Em momentos que a crise européia (quem diria?) ameaça entrar de sola no Novo Mundo, por questões de autodefesa, as pessoas começam a se questionar sobre a melhor forma de garantir seus futuros.
Incrivelmente, o Brasil é um país de cabeça para baixo, não só na questão que iremos abordar aqui, mas em muitas outras áreas que invariavelmente brotam da mesma celeuma nacional: falta de educação e de saúde. Vocês já observaram que todas as discussões acabam sempre brotando desse ponto de partida?
Se formos discutir a corrupção no Brasil diremos que existe uma cultura nacional vocacionada para o "jeitinho", a velha idéia de que se a "farinha é pouca o meu pirão primeiro", blá, blá, blá, o povo brasileiro precisa se educar e melhorar seus índices de acesso à saúde. Com educação ele terá condições de desfrutar de uma visão crítica em relação aos acontecimentos atuais e o acesso sanitário é uma condição básica para sua vida.
Se a pauta for a ocupação da cidades, a problemática urbana brasileira, vamos citar que o inchaço das cidades se deve ao êxodo rural dos anos 40 e 50, a maciça busca da população por melhores condições de vida e a idéia de que as cidades iriam lhes fornecer isso. Hoje temos um trânsito caótico, uma ocupação urbana desordenada e nociva ao meio ambiente, processos crescentes de favelização nas grandes e médias cidades, até chegarmos a dizer que se a população fosse educada e tivesse acesso à saúde de qualidade iria qualificar sua mão-de-obra, aumentaria sua renda, exapandiria seus horizontes e, por conseguinte, iria buscar locais adequados e dignos para montar a sua morada. Teria consciência ambiental e política. Buscaria seus direitos e exigiria uma postura mais decentes de nossos representantes.
Escolha o assunto. Qualquer um. Tudo brota da educação e da saúde. Além disso, o nosso país tem aspectos particulares, de cunho histórico, que não nos abandona e que provavelmente nos seguirá pelos próximos 500 anos. Eu falo da falta de identidade nacional do povo brasileiro. Infelizmente não somos identificados com a nossa terra, exceção feita as identidades regionais e ainda assim muito discretamente para um país do tamanho do Brasil.
Vou me arriscar a dizer que esse fenômeno acontece entre vários motivos, mas pelo fato de que nossos antepassados não fizeram força para ter o Brasil. Ser brasileiro aconteceu, não foi algo suado, não lutamos por essa terra, nossos avós não tiveram que se sacrificar para viver aqui. Foi fácil e tudo que vem fácil não tem valor.
Para finalizar, vou fazer um pequeno teste com você: suponhamos que um sujeito chegue até sua casa e lhe faça a seguinte proposta: Você terá que deixar a sua casa, os seus pertences, a sua terra para ir morar na Inglaterra, onde lá, terá uma casa igual a sua, terá as mesmas coisas, o mesmo emprego, tudo igual, só terá que morar lá, porque eles irão atear fogo no Brasil, destruir tudo por aqui. Você vai? Ou fica?
Pensa bem .... ;-)
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Um comentário:
Cara, primeiro, parabéns pelo post. Há tempos que penso nesse assunto. Dia desses comentei, após ver notícia da Dilma prestando "solidariedade" à Grécia. E recebendo condecoração honrosa da Bulgária, pois seu pai nasceu lá. Sabemos que não passa de uma puxação de saco, afinal, precisam do Brasil. Ao ver isso, não resisti e comentei: "Nunca na minha vida achei que fosse ver isso, países europeus PRECISANDO do Brasil, da mesma forma que os EUA.". É, as coisas estão mudando de fato, e na velocidade do Ipod, do Iped (hehe, nem sei q q é isso, não é da minha época, mas sei que existem).
Por fim, gostaria de outro desafio aos que tiverem paciência de ler este comentário tão longo:
Diga-me, daquilo que é financiado pelo governo, ou seja, que é público, o que podemos dizer que funciona bem? Ta ok, tirando o setor de coleta de impostos.
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