quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Os números da música

De todas as formas possíveis do ser humano fazer Arte, a música, acredito, seja a forma mais popular. Isso, eu falo, em nível de comunicação, porque, além de se comunicar, a música representa uma das afluentes da arte. Arte mesmo.

Quem conhece do metiê, pouco que seja, consegue perceber o quão difícil é compor. Quantas horas devem ser dedicadas para se aprender e estudar um instrumento, desenvolver técnicas vocais e o quanto é necessário ser abençoado com um dom para se fazer uma música.

Os grandes nomes dessa Arte estão espalhados pelo mundo, alguns, anonimamente, em função de conjunturas que fica difícil explicar ou entender. Outros, alcançam a fama, a fortuna, o reconhecimento do público. Nem sempre os maiores vendedores de discos são, realmente, músicos, conforme demonstram os dados abaixo:

- Há quem diga que Roberto Carlos é ruim, que sua música é previsível, enjoada e só agrada àqueles que nada conhecem do meio. Será? Pois fiquem sabendo que o "Rei" vendeu, em toda sua carreira, mais de 120 milhões de discos. É, os números impressionam. São mais de 50 anos de estrada. Com isso pode-se afirmar que RC não é ruim. Nenhum profissional ruim se mantém no mercado por tanto tempo com uma aceitação tão grande desse jeito;

- Outros números interessantes: O disco mais vendido da história, no Brasil, é do Padre Marcelo Rossi, entitulado Músicas para Louvar o Senhor, de 1998, com 3.328.468 de cópias distribuídas. Esses números são fáceis de interpretar. Não que a música do religioso seja ruim, mas junto a ele está associada a imagem da Igreja Católica e todos os seus fiéis. Duvido muito que um espírita convicto ou mesmo um luterano tenham comprado o disco do Padre. Enfim, mas a estatística é interessante;

- Essa é pra rasgar a boca do balão: O segundo disco mais vendido na história do país é o Xou da Xuxa 3, de 1988, com 3.216.000 de cópias. Todo mundo tem o disco dela atirado no fundo de uma estante, provavelmente todo riscado, mas tem. Riscado porque em algum momento tentou escutá-lo ao contrário ...

- Dessa lista, salva-se o LP Rádio Pirata ao Vivo, do RPM, de 1986, totalizando mais de 3.000.000 de cópias vendidas. Um fenômeno realmente. Mas esse é compreensível. No minha humilde opinião, esse é o melhor disco de rock feito por gente dessa terra. Merece a posição de destaque.

Enfim, fora as curiosidades aqui elencadas, o que se objetiva é mostrar que, muitas vezes, os lucros com as vendas superaram a qualidade dos profissionais. Não sou entendido, mas é fácil entender que os discos vendem não pela qualidade de suas gravações, mas sim pelo carisma dos artistas, ou pelo que representam na sociedade e as grandes gravadoras pouco se importam se gravarem relinchos de cavalos agonizantes, desde que isso represente retorno financeiro. Natural, né?!

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