sábado, 8 de janeiro de 2011

Ronaldinho

Chegou ao fim a novela mais fulera que já foi protagonizada neste Estado. O badalado Ronaldinho, finalmente, optou pelas maravilhas do Rio de Janeiro e junto delas a imensa satisfação de vestir a camisa do Flamengo.

Tá e aí?! E aí que criou-se uma expectativa enorme em função dessa negociação. O torcedor queria e não-queria o Dentuço ao mesmo tempo. Engraçado, porém verdade. Imaginava-se que ele poderia voltar a ser o velho jogador de 2004/2005. Era uma aposta. Um tiro no escuro. Uma aposta muito cara, diga-se de passagem. Não valia o enorme risco que o Grêmio estava correndo.

Quando Assis resolveu reformular o contrato pela 8a vez, Paulo Odone deu um basta. Era o momento de dizer que não havia palhaços no Estádio Olímpico. Eu só achei que demorou um pouco demais para isso ser dito.

Ronaldinho no Grêmio seria uma jogada de marketing, não sei se seria um jogador. Voltaria para por o Tricolor na vitrine do mundo, para divulgar a marca. Sempre achei que se ele viesse, ótimo, mas se não viesse também não faria falta nenhuma. Não veio e comprou uma briga gigantesca com o torcedor gremista. Claro que Assis e Cia não estão nem aí para isso. Podem se esconder em outros lugares, fugir daqui. Acho até que é o melhor que tem a fazer neste momento.

Fico com a sensação que o Grêmio se livrou de uma baita dor de cabeça. Não só Ronaldinho não dá mostras de que pode voltar a ser um grande jogador, como o clube seria obrigado a conviver com a nociva companhia do irmão-empresário-dono do jogador. Já dizia o velho e conhecido refrão "quem dorme com cascavel, um dia amanhecerá picado" ... ou algo assim.

Santa inocência, Batman!

Um comentário:

Charles disse...

Fico pensando, a dupla Ronaldinho/Assis seria um problema para o Grêmio em dois casos:
1º) Se o Ronaldinho jogasse bem: pois desta forma, mais cedo ou mais tarde Assis iria querer alterar contrato, ou levá-lo à Europa, e seria a pedra no sapato que sempre foi.
2º) Se jogasse mal: pois seria um enorme investimento sem retorno.
Resumindo, seria um problema em qualquer caso. Que bom que não veio.