não esqueça que as suas respostas estão ao alcance de suas mãos."
Agora as coisas lhe parecem claras como a água. A verdade lhe abriu um rombo no peito. Sente-se pequeno, envergonhado, humilhado. Tem a sensação de que todos lhe apontam ... mas não, não lhe apontam. Olha para o relógio como se quisesse pular o tempo. Vê no calendário os dias que deixou para trás. A ferida está cicatrizando, mas ardeu de maneira que jamais pensou suportar. O Tempo não pára e ele é remédio para tudo.
É chegada à conclusão: O Mal do Século é a SOLIDÃO, cada um de nós imerso em sua própria ARROGÂNCIA esperando por um pouco de ATENÇÃO.

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