quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Quanta falta originalidade!

Eu gostaria de saber porque o Inter se preocupa tanto com o Grêmio. Tudo que é feito no Beira Rio é pensando "como irá repercutir no Olímpico". Sejamos mais originais caros amigos colorados, já não chega plagiar a nossa torcida, já não chega bordar a camiseta com 6 estrelas representando tudo o que o Inter conquistou na sua história (putz, só se resume a 6 estrelas), já não chega por letreiros na faixada do Estádio iguais ao do Grêmio?
Bom, para completar o arsenal de "macaquices" (com todo o respeito!) só falta ligarem os celulares e acenderem os isqueiros na torcida ...
Menos colorados, bem menos ... tenham suas próprias idéias, por favor, é tão feio vê-los nessa condição humilhante.

GRÊMIO 0 x 0 Cúcuta - Libertadores 2007

O Grêmio não passou de um empate sem gols com o Cúcuta, ontem, no Estádio Olímpico. A atuação Tricolor foi fraca e parou num adversário muito bem fechado na sua defesa.
As individualidades não resolveram nada, ou melhor, nem se quer apareceram. Schiavi quase foi expulso infantilmente e passou o jogo todo insistindo nas ligações diretas defesa-ataque. Patrício escancarou suas limitações e deixou claro que é por ali que Gavilán pode ser aproveitado. Do outro lado do campo, Lúcio foi improdutivo, burocrático, errou muitos passes e não conseguiu dar o apoio qualificado ao ataque. Tcheco, mais uma vez, foi muito mal, e quando Tcheco vai mal geralmente o time patina. No meio de toda essa escuridão, o goleiro Saja continua mostrando que foi um ótimo investimento gremista nesta temporada, segurança e precisão em todos os lances.
Lucas, que vinha tendo atuações destacadas, foi bem abaixo do que se esperava dele e perdeu um gol que não poderia ter perdido.
Carlos Eduardo teve alguns momentos de lucidez, mas travou na marcação adversária e na fraca atuação de seus companheiros e, por fim, Douglas se esforçou, concluiu, brigou, mas também esbarrou na improdutividade do meio campo gremista.
Enfim, o Grêmio foi bisonho, afobado, fez muita força para jogar (como um carro com o freio-de-mão puxado) e conseguiu se prender e se perder na marcação do time colombiano. Foi um jogo de doer.
Não sei se tem que mudar algo, não sei se isso foi um jogo isolado, não sei, só sei que aquele Grêmio dos outros jogos está perdido em algum lugar por aí e eu espero, sinceramente, que o Mano Menezes reencontre ele logo.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Libertadores no Olímpico

Foram quatro anos de espera. Nesse período, o rebaixamento à Série B em 2004, o retorno heróico em 2005 e uma ótima campanha no Brasileirão 2006, que garantiu a volta do Grêmio à competição mais importante do continente. Nesta noite, o Estádio Olímpico receberá pela primeira vez um duelo pela Libertadores 2007 e a direção tricolor espera que pelo menos 35 mil pessoas assistam ao confronto com o Cúcuta. Dentro de campo, o técnico Mano Menezes prega humildade diante da equipe colombiana, que disputa hoje seu primeiro jogo fora do país em 82 anos de existência.
Mais uma vez, não tenho palpite para o jogo. Não é jogo jogado, mas tenho certeza que se o time conseguir produzir tudo aquilo que pode a tendência é vencer ... mas isso, antes do apito final, não significa nada.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Filmes e futebol, de novo!

Maldição (An American Hauting) é o filme da vez. O filme é bom, não mais que isso. Tenho pensado se não estou sendo criterioso demais com as últimas películas que tenho visto, mas é notório que desde "O Exorcista", filme de 1973, os outros filmes de terror/suspense são apenas os outros (sem trocadilhos!) ...
A respeito da história em si: Cheia de clichês, com um desenrolar que chega a ser monótono até que, ainda bem, o final aparece para nos surpreeender. No mais a conversa gira em torno de cenas que estamos acostumados a ver em filmes desse gênero, mas vale a pena conferir.

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Se vocês tiverem tempo olhem alguns posts anteriores a respeito da invencibilidade gremista e sobre o início desastroso do Internacional neste ano. Parecia claro para mim que essa seqüência de vitórias do Grêmio logo findaria e foi o São José-CS que conseguiu arrancar os primeiros pontos do Tricolor em 2007 e não esperem que eu justifique isso pelo fato do Grêmio ter jogado com time reserva, se jogou, jogou porque quis. Placar final: 1 a 1.
O mesmo vale para o Inter, estou lendo vários colunistas renomados (Pedro Ernesto Denardin, Nando Gross, Hiltor Mombach, entre outros) justificando o desempenho colorado no ano pelo atraso no início da preparação. Isso não justifica nada! O Inter começou sua preparação atrasado porque fez um planejamento para tal e, logo, deveria saber que corria esse risco. Não adianta agora dizer que o Grêmio teve 20 dias a mais de preparação. A pergunta para os colorados é: Por que não começou a preparação antes?

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Ao amigo Leandro Meireles

Hoje é um dia triste. Eu quero dedicar este post ao 1º sargento Leandro Meireles, que nos deixou no dia de ontem na cidade de Porto Alegre, vítima de câncer. Esta foto foi tirada no dia em que o batalhão embarcou para o Haiti e ele foi o escolhido para conduzir a Bandeira Nacional.
Na nossa memória fica a serenidade, o companheirismo, a paixão pelo Internacional, o grande conhecimento em informática e a paciência que sempre dirigiu a todos.
O teu amigo aqui chora a tua perda, mas te agradece pelos ensinamentos deixados ... valeu Sgt Meireles.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Filmes e futebol, claro!

Nesse feriado de carnaval eu me dediquei a sétima arte. Loquei O Albergue, altamente recomendado por um amigo, e não me emocionei. O filme em si tem um bom enredo, mas em certo momento vira uma carnificina pura, muito sangue e violência gratuita. Até recomendaria para aqueles que curtem filmes do gênero, mas não se compara a Jogos Mortais, O Albergue é bem mais fraquinho.
O mesmo amigo me recomendou O Advogado dos Cinco Crimes. Gostei. Como estudante de Direito, achei interessante a ética e a conduta adotada pelo protagonista (Cuba Gooding Jr), advogado, que abandona um caso por achar que estaria livrando seu cliente rico da cadeia quando este a merecia. O único "porém" é o fato do final ser bastante previsível, mas vale a pena.

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Ontem o Grêmio venceu o Brasil-Pel por 6 a 2 no Estádio Olímpico. Abaixo de muita chuva, o Tricolor amassou os Xavantes e fez quatro gols nos primeiros 25 minutos de partida. Depois disso ficou fácil prever que o Grêmio iria relaxar e que sofreria o primeiro gol da temporada 2007, mas isso não manchou a ótima atuação gremista. Douglas foi um substituto a altura de Tuta e os demais setores do Tricolor trabalharam com harmonia com vem ocorrendo desde os primeiros jogos. Lucas é sempre Lucas, impecável.
Segue a série de vitórias, agora já são oito em oito partidas, mas eu não me iludo, sei que logo ali isso vai acabar ... mas por enquanto está perfeito.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Que estréia, hein!

Não poderia ter sido pior a estréia do Inter na Libertadores. Vencendo a partida, com um jogador a mais em campo, o colorado se entregou e permitiu a virada frente ao Nacional do Uruguai. Seria normal uma derrota para os uruguaios, jogando fora de casa, numa estréia, mas não do jeito que foi. Errando muitos passes, com um time visivelmente desentrosado, o Inter ainda conseguiu arrancar na frente no primeiro tempo.
Se a primeira etapa foi acima das expectativas, a segunda etapa reservaria surpresas nada agradáveis aos colorados. Quando o jogo se encaminhava para uma vitória brasileira, a zaga do Inter fez o favor de "bater cabeça" e deixar os uruguaios empatarem. Aquelas alturas o empate já tinha um sabor de derrota, imagina uma virada. E ela veio, no lance que ocasionou a expulsão de Wellington Monteiro, uma cobrança de falta rasante e firme, contando com a contribuição do goleiro Clemer, o Nacional marcou o segundo gol. A partir daí eu não entendi mais nada. Perdigão no lugar de Alex, pra que? Pra segurar a derrota? Ediglê tem que comer muito feijão-com-arroz para ser o substituto de Fabiano Eller, a exemplo deste, Rafael Santos foi muito mal e falhou feio no terceiro gol do Nacional, aliás, a zaga toda parou vendo o Vera e o Martinez brigarem e marcarem o terceiro gol.
É Gabiru, tu deveria ter parado no auge mesmo ... faz o gol no Barcelona e anuncia a tua aposentadoria, seria melhor assim.
Essa derrota na estréia não significa nada para as pretensões coloradas, tem muito chão pela frente, mas que foi um horror, ah, isso foi.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Família

Vou iniciar minha vida no blog com um texto alusivo àquilo que considero ser o que há de mais importante para a sociedade e para o cidadão: a família.
A família, hoje, está banalizada. Não são raros filhos que maltratam pais, em casos até matam e notícias dessa espécie têm crescido a cada dia. Eu julgo que grande parte desses crimes contra a família deve-se às programações televisivas de hoje em dia. É rotineiro ter em novelas famílias que o pai, um tirano e poderoso, proíbe sua filha de namorar o rapaz que ela “ama”, e lógico, a filha se rebela, foge com o amado e todos aplaudem, ou então, o “saradão” que está sempre com seu “peito cabeludo” a mostra, que “pega” várias mulheres, mas que na verdade gosta é de uma, ele a engravida, porém não abre mão de sua vida boêmia para formar e educar seu filho, ou seja, ter sua família. São essas imagens que a sociedade de hoje esta adquirindo. Não estou dizendo que temos que proibir os filhos de assistir a novelas, seriados, etc., não é isso, mas um controle nos programas que eles assistem cai bem. Pois não é raro ouvir crianças que há pouco entraram na adolescência, que desculpem-me o vocabulário, acham que são gente, com idéias de fugirem com seus namorados, que conheceram numa festinha e que juram eterno amor.
Nessa semana estive folheando a Veja e deparei-me com a coluna de Lya Luft que dizia que “Família tem de ser careta” (http://www.olhardireto.com.br/colunas/coluna.asp?cod=5946). Realmente. Não estou insinuando um ambiente ditatorial ou tirano, nada disso, porém tem de haver limites, orientação, conversa, presença e educação e como eu muito escuto - “educar é frustrar”.
Portanto, peço a consciência dos "gatões" e "gatinhas" de plantão, pois são vocês que serão as famílias de amanhã, e a esperança de uma sociedade mais ética e responsável, e se por acaso, você não se acha pronto, por favor, “É bom começar a tentar, ou parar de brincar de casinha” (Lya Luft).

Internacional em 2007

Se enganam os colorados que pensam que as atuações medonhas do Inter B (C ou D) no Campeonato Gaúcho fazem deste gremista um otimista de primeira. Tenho certeza que o Inter irá se classificar no Gauchão, seja nas quartas-de-finais, seja direto para as semi-finais e que irá fazer uma bela campanha na Libertadores deste ano sendo um forte candidato ao título.
A maior competição de futebol das Américas perdeu a competitividade que tinha a alguns anos, mas não perdeu em nada a importância. As equipes não têm mais a qualificação que tinham em outras épocas, mas isso faz da Libertadores menos importante? Claro que não! Não temos culpa se conseguem se classificar para as semi-finais da competição equipes como o Libertad, Nacional-URU, Emelec e por aí a fora. Da mesma forma que não temos culpa, nós gremistas, se em 1983 a competição que decidia o Campeonato Mundial era composto de somente duas equipes (Campeão da América e Campeão da Europa). Por isso respeito o título colorado conquistado em solo japonês diante do todo-poderoso Barcelona, mas não venham com essa conversa de que ganhamos do Novo Hamburgo e que o título gremista não é reconhecido pela FIFA ... por favor, isso é piada!
Por fim, não tenho palpite para o jogo de hoje a noite, mas sei que o colorado tem forças para ir muito longe.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

O Gremista - Parte 2

Continuando a série, temos aqui uma foto minha no carnaval de 1984. Era só alegria, tínhamos acabado de ser os primeiros Campeões do Mundo neste estado. Muitos motivos para comemorar ... "O Grêmio é Campeão do Mundo, nada pode ser maior!"

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Novo integrante do MySelf Blog

Em breve teremos um novo integrante postando e compartilhando seus textos conosco aqui neste blog. Leiam o comentário dele (do novo integrante) no Post "Terra de ninguém", vale a pena. Estou até pensando em trocar o nome do blog de MySelf para OurSelves ...
CHARLES ... o blog também é teu.

Cerro Porteño 0 x 1 GRÊMIO - Libertadores 2007

A estréia é sempre um problema, pois o Grêmio jogando fora de casa conseguiu vencer o Cerro Porteño num jogo típico de Libertadores.
Gostei do Tricolor no primeiro tempo, ousado, marcando no campo do adversário e o garoto Carlos Eduardo fazendo a festa pelo lado esquerdo. Lucas é sempre Lucas, impecável. O goleiro Saja fez pelo menos três boas defesas na etapa inicial.
No segundo tempo, teve de tudo: briga entre torcidas, objetos sendo arremessados a campo contra os jogadores, marcação ríspida dos paraguaios e teve o gol. Patrício foi ao fundo e cruzou, a zaga afastou e o Lucas pegou de primeira, da entrada da área, e acertou o canto esquerdo do goleiro. Era o gol que precisávamos. No fim do jogo o árbitro ainda marcou um pênalti contra o Grêmio e realmente foi pênalti, mas a estrela do goleiro Saja brilhou forte e este conseguiu segurar a cobrança e a vitória na estréia. Por fim, achei o Tcheco meio apagado em todo o jogo, além de perder um gol que ele não costuma perder.
É, Tricolor, foi dado o primeiro passo e além disso, são sete partidas com sete vitórias e nem um gol sofrido em 2007.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Grêmio - A estréia

A Libertadores é a nossa cara. Começa hoje a corrida rumo ao Tri Campeonato. Conversando com gremistas próximos a mim, percebo que o sentimento é de total confiança na conquista do título, eu sou bem mais cauteloso, a Libertadores é um campeonato difícil e existem várias equipes tão preparadas quanto o Grêmio, quiçá, em melhores condições.
Por essas e por outras, não tenho palpite para o jogo de hoje a noite, só digo que uma longa jornada começa sempre pelo primeiro passo, e hoje, é o dia de dar o primeiro passo. DÁ-LHE GRÊMIO.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Grêmio - Libertadores 2007

Foi uma surpresa o fato do Grêmio não ter relacionado o Léo Lima entre os 25 inscritos para a primeira fase da Libertadores. Embora as especulação nesse sentido fossem grandes, eu não imaginava que o Mano Menezes fosse abrir mão da qualidade técnica do jogador.
A Libertadores é um campeonato que exige concentração total e a mobilização deve ser integral, e, acredito eu, que a decisão de cortar o Léo Lima tenha partido desse raciocínio ... o cara deve ser um desagregador.
Por isso não posso julgar como certa ou errada a decisão do treinador nesse momento, vamos esperar o desenrolar dos fatos, e outra, o Mano já mostrou que entende de comando e de futebol, ele tem crédito.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Terra de ninguém

Nas minhas andanças pela vida, tive a oportunidade de conhecer duas das PIORES cidades do mundo. Uma delas foi Porto Príncipe, capital do famigerado Haiti, a outra, foi o Rio de Janeiro.
Porto Príncipe é uma cidade desestruturada, abalada por um embargo econômico americano de gerações e totalmente injusta socialmente (poucos tem tudo, muitos tem nada). O Rio de Janeiro é pródigo em belezas naturais, diversidades culturais, atrações de toda a ordem. Mas o que faz essas duas cidades serem parecidas, eu disse parecidas, no quesito violência? Eu explico. Em Porto Príncipe o que restou de policiamento nas ruas é corrupto e mal treinado, no Rio de Janeiro a polícia, com todas as suas deficiências, não dá conta de controlar as inúmeras favelas e pontos de tráfico que lá se instalaram há algum tempo.
No Haiti, pessoas mortas pelas ruas é uma cena tão normal quanto crianças pedindo qualquer coisa nos sinais. No Rio de Janeiro ser assaltado é tão normal que as páginas dos jornais selecionam os piores casos para serem relatados.
A que nível nós chegamos ... aquela que foi um dia a capital desse país está virada num antro de marginais da pior espécie e, o que é pior, com organização e capacidade para cometar as maiores atrocidades que a mente humana pode imaginar.
Estive durante seis meses em Porto Príncipe e acredito que lá nenhum desalmado iria roubar um carro e arrastar uma criança por mais de 7 Km pendurada pelo cinto de segurança, pra fora do veículo até poder estacionar o carro tranquilamente e seguir seu rumo.
Se o real está bem mais valorizado que o gourde (moeda haitiana) eu garanto que lá, em Porto Príncipe, a cotação da VIDA está bem mais alta que aqui.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

O Gremista - Parte 1

Eu (o Gremista), meu Pai, minha Mãe e minha prima Karla. Segundo o meu Pai, essa foto é de Jan/Fev de 1982, portanto, eu tinha 7/8 meses ...
Eu devia estar comemorando o título brasileiro de 1981, só pode! Gol do Baltazar!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Profissão repórter

Quando eu era criança, eu queria ser bombeiro, bombeiro militar, desses que apagam incêndios e socorrem as pessoas. Eu tinha uma admiração muito grande pelo fogo, eu achava o fogo a coisa mais impressionante que poderia existir e por essa proximidade com o fogo, eu imaginava que ser bombeiro era uma profissão com o qual eu trabalharia com o fogo diariamente.
Depois eu queria ser rico, não importa em qual profissão, ter dinheiro me bastava. A gente sempre se imagina rico, bem sucedido, casado e feliz no futuro, e eu associava essa riqueza a grandes empresas, executivos, homens engravatados. A minha realidade era outra.
Ser empresário como o meu Pai não fechou muito comigo. Talvez eu tenha ficado traumatizado pelos dias de férias que eu perdia em filas de banco e batendo perna pelo centro de Santo Ângelo fazendo serviço de "office boy" para a empresa do meu Pai. Naquela época (1990-1994) os bancos não disponibilizavam caixas eletrônicos como hoje, tudo era feito no guichê e todo guichê tinha uma fila. Cada profissão exige algo de você e, com 10 anos de idade, eu descobri que para ser "office boy" era necessário muita paciência. Depois de ser o "homem-forte" do meu Pai nas filas dos bancos eu fui promovido a balconista ... é, concordo que não foi uma grande promoção, mas pelo menos eu ficava mais tempo dentro da loja. Mais uma vez aquele serviço não casou comigo, eu precisava de outra atividade.
Pensei em ser músico, tocar violão era uma coisa que eu gostava, mas logo percebi que não conseguiria ser "rico" fazendo isso. Pensei em ser tenista, afinal eu tinha talento, mas só talento não iria me levar a lugar algum, era necessário horas de treinamento físico e técnico para aperfeiçoar os golpes e melhorar o condicionamento físico ... descartei.
Com o fim do 2º grau veio a opção para a universidade. Optei por mediciana, claro, todo médico é rico. A medicina iria realizar todos os meus sonhos infantis, só tinha um problema: o ponto de corte. O vestibular da UFSM não perdoou a minha falta de empenho nos estudos.
Troquei de curso e resolvi fazer Direito. Foram três vestibulares e eu tinha conquistado a minha vaga, mas se toda profissão exige algo de você, o Direito exige muita leitura e capacidade de raciocinar em cima de coisas no campo da filosofia. Não desisti, estou seguindo firme e forte nessa faculdade.
Observando alguns colegas militares na sala de aula, pensei que ser sargento do exército era uma coisa rentável e pouco desgastante. Resolvi ser militar. E se toda profissão exige algo de você, ser militar te exige preparo físico, paciência e abrir mão de vários confortos em detrimento do cumprimento da missão. Pensei que o benefício era maior do que o custo e hoje vejo que não é nada disso, que os dois empatam, as vezes, com o custo sendo bem maior que o benefício, mas não reclamo, tudo o que eu tenho hoje foi a profissão militar que me deu, portanto sou grato.
Mas ainda não encontrei o que eu estava procurando, concordo que as minhas condições eram dificílimas de se encaixarem em algo (dinheiro, pouco trabalho e uma identificação pessoal, ou seja, algo que me dê prazer em fazer), mas eu poderia abrir mão de alguma coisa. Até que .... Descobri! Já sei o que eu quero ser! Eu quero ser JORNALISTA! Claro, como eu não pensei nisso antes, engloba tudo o que eu gosto: comunicação, envolvimento com personalidades, perguntamos porque a profissão exige e não porque somos curiosos e aquela sensação fantástica: "as pessoas ouvem (lêem) o que eu digo (escrevo)". Tá, mas e a grana? Nem todo jornalista é rico. Sinceramente, se toda profissão exige algo de você, a vida te ensina que grana é apenas um detalhe de toda satisfação profissional.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Aos meus amigos

Esse post eu quero dedicar a alguns amigos que fiz ao longo da minha vida e que por motivos do destino e da vida acabaram se afastando do meu convívio, mas que ainda sou grato pela amizade e por tudo que me ensinaram ao longo desses meus 25 anos.
Vou começar na minha infância aloprada em Santo Ângelo, lá pelo idos de 1988, e relembrar o meu camarada Ranieri que foi (e continua sendo) um grande companheiro não só pelo tênis (que jogávamos quando éramos guri), mas também por gostar de Beatles, curtir programação em Basic de computadores (matando aula na URI para ficarmos nos laboratórios de informática) e principalmente pelo sangue TRICOLOR que corre em nossas veias - Somos Campeões do Mundo e da Libertadores também ....
Quando eu cheguei em Santa Maria, em 1995, minhas amizades se concentraram no universo do meu colégio, o Cilon Rosa, mas nem por isso deixaram de ser menos importantes, e aqui mando o meu abraço ao Ricardo Cardoso Godói, meu camaradinha que lutou muito para conseguir passar na prova da EsSA, este que era um grande sonho dele e que por fim se transformou num orgulho da sua família. Do Ricardo eu lembro o fascínio pelos vídeo games, a sua habilidade como jogador de "Street Fight" e a sua grande inteligência e capacidade para raciocinar nos jogos de xadrez (eu nunca consegui ganhar dele, uma vez, de tanto eu insistir, houve um empate).
Depois do Cilon veio a faculdade de direito na UNIFRA e veio a parceria do Diogo Schirmer que é outro amigo TRICOLOR, perceiro de estudos (será mesmo?) e de aula ... e de correria pelo centro de Santa Maria atrás de um bar que tivesse passando qualquer jogo do Grêmio.
Em 2001 fui para a Escola de Instrução Especializada e Escola de Material Bélico me formar sargento do exército e lá conheci o meu grande amigo Fernando Henrique Cassiano Motta, o Sgt Motta, palmeirense, que foi o meu irmão em tempos de CFS (Curso de Formação de Sargentos) e o meu refúgio quando tínhamos alguma liberação da Escola (eu partia pra casa dele em São José dos Campos - SP). Lá na escola eu tive outros amigos, posso citar aqui o Glausieber, torcedor do Criciuma de SC e do Felipe, mineiro de Juiz de Fora, meu camarada que tá servindo no Gabinente do Comandante do Exército, entre outros (Christiano, Krusche e Ezequiel).
No ano seguinte fui para São Leopoldo sevir no 19º BIMtz e por lá passei quatro anos da minha vida. E as amizades só cresceram, com destaque aos meus irmãos Werner Storck (parceiro de idas ao Estádio Olímpico e de festas), o Subtenente Zonolei Schafer (sempre resmungando, mas com um coração que não cabe no peito) e o Fabiano Segatto, todos irmãos mais velho, camaradas que me acolheram e que sempre me ajudaram tanto no quartel, quanto na missão de paz no Haiti, e no caso do Segatto, na vez em que roubaram o meu apartamento, eu estava constantemente em sua casa para jantar e assistir a novela da 20h (só quero saber se a Sol vai ficar com o Ed ... eheheh). Do 19º BIMtz existem muitos outros amigos, os meus colegas de garagem, soldados que me ensinaram, me orientaram e sempre foram fiéis com destaque ao Everton Siminski, ou simplesmente Chimião, que era o líder dos meus motoristas, amigo de fé no cumprimento das missões do quartel e assador dos churrascos que fazíamos na garagem (cara, eu não como carne com alho!). De lá também tem o Paulo Bormann, cabo véio louco, sem muito militarismo mas com alto grau de conhecimento no que diz respeito as coisas da garagem, sempre foi o pulso firme quando se tratava da disciplina e das responsabilidades cotidianas. Além disso, a casa dele servia quase como um albergue para todos que por um motivo ou outro não pudessem ou não tivessem lugar para ficar. O Vladimir Padilha, o Márcio Pires (OOOOh, Cu!!!), o Leonardo Leão e o Tomasine (ou Tomate) foram outros grandes amigos e parceiros nessa minha estada no quartel de São Leopoldo.
Bom, lá em São Leopoldo eu conheci a minha esposa, a Lidiane, que vai ser mamãe (e eu papai, pelo menos é o que ela diz, né, e como diria o Chimião: - Pai é quem cria!) daqui a alguns dias e que se transformou na paixão da minha vida, por sua beleza, dedicação e companheirismo. Um beijo, Meu Bem!
E tem também o Jonathan Barroso, amigo de longa data daqui de Santa Maria, que na verdade veio para ser amigo do Charles, mas pela sua paixão pelo futebol e pelo seu envolvimento com a rádio acabou tendo mais afinidade comigo e sempre foi um formidável amigo, parceiro de tantas jornadas esportivas, de tantos Panoramas do Esporte, de várias idas a Porto Alegre atrás de jogos do Grêmio, de pescarias ...
Posso incrementar essa relação citando o meu irmão (esse sim do mesmo Pai e da mesma Mãe) Cabeção, ou Charles e o meu primo-irmão Jeferson que são duas figuras fantásticas as quais eu tenho muito carinho, muito respeito e consideração.
E por fim o maior de todos os meus amigos, o que não poderia ser diferente que é o meu Pai. Este sim, foi e continua sendo um grande exemplo para todos nós, não só pela sua dedicação à família, como o seu senso de compromisso, responsabilidade, inteligência e seriedade. Um cara que faltaria letras no teclado e palavras na língua portuguesa para eu definir: simplesmente um PAI.
Mais amigos importantes que não posso deixar de lembrar: o Max Kegler, o Marcelo Ortmann que junto com o Ranieri e eu tínhamos o sonho de sermos os "Beatles brasileiros". O Mauro Seerig, o George Rubim, meus amigos de jogos de tênis e figuras sempre constantes do nosso convívio atual, o meu camarada Henrique (vai ser meu compadre, mas nunca sei o sobrenome dele), o Dr Pithan (pelas partidas de futebol, pelas discussões a respeito da dupla GRENAL), o Professor Arnoni (pela paciência que sempre teve comigo na época que foi meu professor de tênis e nas inúmeras vezes que eu ligava pra ele para preencher os resultados das tabelas dos campeonatos brasileiros), meu querido Tio Lídio (colorado que Deus me livre, mas uma pessoa importante na minha formação pessoal e na minha criação), o Carlos Guilherme que sempre foi um parceiro nessas empreitadas futebolísticas de Santa Maria, o Marreco (sangue-bom!), o meu amigo Márcio Vian camarada do quartel e que sempre me auxiliou nos diversos momentos em que servimos juntos.
Não posso esquecer do pessoal de Cruz Alta, a Ana Müller, a Adri, o Marcos Bucker, o Juarez Horst, o Primo-Gordo Carlos (meu bruxão!), o Chico Tirlone, os gêmeos Ernesto e Eugênio, sem dúvida dois amigos inesquecíveis, a Kátia e a Rose, irmãs dos gêmeos e também grandes amigas e por aí a fora ...
A todos esses amigos que marcaram a minha vida, e a todos os outros que também marcaram, eu quero deixar o meu sincero agradecimento pelos ensinamentos, pela amizade e pelo companheirismo que vocês dedicaram a mim. Que Deus abençoe a todos!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Ronaldinho Gaúcho

De todos os jogadores que eu vi jogar, este foi, sem dúvida, o maior gênio que vestiu a gloriosa camisa tricolor. Eu não vi o Renato Portaluppi, nem André Catimba, nem o Tadeu Ricci (meu Pai lembra desse jogador como sendo o professor do Zico em cobranças de faltas). Vamos puxar pela memória dos gremistas (e dos colorados também) os inúmeros Grenais que ele decidiu - Grenal decisivo do Gauchão de 1999, com direito a balãozinho e drible desconsertante no Dunga, o inesquecível gol de mão no brasileiro do mesmo ano, o Grenal da virada em 2000, aquele da expulsão do Fabiano "Cachaça", enfim.
Mas estamos em 2007, e como todo gremista que se preze, não posso esquecer as falhas que o Ronaldinho teve com o Grêmio. A começar pela sua saída repentina em 2000-2001, fugindo do Estádio Olímpico, sob a batuta do seu irmão Assis (não sei como esse camarada ainda freqüenta o Olímpico!), e indo para o PSG sem que com isso o Grêmio faturasse alguma coisa. A segunda (e talvez a pior de todas) foi não ter conseguido vencer o Internacional na disputa do Mundial no fim do ano passado, essa era a chance que ele tinha para se reabilitar com todos os gremistas.
Gremismo a parte, este jogador chegou a ser comparado a Pelé, será mesmo? Na minha opinião NÃO e já explico porque. Pelé foi tricampeão mundial pela seleção brasileira, nunca se escondeu atrás do seu nome para justificar algo e fez do Santos o maior time do mundo na década de 60. E o Ronaldinho? Ganhou a Copa em 2002, foi expulso no jogo contra a Inglaterra (embora tenha feito o gol da vitória e participado efetivamente para o gol de empate), amarelou na Copa de 2006 quando todos depositaram as suas fichas nele, subestimou o Inter e se entregou no Mundial de Clubes e agora tá com essa de não querer jogar na seleção do Dunga. Não sei porque, mas tem alguma coisa me dizendo que o Assis tá por trás dessa "papagaiada" toda, mais uma vez, sempre ele. Tudo que envolve o camisa 10 do Barcelona passa pelo crivo do irmão que já aprontou poucas e boas ainda mais com nós gremistas.
Vou lembrar aqui o imortal Raul Seixas e dizer: - Ronaldinho "o melhor que você faz é deixar o Pai de lado, foge pra morrer em paz ...", porque futebol ele tem e muito.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Orkut

Que atire a primeira pedra quem nunca montou o seu perfil no Orkut. Pois é, essa onda de "sites de relacionamentos" realmente agitou o Brasil. O Brasil? É, o Brasil. Eu gostaria de entender porque só aqui isso fez tanto sucesso, e eu digo só aqui baseado em dados fornecidos pela Google Inc. que revelou que dos 20 milhões de usuários do Orkut 87% são brasileiros.
Pois essa brincadeira acabou virando um grande problema, eu não vou nem entrar no mérito das comunidades racistas, pedófilas ou coisas do gênero, mas sim a tremenda exposição que os usuários acabam tendo montando seus "profiles". Será que nunca ninguém pensou que fica muito mais fácil para um marginal olhar seu perfil no Orkut, ver suas fotos e por ali obter dados valiosos para uma futura ação de seqüestro ou mesmo extorsão por telefone (algo que está muito comum hoje em dia)? Ou ainda, a possibilidade do Google montar um incrível banco de dados com todos os seus gostos, saber quem são seus amigos, enfim, monitorar toda a sua intimidade. Cada um é cada um, mas se eu pudesse dar um conselho eu diria: Deletem suas contas no Orkut. Quero frisar aqui que não tenho nada contra o Google, muito pelo contrário, acho uma ferramenta fantástica, o meu pensamento é somente contra essa necessidade que o brasileiro parece ter em se mostrar, em se expor.
Por isso, reflitam sobre seus profiles, ponham tudo numa balança e perceberão que o perigo pode estar bem mais próximo do que se imagina.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Controle emocional

Uma das coisas que mais o militar é testado e provado durante a sua carreira é o controle emocional. Ter este controle é fundamental para que o soldado possa desenvolver bem a sua atividade fim. Eu me refiro a atividade de combate, a guerra, a pior de todas as situações, onde o camarada depende da estabilidade do seu emocional para, muitas vezes, sobreviver.
Não só os militar dependem deste controle para desenvolver sua atividade profissional, todos aqueles que têm contato com o público, ou ainda, que dependem e representam o público em geral o devem ter num nível de excelência. Aonde eu quero chegar? Este prefeito de São Paulo deve rever seus conceitos como homem-público. O que que foi aquela baixaria que todos vimos na televisão, dele expulsando, aos berros, um manifestante de dentro de um hospital? E o pior, enchendo a boca para chamá-lo de "vagabundo". Pô! Só um pouquinho! A manifestação dentro do hospital sobre um assunto que não tinha nada a ver com saúde pública foi errado por parte do manifestante (que tem nome de cerveja e cerveja ruim, diga-se de passagem), mas o descontrole do Prefeito Gilberto Kassab, agindo com truculência, violência e desproporcionalidade foi PROFUNDAMENTE LAMENTÁVEL. Uma ação de danos por parte do "Seu" Kaiser é o mínimo que este deve fazer, foi, sem dúvida nenhuma, uma humilhação total. E por outro lado, e o exemplo que o prefeito está dando aos seus eleitores? Todos podem se achar no direito de agredir uns aos outros por pouca coisa, se o prefeito pode, eu também posso, ainda mais em SP, uma das maiores metrópoles do mundo.
Posso lançar uma idéia: teste psicotécnico a todos os políticos que forem eleitos, com rigoroso controle, para se analisar o controle emocional de cada um. Talvez seja uma boa saída, ou ainda, quem sabe, uma espécie de treinamento a cada um deles para aprender a se controlar.
Sei lá, só sei que essa cena reflete a realidade do nosso país ... lamentavelmente.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Grêmio 100%

Eu não vi o jogo do Grêmio diante do Caxias no último sábado. Claro que gostei do resultado, afinal o Grêmio continua sendo 100% (melhor ataque e melhor defesa). Penso que montamos o bom time para 2007, um time em condições de brigar por títulos (Soy loco por TRI América!). O Gauchão interessa? Claro que sim! Não estamos em condições de abrir mão de nada. Essa idéia de poupar alguns titulares para as próximas rodadas é válida desde que o foco seja mantido, seria bem interessante um título gaúcho invicto, hein? Será que alguém já conseguiu tal proeza (acredito que sim, mas não sei!)?
Quero saber se o Carlos Guilherme vai largar a redação da ZH para acompanhar Guarani-VA x Grêmio no Edmundo Feix no próximo domingo?

MySelf - Post inaugural

Sejam bem-vindos ao MySelf Blog. Resolvi criar um a partir da idéia de um amigo que escreve há algum tempo. Como ele é jornalista, óbvio, que os textos dele passam por rigorosos controles de qualidade. Por aqui, o negócio é bem mais light. Futebol, atualidade, futebol, mundo, futebol, política, futebol e cotidiano serão os principais temas que todos poderão encontrar por aqui.
Portanto, leiam, critiquem, elogiem (se for o caso) e conheçam um pouco mais "da vida, da carreira, da opinião e das histórias" deste humilde e pretensioso redator.